Filhote.

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- O que anda fazendo a essa hora na rua? Ainda mais com aquela... - respirou fundo enquanto dirigia.

- a Momo, o que tem papai? - já estavs de saco cheio de ouvir.

- Você sabe que ela não é uma boa companhia para você! Nem para ninguém. - falava raivoso.

- Papai! Ela é minha amiga! Não é por que ela gosta de mulheres que eu também vou gostar! - rebateu surpreendida por defender Momo.

- Abaixe seu tom de voz comigo! - olhou de canto para Dahyun que se calou. - eu so não acabo com essa amizade por quê infelizmente estou fazendo pareceria com o pai dela. - estacionou em frente a sua casa.

- Você não sabe de nada! - saiu do carro batendo a porta de trás e andando enfurecida até sua casa.

- Dahyun! Não bata a porta desse jeito para mim! - viu a filha sumir ao entrar na casa e bater a porta.





















O dia tinha amanhecido e como todos os dias, ao amanhecer Momo fazia sua caminhada matinal. Vestiu roupas adequadas para o exercício, sendo uma camisa larga para naoo ficar tão desconfortável e um shorts leggie. Seu cabelo estava amarrado em um coque que estava se desfazendo com o passar dos passos.

Em seu fone ela ouvia uma música qualquer que tocava em sua playlist. De longe observou um movimento suspeito para aquela manhã, a rua mal estava movimentada então foi possível ver com clareza.

Parecia ser uma mulher alta com um boné que cobria seu rosto, mas isso não importava, por que o que ela estava fazendo era o mais importante. A mulher deixava uma caixa amassada em frente a igreja e em seguida Momo foi capaz de ouvir um baixo latido.

- Hey! Moça! - a mulher se virou minimamente para trás e assim que notou que alguém tinha visto sua ação, passou a correr - espere ai! O que você está fazendo!? - correu atrás da mulher mas a perdeu assim que ela virou em uma rua - droga... - Momo limpou o suor em sua testa e rapidamente voltou até onde a mulher tinha deixado a caixa.

Se abaixou diante ao pedaço de papelão e então notou o movimento minimalista que a caixa fazia. Ela estava fechada com uma fita. Sem pensar muito, arrancou a fita abrindo a caixa. Ela sabia, sabia o que tinha ali dentro. O pequeno filhote de pelos caramelizados e espetados. O cãozinho estava assustado e tremia no canto da caixa. Momo estendeu sua mão para que pudesse tocar o cachorro, mas ele se encolheu após um latido. Momo sorriu, aquele cãozinho era bravo apesar de estar com medo. Aproximou sua mão lentamente até conseguir ter a permissão do filhote para que ela pudesse o pegar no colo.

Assim que o tirou da caixa, pode observar bem o pequeno. Ele não tinha nenhum tipo de deficiência ou algo que prejudicasse ao ponto de abandonarem ele, mas seres humanos são tão cruéis que mal é possível entender o por que de fazerem isso.

- Momo? - a japonesa reconheceu a voz e olhou em direção a coreana.

- Oh, Dahyun. - sorriu.

- O que está fazendo aqui a essa hora? Nem é domingo. - olhou curiosa.

- Eu estava fazendo minha caminhada matinal e acabei encontrando isso - olhou para o filhote em seu colo.

- É seu? - Dahyun se aproximou ao ver a fofura do cachorro.

- Agora acho que sim. - sorriu sem jeito - uma mulher acabou de o abandonar aqui, tentei alcançar ela, mas perdi ela de vista. Então, acho que vou ter que ficar com ele.

- Que crueldade. - acariciou a barriga do filhote que não demorou nada para lhe conceder a permissão - Ele é tão bonitinho. - falou com a voz fina e ouviu um latido do cachorro.

- Ele gostou de você. - Momo falou sorrindo.

- Já sabe o nome?

- Ainda não, vou pensando no caminho. Vou ter de parar em um petshop.

- Certo, espero que seja uma boa dona.

- É minha primeira experiência com um cachorro. - riu - mas vou dar meu melhor. - olhou sorridente para a menor.

- Dahyun! - ouviram a voz grave ecoar pela igreja vazia.

- É meu pai... - coçou a nuca sem graça - preciso ir.

- Certo... - sorriu sem jeito, sabia o por quê ela teria que ir.

- Até mais, Hirai - se curvou em despedida.

- Até, Kim - fez o mesmo e então observou a mais nova entrar na igreja.

Momo se sentiu triste pela Coreana, sabia que ela estava tentando, mas seu pai estava complicando as coisas. Ignorou mais uma vez e então seguiu rumo ao petshop para comprar algumas coisas para seu mais novo cachorro.














DOCE PECADO - Dahmo (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora