2 - Lord das Trevas

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Ao Lord das Trevas!

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DRACO MALFOY

No instante em que pôs os pés na Mansão Malfoy, Draco decidiu colocar Olívia de lado. Ela estava melhor sem ele. A partir de agora, tudo ficaria bem para ambos. Além disso, havia uma coisa apenas na qual ele deveria pensar: ele seria apresentado ao Lord das Trevas e aos seus comensais da morte mais leais em breve. Seria uma noite importante. Ele deveria estar pronto.

E, considerando o quão bom o Lord das Trevas devia ser em Legilimência, ele deveria manter Olívia muito longe da sua mente.

— Querido, você está bem? — Narcisa Malfoy, que acompanhou-o até seu quarto na mansão Malfoy, perguntou. — Parece meio abatido.

Draco deu de ombros, tirando uma pilha de roupas de dentro do malão.

— Foi um dia cheio. — O garoto olhou para ela. — Onde o papai está? Você disse que iríamos conversar quando chegássemos em casa.

— Ele está resolvendo algumas coisas no escritório, virá se juntar a nós em alguns instantes. — Sua mãe se sentou na beirada da cama.

Draco assentiu em resposta, levando as roupas até o armário. Era a tarefa de um elfo doméstico, mas no momento ele não dava a mínima. Precisava de algo com o que se ocupar.

— Quer conversar comigo? — Sua mãe perguntou. Sua face transmitia tranquilidade. — Você falou com a menina Potter? Depois do que aconteceu?

— O que anda acontecendo por aqui desde que ele retornou? — O garoto desconversou.

— Querido. Draco. Olhe para mim.

Draco bufou, parando de puxar nos cabides para olhar para ela.

— As coisas estão melhores assim. Sei que você é muito jovem para enxergar isso agora, mas, quando crescer um pouco, vai conseguir enxergar a situação com mais clareza. Às vezes nós temos que abandonar pessoas que nos atrapalham. É difícil, Draco, mas tem que ser feito.

Ele quis ignorá-la, mas conhecia a história de sua mãe bem demais para conseguir fazer isso. Narcisa Malfoy havia sido e criada na família Black. Quando ficou noiva de Lúcio Malfoy, deu às costas à irmã, Andrômeda, que escolheu casar com um sangue-ruim, e à a melhor amiga, Florence Dolohov, que casou com um trouxa e condenou sua filha, Audrey Parker, a uma linhagem mestiça. Era engraçado pensar que, em outra realidade, ele e Audrey poderiam até tolerar um ao outro. Na realidade presente, eles não se suportavam.

A porta se abriu em seguida. Tanto Narcisa quanto Draco se voltaram para observar Lúcio adentrar o cômodo com a expressão dura.

— Narcisa, deixe-nos sozinhos por um momento.

Merda.

Nenhuma conversa entre eles acabava bem quando começava assim.

— Prefiro ficar, Lúcio. — Narcisa se levantou e acariciou o braço do marido, olhando em seus olhos. — Se não se importar. Creio que o assunto requira minha presença.

— Como quiser. — Lúcio concordou, voltando-se para Draco em seguida.

— Pai. — Draco cumprimentou-o, firme. Ou ao menos esperava estar passando alguma imagem de firmeza.

O homem não respondeu. Em vez disso, mandou:

— Eu quero que você me conte tudo o que sabe sobre aquela menina, sobre o irmão dela, sobre a família deles, tudo o que você acha que pode ser considerado útil ou vantajoso, e quero que me conte agora.

OLÍVIA POTTER [6]Onde histórias criam vida. Descubra agora