Minho saiu do banho à contragosto.
Havia uma troca de roupas esperando por ele em cima da cama do casal. Jisung era tão dedicado.
O cardiologista soltou um sorriso frouxo, enquanto vestia a roupa separada para si. A última vez que alguém tinha cuidado assim de si, foi quando era uma criança, de apenas cinco anos, e de qualquer forma, apenas a babá ficava consigo.
Seus pais eram empresários importantes demais para perderem tempo com uma criança. E a distância aumentou ainda mais, quando o alfa decidiu cursar medicina.
Seus pais eram extremamente conservadores, e não lidaram muito bem, com o fato de Minho abrir mão da herança para virar um médico.
O alfa vestiu saiu do cômodo, se digerindo até a cozinha. Jisung estava com um vestido de alças finas, preto e modelado no corpo bonito.
Mesmo descalço, e de costas. Ele parecia o ômega mais lindo do mundo.
– Você precisa de ajuda? – Jisung se assustou com a voz tão próxima, os pelos finos do braço se arrepiando pela voz do marido ter soado tão próxima e rouca. – Opa, não queria te assustar, desculpa.
Jisung sorriu, desligando o fogo e virando já direção do alfa. Minho ficava lindo apenas de jeans e camiseta branco. Céus, as vezes, o universo era tão injusto.
– Não eu já terminei, bebê – O ômega riu, batendo o dedo indicador na boca do alfa, de forma leve, antes de tocar o mesmo dedo na própria boca. Uma brincadeira que faziam desde o segundo encontro, como um beijo indireto – Você se lembra de alguma coisa dos seus pais? Ou só o período antes da faculdade?
Minho riu, se surpreendendo com o gesto do marido, sentindo um calor gostoso no coração.
– Hm, meu pai sempre foi mais aberto, do que minha mãe, ma verdade – Minho fazia questão de falar olhando nos olhos do ômega. Observando com uma singela adoração aquela galáxia brilhante, e radiante. – Minha mãe não ligou muito bem com minha escolha de carreira, e nós não nos falamos muito depois do meu ingresso na faculdade.
– Sua mãe e eu não nos damos muito bem, muitas ideias divergente – Jisung sussurrou, tomando cuidado para ninguém escutar o comentário. – Mas eu amo o seu pai.
– Por quê? – Jisung apenas mordeu o lábio inferior, deixando a pergunta sem uma resposta direta. Um gritinho animado chamou a atenção do alfa. – Que barulheira é essa?
– Porque não vai descobrir?
Jisung praticamente lhe chutou da cozinha. Sem muitas opções, o alfa se dirigiu a sala de estar.
– Pai? Mãe? – Minho arregalou os olhos ao enxergar os pais sentados no tapete felpudo da sala, com vários brinquedos infantis envolta deles, e de Taehyun no meio dos adultos, o bebê parecia muito feliz em estar recebendo tanta atenção e carinho dos avós – Chegaram cedo.
Lee Kibum e Lee Jinki eram donos de algumas lojas de joalheria espelhadas pela Coreia. Por isso, sempre estavam impecáveis, e vestidos com roupas sociais.
– AAAAAA – Taehyun gritou, tentando chamar a atenção do pai.
Jinki, o ômega da relação riu com a reação do neto. Taehyun era um verdadeiro filhinho de papai.
Minho ajudou os pais a se ergueram do chão, antes de pegar o filho no colo. O casal estava claramente mais velho, e maduro. Com algumas rugas enfeitando os rostos, que apesar dos anos, continuavam bonitos.
– Minho, querido – O alfa mais velho se aproximou do filho, abraçando ele de forma apertada, apesar de Kibum já ter quase sessenta e cinco anos, estava altamente conservado, com algumas rugas enfeitando o rosto másculo, e alguns fios de cabelos brancos. – Eu só consigo te ver, quando venho atrás de você, garoto ingrato. Já falamos mais de mil vezes para ir nos visitar.
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The time is now - Minsung
Romance- Rodado não, Bang, eu sou um degustador - O Lee respondeu, abrindo alguns botões da camisa social branca que usava. - A vida é curta demais para transar só com um corpo, cara. Christopher ergueu uma sobrancelha, escutando os comentários insensíveis...