𝟎𝟏 | 𝒘𝒆𝒍𝒄𝒐𝒎𝒆 𝒕𝒐 𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒆𝒘 𝒂𝒈𝒆

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Interior do Novo México

O Impala 67 estacionou em frente a biblioteca da cidade. Os irmãos Dean e Sam Winchester desceram do carro com seus típicos ternos fajutos de agentes do FBI e com uma identidade falsa no bolso. Ambos atraiam os olhares dos moradores da cidade desde que chegaram no dia anterior, para uma cidade pacata e calma como Springs, ter agentes do FBI rondando o local, era sinônimo que algo muito ruim estava acontecendo ou iria acontecer.

A biblioteca da cidade era grande, sua arquitetura era antiga e com detalhes rústicos. O local tinha dois andares e infinitos corredores com estantes em madeira antiga. No lugar havia diversas mesas com suas próprias iluminações e portas espalhadas pelo lugar, revelando salas de estudo e de arquivos. Os dois andares eram bem parecidos, porém no segundo havia mais mesas de estudo e cabines individuais também.

Naquele dia a biblioteca estava cheia, tinha estudantes, leitores e pessoas trabalhando em seus notebooks. Havia vários balcões com atendentes atrás catalogando livros, organizando informações das pessoas que frequentavam e fazendo pesquisas para alguns estudantes.

Os irmãos Winchester foram para a atendente mais próxima, que estava atrás de um desses balcões. Era uma senhora, ela tinha cabelos presos em um coque e usava óculos na ponta do nariz. A sua mesa era extremamente organizada e naquele dia a mulher estava catalogando os livros doados à biblioteca.

— Bom dia! — Dean anunciou e a mulher apenas o olhou atrás de seus óculos — Eu sou o Agente Austen e esse é meu parceiro Agente Houston, nós somos do FBI — Os irmãos mostraram tão rápido seus distintivos que a mulher quase não conseguiu acompanhar.

— Pois não? O que desejam? — Perguntou intrigada se perguntando o porquê de ter dois agentes do FBI em Springs.

— Estamos atrás desses documentos — Dean passou um papel para a moça. No papel impresso havia nomes de títulos e jornais da época de 70. Os jornais tinham conteúdo sobre uma onda de desaparecimento e assassinato que aconteceram na cidade.

Era o caso que os irmãos vieram resolver. Pessoas sendo assassinadas e desaparecendo sem motivo e de forma estranha. O caso seguia o mesmo padrão da década de 1970, onde houveram 10 mortes e 25 desaparecimentos que até hoje não houveram solução.

A senhora olhou para o papel e franziu a testa.

— Que estranho, uma jornalista também está a procura desses documentos. — Ela devolveu a folha. Os irmãos se entreolharam desconfiados, normalmente nunca havia pessoas além da polícia local pesquisando sobre os crimes, principalmente se o caso for totalmente estranho e sem motivos aparentes. — Qual seria o motivo para a pesquisa?.

— É confidencial, senhora — Sam respondeu. Era normal as pessoas perguntarem o porquê das pesquisas, o porquê de estarem no local. — Será que poderia nos levar até lá? Temos uma urgência com o caso.

— Ah, sim, me desculpa — Ela ficou sem graça. A mesma saiu atrás do balcão — Venham comigo, à sala de arquivos fica no segundo andar.

Eles a seguiram até o segundo andar, até pararem em frente a uma porta no fundo do correr, que revelou ser uma sala com várias estantes e pastas arquivadas. No meio da sala havia uma mesa grande e cadeiras. Nessa mesma mesa estava uma jovem mulher, com os arquivos espalhados na superfície e seu notebook aberto em um documento. Quando a porta foi aberta, ela ficou desconfiada e foi impossível não ter troca de olhar entres os irmãos e ela.

Sam, como estava atrás, colocou a mão na arma que ficava dentro do paleto de fora que não fosse perceptível.

— Senhorita, esses rapazes são do FBI, vieram fazer a mesma pesquisa com os mesmos arquivos que você — A senhora anunciou. A jovem mulher sorriu sem mostrar os dentes. — Eu deixei tudo separado com a senhorita Brown. Boa sorte na pesquisa — A senhora avisou aos rapazes e fechou a porta.

Descendant | Dean WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora