Aegon descobriu, tardiamente, ser um ômega e para protegê-lo da mãe, Aemond conta a Rhaenyra sobre o golpe que Alicent planejava.
Rhaenyra toma o trono que era seu por direito e passa a cuidar dos irmãos mais novos, e isso acaba abrindo portas para...
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Aegon olhou para Lucerys, depois para Aemond, voltando novamente a atenção para o sobrinho mais novo. Piscou lentamente, buscando em sua mente uma forma de escapar daquilo.
— Bem... — Limpou a garganta. — Deu certo algo que me lembrei aqui, mas não é nada de especial. Coisa minha, sabe? — Tomou um gole de vinho, tentando fingir naturalidade.
Aemond pareceu desconfiado e olhou para Lucerys, que também tentava parecer natural, mesmo que a mentira estivesse estampada na cara dele.
O clima, além de tenso, ficou estranho e Rhaenyra resolveu se pronunciar.
— Luke, que história é essa de chá da lua? — Indagou preocupada. — Você e Aemond transaram?
Lucerys abaixou a cabeça, sentindo suas bochechas vermelhas de vergonha. Falar daquele assunto com sua mãe, tendo o irmão, o padrasto e os tios como plateia, não era nada fácil.
— Sim, mamãe. — Respirou fundo. — Eu e Aemond transamos.
Jacaerys o olhou com total desapontamento, batendo de leve na mesa e soltando um suspiro enquanto negava.
— Não acredito que você transou com esse lunático. — Fez uma careta de desgosto. — Por tudo que há de mais sagrado Luke, o que você viu nesse cara? Tem muitos outros alphas melhores por aí, que mau gosto!
— Ei, meu irmão é um gostoso, tá? — Aegon defendeu o mais novo. — Olhe para aquele rostinho. Quem não teria vontade de beijar aquela boca dos deuses?
Jacaerys olhou incrédulo para Aegon, assim como Aemond e Daemon.
— Você ficaria com o seu irmão, Aegon? — Jace perguntou com uma pitada de ciúmes na voz.
Aegon abriu a boca, mas logo a fechou, lançando um olhar significativo para o irmão alpha, que apenas abaixou um pouco a cabeça e arqueou ambas as sobrancelhas.
— Bem... — Tentou falar, mas Daemon o interrompeu.
— Não vem com essa de “bem”, Aegon. Ficaria ou não ficaria? — O olhou curioso.
— Já fiquei, mas não ficaria mais. — Respondeu, chocando todos ali.
A expressão de Jacaerys era a de um alpha traído, a de Rhaenyra e Lucerys era de choque e a de Daemon de divertimento. Por longos segundos, houve um silêncio mórbido na mesa.
— Eu. Tô. Pasmo. — Daemon disse pausadamente. — E como isso aconteceu?
A curiosidade do alpha mais velho era palpável. Aemond levantou a cabeça, soltando um longo e pesado suspiro. Ele não gostava de lembrar do dia em que ficou com o próprio irmão, mas também não podia negar que foi muito bom. Aegon beijava como um deus, Aemond havia gostado muito na época e até tentou repetir a dose, mas o irmão não quis.
Hoje Aemond agradece aos deuses por não ter ficado mais de uma vez com o irmão, pois não consegue mais nem se imaginar tocando Aegon de forma impura. Aegon era o seu bebê, ele jamais o tocaria daquela forma novamente. Jamais.
