Junghyun E Os Instintos Paternos

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Mais tarde naquele mesmo dia de volta ao hotel.

 
— Calma, amorzinho...! Olha, não faz assim! Au, não me belisca!
 
Um acesso de manha.
 
Foi o que Jimin encontrou ao entrar novamente no quarto, com Gyuri chorando nervosa no colo de Jungkook, deferindo tapas insistentes em seu peito e puxando sua camisa. O papai falhava em acalmá-la, tentando à todo custo lhe comprar com sua chupeta preferida de borboleta ou com seus brinquedinhos barulhentos como os chocalhos e a pelúcia que cantava – para ganhar tempo até que o esposo retornasse.
 
Mas Gyuri se mostrava irredutível.
 
— Olha, o papai chegou! — o Jeon exclamou assim que notou sua pessoa entrando na suíte carregado de sacolas. O castanho executou então uma manobra desesperada para chegar até Jimin, saltando sobre a cama com a bebê colada ao peito enquanto evitava os brinquedos largados pelo chão que se tornaram obstáculos até alcançar o loiro. — Eu fico com isso, e você fica com... ela.
 
Ele rapidamente fez um câmbio da filha pelas sacolas de compras, preferindo manter distância dos punhos enfurecidos da pequena no momento.
 
— Ei, ei! Calminha. — Jimin sibilou para Gyuri ao tê-la novamente em seus braços, a mesma ainda estava bastante bravinha mas quando o viu seu choro decresceu até um soluço e uma carinha irritadiça.
 
— Que bom que chegou, Jagi. Eu já estava muito perto de dar Finni's pra ela comer. — suspirava em alívio Jungkook, largando as compras sobre a escrivaninha para em seguida se pôr à recolher os brinquedos espalhados pelo chão. Só havia conseguido jogar uma partida desde que o esposo saíra mais cedo, pois a filha começou à ficar desinteressada no jogo e logo então estressada, e naturalmente Jungkook desligou o notebook e foi brincar com ela – o que funcionou por um tempo até Gyuri ficar com fome e tentar arrancar à pulso leite do seu peito. Acarretando na bagunça atual da suíte. — Ela deve estar faminta, tentou morder meu mamilo... e embora isso não tenha doído, os beliscões doeram.
 
— Que feio, sua marrentinha. O papai Gguk não dá leite! — Jimin repreendeu-a com um olhar sério, indo até a cama e sentando-se na beirada. Gyuri lhe mostrou então sua carinha pidona, puxando sua camisa agora também. A pobrezinha devia estar mesmo com fome. — Eu trouxe papinhas, estão na sacola. Me alcança uma, por favor, amor.
 
— Mas e o leite enlatado?
 
— Eu comprei também, mas queria fazer um teste com as papinhas. Devem estar na sacola menor.
 
— Aham, acabei de achar. — respondeu Jungkook recolhendo um dos recipientes de vidro, ele estudou rapidamente o rótulo e encontrou as instruções, naturalmente em inglês. O maknae sacou então o celular e abriu o app do tradutor, e, tirando foto do rótulo, ele teve as instruções traduzidas automaticamente em coreano. — Parece que tem que esquentar primeiro... eu vou colocar por uns segundos no microondas.
 
— Ok.
 
Antes que a filha voltasse à abrir o berreiro, Jimin despiu-se de seus casacos e abriu a camisa de botões, lhe dando de mamar para distraí-la até a papinha ficar pronta. O que não demorou muito, pois Jungkook logo retornou e sentou-se no divã aos pés da cama, checando com certo nojinho a mistura homogênea de consistência engraçada.
 
— Não tem nenhuma colher então... vai com uma pitadinha dos anticorpos do papai. — deu de ombros ao enfiar o dedo indicador no potinho.
 
— Anticorpos...! — Jimin riu negando e afastou a filha do peito. Gyuri chiou estressada ao ser ajeitada sentadinha em seu colo, levando as mãos ao cabelo e bagunçando os fios como fazia quando estava nervosa.
 
Jungkook foi rápido então em passar o dedo melado em seus lábios, Gyuri fez uma carinha confusa em meio ao seu distresse e experimentou sugar o lábio inferior, engolindo a papinha de bife. Ela pareceu contemplativa por um momento, enquanto os papais a assistiam em expectativa, a bebê passou os dedos pelos lábios e olhou para Jungkook como se perguntasse o que era aquilo. O Jeon viu a deixa para recolher mais um pouquinho da comida e dar em sua boca novamente, e ela aceitou ainda curiosa.
 
E depois de deglutir mais uma vez a comida misteriosa o humor dela mudou drasticamente. Gyul desfez na hora a carinha fechada na hora e esticou uma mãozinha em direção ao pote, em sinal de que queria mais.
 
— Oh, ela gostou! — Jimin comemorou, sorrindo largo. — Você escolheu qual delas?
 
— A de carne. — respondeu Jungkook igualmente empolgado com a reação positiva.
 
— Ainda bem que ela tem o seu apetite! — suspirou contente o loiro, assistindo orgulhoso a filha comer sem manha. Pois se tinha uma coisa em que Gyuri era excepcional, essa coisa era comer.  

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