Capítulo 7

145 22 10
                                    

SEM REVISÃO!!!

FELIPE

Praticamente não dormi a noite, pois tive vários sonhos de Marina sem a máscara, alguns foram maravilhosos, pois mostrava uma mulher extremamente bela, mas em outros ela estava sem dente, era nariguda estilo a bruxa da Branca de neve, e eu gritava igual uma criança de cinco anos, acordei um pouco assustado, mas ao mesmo tempo achei graça de todos esses pesadelos insanos.

Faltava por volta de quinze minutos para uma da tarde, que era o horário que havíamos combinado.

Marina me enviou uma mensagem no celular bem direta, apenas com o horário e que qualquer imprevisto íamos nos falando.

Seu número não tinha uma foto de perfil, igual ao meu, e sim apenas uma imagem que dizia "luto eterno".

Queria ter tido coragem de ter puxado algum tipo de assunto, de repente ter perguntado quem ela havia perdido, mas não sabia sobre o que falar, pois nossas conversas eram restritas ao parque e as caminhadas, e não queria passar a impressão de ser uma pessoa indiscreta.

Mas hoje isso iria mudar, pois ia fazer de tudo para conhecer um pouco mais a mulher por trás da máscara.

Estaciono minha moto em frente ao restaurante, retiro o capacete e pego minha máscara no bolso da calça jeans.

Entro olhando tudo com atenção, e avisto Dona Carmen me acenando em uma mesa bem localizada no fundo do restaurante e que ficava ao lado de grandes janelas, que dava para rua.

Aceno de volta e percebo que Marina ainda não havia chegado.

̶ Felipe você veio mesmo ̶ ela me saúda alegre.

̶ Com toda certeza ̶ respondo enquanto batemos nossos cotovelos entre risos.

̶ Tira essa mascara menino ̶̶ despois que ela fala isso, ai que percebo que ela já está sem sua máscara.

Já havia visto ela sem máscara por inúmeras vezes, pois sempre disfarçava e abaixava a mesma, pois usava a desculpa que sentia muito calor.

Dona Carmen era uma graça.

̶ Marina acabou de me enviar uma mensagem dizendo que irá atrasar, pois pegou um trabalho hoje em cima da hora.

Fico um pouco desapontando, e me apresso a disfarçar minha cara de decepção.


MARINA


̶ Merda... ̶ resmungo pela decima vez.

Havia recebido uma proposta de configurar alguns computadores na Lan House de um amigo, pois seu técnico havia contraído a maldita covid 19, e ele estava desesperado, pois parece que seu sistema teve uma pane, e tinha sido invadida.

Até então, ele tinha dito por telefone que eram apenas cinco máquinas, mas qual foi minha surpresa quando me deparo com vinte e cinco computadores para configurar, quase tive um infarte na hora, e só não desisti, pois a grana que ele iria me pagar era bem acima do que esperava, sem contar que ele meio que deixou no ar que o técnico talvez não voltasse e seu tinha interesse de ficar no lugar dele.

Claro que disse que sim!

Trabalhar por conta estava me dando um bom dinheiro, mas ninguém sabia o dia de amanhã, e nada melhor do que trabalhar com carteira assinada, com todos os direitos possíveis.

Havia enviado uma mensagem para Dona Carmen avisando que me atrasaria, fiquei na dúvida se enviava ou não, uma mensagem para Felipe, mas acabei me decidindo por não enviar, pois não tínhamos ainda esse nível de intimidade.

Olho desanimada para a quantidade de máquinas que ainda tenho que mexer, e solto a respiração desanimada, pois infelizmente não conseguiria sair dali tão cedo.

Como dizem, "sorte no jogo e azar no amor", não podemos ter tudo não é.

***

Curtam, comentem e compartilhem!!!!

OBS: Ainda estou aceitando sugestões de avatares!!

Beijinhos da Paulinha!!!

POR TRÁS DA MÁSCARAOnde histórias criam vida. Descubra agora