𝟏𝟎 | 𝒍𝒐𝒐𝒌 𝒘𝒉𝒂𝒕 𝒚𝒐𝒖 𝒎𝒂𝒅𝒆 𝒎𝒆 𝒅𝒐

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Delilah Carpentier

Eu nunca tive medo da morte. Nunca tive o medo de morrer. Dentro de mim eu sempre soube que quando esse dia chegaria seria por consequência das minhas escolhas e não por destino ou algo do tipo.

Eu já estive de encontro com a morte inúmeras vezes ao longo da minha vida, mas a vontade de sobreviver sempre me fez escapar todas às vezes. Já fui pega por vampiros, lobisomens e bruxas. Já fui atormentada por fantasmas, espíritos e outros tipos de monstros. Também já fui caçada e atormentada por caçadores burros que queriam me matar e me torturar, achando que eu fazia pacto com demônios e era possuída pelo diabo. Mas todas essas vezes, meu instinto de sobrevivência me salvou.

A realidade é que fui obrigada a aprender a sobreviver na marra. A única garota entre 4 irmãos, a única que os pais viam como frágil e delicada, a única que precisava provar o seu valor e superar as expectativas de todos sempre. Eu aprendi a sobreviver no meio de caçadores machistas e misóginos, aprendi a sobreviver para não ser atacada por algum caçador nojento e assediador, aprendi a sobreviver para que nos próximos anos eu pudesse viver.

Talvez pensar positivo e desejar outra realidade fosse coisa de pessoas tolas, mas eu não me importava. Batalhei o suficiente para ser temida e respeitada, para que toda essa merda que acontecia na minha vida não me afetasse, batalhei para sobreviver e não morrer em vão, para salvar as pessoas e continuar o legado da minha família.

E mesmo assim, minhas escolhas me trouxeram para esse exato momento. Onde eu seria sacrificada para um ''bem maior'', onde o meu sangue destruiria o mundo e a legião dominaria todas as áreas da humanidade.

Eu havia me esforçado para caralho para não morrer na mão de homens fracos, para deixar que a minha vida fosse decidida por demônios nojentos. Isso não iria acontecer.

O plano estava arquitetado na minha mente. A chama de ódio percorria meu corpo, típico de um Carpentier. Se eu tiver que morrer, então vai ser no estilo que eu sempre fiz a minha vida inteira. Sangue por sangue.

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Dean Winchester

Sam terminava de desenhar o símbolo do portal que nos fazia ir para Setealém. O desenho era feito com o sangue de alguma criatura do lugar, no caso do demônio que possuía Alyssa. Não foi difícil tirar informações dela, era um demônio fraco e menor, não precisou de tortura, apenas uma faca com runas anti demoníacas que a machucaram o suficiente para falar tudo.

A segurava pelo braço para que não tentasse fugir ou fazer qualquer outra coisa. Ela estava abatida, havia perdido muito sangue, seu cabelo estava bagunçado, seus pulsos estavam presos por correntes com runas anti-demoníacas e sua boca selada com fita para que eu não tivesse que ouvir as baboseiras dela.

Sammy terminou os símbolos, ajeitando a bolsa de armas em seus ombros. O bunker tinha armas e suprimentos suficientes para destruir setealém. Ele gesticulou para trazer ela.

— Começa a falar o pacto — Ordenei tirando a fita da sua boca. Seu olhar estava feroz, e nem era no sentido sexual da coisa e sim no sentido de que ela era um monstro que estava tentando me incomodar com aquele olhar superior, sendo que ela estava parecendo uma maluca — Anda! — Ordenei mais firme, a fazendo se revoltar contra meu braço, enquanto a arrastava para o centro do portal.

— Vocês são estúpidos — Cuspiu as palavras para nós dois. Não a respondi e a puxei mais para o centro do portal. Ela se virou diretamente para mim — Você realmente caiu no encanto dela, Winchester. Você não sabe como ela é, você não a conheceu como eu a conheci — Sabia que falava de Delilah.

Descendant | Dean WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora