Aegon descobriu, tardiamente, ser um ômega e para protegê-lo da mãe, Aemond conta a Rhaenyra sobre o golpe que Alicent planejava.
Rhaenyra toma o trono que era seu por direito e passa a cuidar dos irmãos mais novos, e isso acaba abrindo portas para...
N/A: Eu estou completamente apaixonada por esse shipp então tive que escrever uma fic sobre. Não esperem muita coisa, afinal estou escrevendo apenas por diversão e sou amadora. Se tiver algum erro, relevem, ok?
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Aegon era uma vergonha, um erro que Alicent nunca conseguiria reparar. Ela não sabia onde tinha errado para merecer um filho como ele, uma decepção como ele. Aegon tinha uma tarefa difícil, ele só precisava ser perfeito. Não era complicado, até mesmo Aemond conseguia ser perfeito, e ele fazia isso tendo apenas um olho. Aemond era inteligente, centrado e um guerreiro formidável. Aegon não.
Aemond era um alpha. Aegon não.
Logo quando nasceu, Aegon foi colocado sob tantas espectativas que era até difícil respirar. Sua mãe queria que ele fosse um bom guerreiro, que ele fosse inteligente, que fosse rei e, principalmente, que fosse alpha. Se ele fosse alpha, tudo seria mais fácil. Contudo, dezenove anos se passaram e nenhum cio aconteceu, todos acharam que Aegon era um beta. Para Alicent não estava bom, mas também não estava tão ruim. Se olhassem pelo lado bom, Aegon jamais seria influenciado por cios, feromônios ou desejos primitivos.
A rainha continuou sua missão de tentar transformar seu primogênito em um rei, tentou fazê-lo ocupar o lugar de Rhaenyra após a morte do rei Viserys, mas algo deu errado.
Faltando poucos dias para o golpe de usurpação da coroa e do trono de ferro, Aegon estava com vinte e quatro anos e uma cólica terrível. Seu corpo todo doía, estava quente e formigava, além do cheiro de morango que tomava todo o quarto do príncipe. Aegon não sabia o que estava acontecendo consigo, só sabia que aquela dor era infernal e parecia querer matá-lo. Ele fora envenenado? Não, ele estava apenas tendo seu primeiro cio.
Aegon desmaiou e acordou mais de cinco dias depois, com sua mãe ao lado da cama como uma expressão nada amigável. Assim que sentou-se na cama, ela se aproximou e sem piedade, esbofeteou a cara do filho.
— Seu inútil, você é uma decepção, Aegon! — Ela gritou furiosa, mas o príncipe não teve reação.
Os olhos de Aegon marejaram e ele se encolheu na cama, estava completamente sensível e não conseguiu se conter, começando a chorar e soluçar alto. Ele não conseguia controlar, chorava cada vez mais ouvindo os berros da mãe. Outra vez, Alicent ergueu a mão para acertá-lo, e ele fechou os olhos, esperando pelo tapa que nunca veio.
Ao reabrir seus olhos com cuidado, deu de cara com seus irmãos — incluindo Rhaenyra — e seus sobrinhos. Jacaerys, ou Jace, como preferia ser chamado, segurava firmemente o pulso de Alicent, impedindo-a de tocar no loiro. Aegon franziu as sobrancelhas confuso, mas nada disse. Ele viu Aemond se aproximar cautelosamente, sentando-se na beirada da calma e, inesperadamente, o puxando para si, abraçando-o de forma protetora.
— Estou aqui, Aegon... Ninguém te fará mal.
Aegon não soube dizer o que sentiu, os braços do irmão eram reconfortantes, assim como o olhar de preocupação de Rhaenyra e Helaena. Com isso, o príncipe mais velho chorou. Ele chorou alto, parecendo um bebê, ouvindo Aemond sussurrar que estava tudo bem.
