The time is now - Minsung

Like a couple

Minho se assustou com a hipótese do amigo.

Perda de memória recente.

Hyunjin pegou o bloco de receitas se preparando para pedir uma bateria de exames para o amigo.

– E o que eu faço até lá?

– Eu não posso te afastar de todas as suas ocupações – Hyunjin cruzou os braços, olhando para o cardiologista. – Como profissional, eu não devia dizer isso, mas tente viver a vida como você se lembra, tente viver como o Minho de trinta e quatro anos fazia.

– Nós somos muito diferentes?

– Vocês são um só, Minho, mas sim. O Minho de hoje era mais responsável – E suportável, o neurologista completou mentalmente. – Os protocolos do hospital não mudaram, você só se tornou um dos supervisores da residência, tirando isso, nada de anormal.

Hyunjin continuou escrevendo sobre os exames que pediria para o amigo. Lee Minho tinha mudado d'água para o vinho. Jisung tinha feito milagres com aquele alfa, que antigamente só pensava em sexo, bebidas, trabalho, e mais sexo. 

 Conhecer Jisung tinha sido uma grande vitória na vida do cardiologista.

O som de um bebê chorando fora do consultório alarmou o cardiologia, que apenas prestava atenção nos receituários que o outro médico preenchia. Como se fosse um reflexo natural, Minho se ergueu da cadeira e foi em direção ao som de choro.

Quando saiu do consultório do amigo, praticamente correndo. Encontrou o marido. Taehyun estava chorando desesperado no colo do ômega que tentava,  inutilmente, acalmá-lo. 

 A cena do bebe com as bochechas vermelhas de tanto chorar, partiu o coração do médico.

Ao sentir o cheiro do progenitor alfa, o bebê não duvidou em esticar os bracinhos, e abrir e fechar as mãos, como se chamasse o alfa para perto.

Como um instinto animal, Minho deixou o consultório, e se aproximou do bebê. O pegando nos braços.

– O que aconteceu? – Minho apoiou a mão na cabeça do bebê, tentando acalmar o choro com seu próprio feromonio, ele sabia que bebês sempre se sentiam mais calmos perto dos pais alfas.– O que ele tem?

– Ele tomou vacina, Minho – O ômega revirou os olhos, pegando a bolsa do bebê da cadeira.

Taehyun sempre chorava demais quando tomava algum tipo de furadinha, dramático como o pai alfa. 

 O ômega se aproximou da dupla, suspirando, o choro já tinha parado, e o pequeno meliante apenas ficava passando os dedinhos gordos sobre a bochecha do pai. O cardiologista passava a mão nas costas do bebê, como se fosse uma massagem, acalentando o filhote.

– Entendi – O coração do Lee doía, além disso, o alfa sentia que poderia chorar.

O ômega se aproximou do bebê, tentando pegá-lo no colo, mas se surpreendeu quando a criança simplesmente virou o rosto e abraçou o pescoço do pai. Uma clara recuso ao colo.

– Taetae, você não quer mamar, bebê? – Perguntou, meio confuso. Taehyun sempre estava disposto para mamar. 

– Deixa ele comigo – O cardiologista pediu, seu coração batia de uma forma acelerada. Como se uma euforia estivesse o consumindo rapidamente. – Ele já parou de chorar, eu cuido dele, nao tem problema. 

Hyunjin cruzou os braços, observando a cena, apoiado na porta de entrada do seu consultório.

– Vamos ver quanto tempo você vai aguentar, seu trapaceiro – O ômega se sentia traído pelo próprio filho. – Seu pai não tem como te dar leite.