NS-A Primeira Vez

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*1 SEMANA DEPOIS*

   
 

     Eu não sei o que está acontecendo comigo,a uma semana atrás foi a primeira vez,essa raiva descomunal me domina,me deixa cego e tudo que eu quero é destroçar qualquer um na minha frente,até mesmo Percy. Esse é o motivo de não treinarmos a cinco dias,toda vez que eu pegava em uma espada ou construia minha espada de gelo,essa compulsão homicida me dominava e eu tentava mata-lo. Hoje o dia está sendo particularmente estressante,e eu não entendo o porque,tudo o que fiz foi ficar deitado em minha cama encarando o teto,eu só me levantei para comer e ir ao banheiro. Porém,uma dor de cabeça insuportável me perturbou o dia todo,como se um prego estivesse sendo introduzido no meio do meu cérebro. Já está quase na hora do jantar e eu sei disso porque porque consigo sentir o cheiro da comida,e isso me assusta um pouco porque a cozinha é quase do outro lado da base.

       Alguns minutos depois ouço os passos do encarregado da entrega da comida um pouco longe demais pra ser escutado-Jantar-A voz monótona soa do outro lado da porta e logo após empurrar o prato de comida pelo buraco na parede ele bate na porta com uma força desnecessária-ESCUTOU ABERRAÇÃO!?-Ele sabe que eu escutei e sabe que eu não gosto de responde-lo,ele só bate na porta pra me irritar e funciona mais do que eu gostaria de admitir. Ele bate mais algumas vezes na porta,isso me irrita tanto que não pude impedir um rosnado de escapar pela minha garganta...EU ROSNEI!?..."O que que tá acintecendo comigo?" Penso levando meus dedos ao meu pescoço onde ainda sinto a vibração pelo som emitido e me surpreendo mais ainda ao sentir as minha unhas,ou melhor,garras.

        Olho incrédulo para a ponta dos meus dedos de onde saem as pequenas,porém afiadas,garras bem de onde antes eram minhas unhas. A dor na minha cabeça começa a se tornar insuportável então me levanto pra pedir ajuda. Porém assim que me ponho de pé meu corpo todo começa a doer com a mesma dor da minha cabeça me fazendo cair no chão abraçando meu joelhos em uma pequena bola tentando inutilmente amenizar a sensação de estar sendo destruído de dentro para fora.

       Como se não fosse o suficiente sinto minha gengiva se abrindo e meus dentes se estendendo. Alguns intantes depois,após minha boca não estar mais sendo resgada,ignoro as dores no corpo para matar a curiosidade e me levanto com dificuldade para me olhar no espelho do banheiro,minha respiração estava pesada e descompassada mas com alguma dificulade consegui me apoiar na cama e me por se pé outra vez.

       Ando cambaleando até o banheiro e ao me olhar no espelho tenho que me segurar no batente da porta para não cair de costas. Meus olhos não estavam mais na sua cor castanho-caramelado mas sim brilhando em um amarelo-dourado,e quando eu digo brilhando,quero dizer LITERALMENTE ACESOS COMO UMA LÂMPADA. Olhando mais abaixo vejo que mesmo com a boca fechada consigo ver a ponta dos meus dentes,quer dizer,das minha presas saindo por entre os meus labios,quando abri a boca pra olhar melhor me assustei ao ponto de dar alguns passos para trás,não eram só aqueles dois,TODOS os meus dentes estavam maiores e mais afiados.

          Sinto algo se movendo atrás de mim e dou um pulo para frente me virando para ver o que era mas não tinha nada ali. Porém ainda sinto algo atrás de mim e olho no espelho pra ver o que era,e dessa vez ao invés de me espantar eu me segurei para não cair na gargalhada,tinha uma calda atrás de mim,ou melhor,grudada em mim...UMA CALDA!!!! Eu não conseguia evitar achar isso hilário. Percebi que conseguia controlar ela como uma parte do meu corpo e a trouxe para perto das minhas mãos pelo lado direito e a toquei. Essa é a coisa mais macia que eu já toquei na vida,o pelo parecia algodão e ela era gelada como se fosse feita de neve. De repente meus sentidos foram sobrecarregados,eu podia ouvir absolutamente tudo num raio de 2 kilômetros e sentia todos os cheiros e isso me levou a beira da loucura. Me sentei no meio do quarto com as mão no ouvido e a cauda enrolada no nariz que acabou por também abafar meus gritos de agonia.

      Um guarda entrou surpreso no quarto, provavelmente ouvira meu gritos,e com isso o instinto de matar voltou com força total,meus sentidos agora estavam focados em um só alvo,o humano que estrara nos meus aposentos. Eu conseguia ouvir seu coração batendo cada vez mais rápido e o cheiro de pavor que erradiava dele,e isso fazia todos os pelos do meu corpo se arrepiarem em expectativa. Eu queria matar,e ele era o único ser vivo ao meu alcance,pulei de onde estava diretamente para cima do homem e usei minha garras para rasgar o pescoço dele,olhei para o corredor e vários outros vinham em minha direção gritando coisas que não me interessavam,o que realmente me interessava agora era satisfazer esse meus desejo primitivo de aniquilar qualquer coisa que respirasse perto de mim.

       Depois desse momento tudo se tornou um borrão na minha memória,a não ser por uma voz no fundo da minha consciência que dizia

QUE A CAÇADA COMECE


[notas do autor:sei que fiquei um belo tempo sem atualizar mas pretendo lançar novos capítulos com meus frequência a partir de agora,porque minha cabeça está a mil de ideias para o desenrolar da história do Nate,mas não se preocupem,só terá mais um capítulo ou dois ficados nele e depois Peter e Wanda voltam a dar as caras,obrigados vocês que estão lendo e por favor VOTEM]

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