Soju e Sacanagem

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Mais cedo naquela mesma semana.
 
Clínica Fonoaudióloga Namu.
Yangcheon-gu, Mok 1(il)-dong, Seoul.
 

 
Apenas o nome do exame já era tão complexo que despertava ansiedade nos papais – Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico –, mas foram surpreendidos com o quão delicados e não intrusivos eram os procedimentos, de fato.
 
Gyuri precisava estar o mais relaxada possível, por isso o médico precisou sedá-la como parte do procedimento padrão. A bebê foi deitada numa maca dentro da sala acusticamente isolada, teve uma espécie de gel espalhado na têmpora e atrás da orelhinha esquerda onde em seguida eletrodos foram posicionados. O médico colocou um par de fones de ouvido em sua cabecinha e deu inicio ao exame, analisando a resposta em tempo real no seu computador. Indolor e prático. Jungkook e Jimin observavam no mais absoluto silêncio do cantinho da sala, e quase trinta minutos depois o exame terminou.
 
O efeito do sedativo em gotinhas não se prolongou muito mais que isso também, e Gyuri acordou logo, choramingando até que alguém foi livra-la dos objetos estranhos e pegá-la no colo.
 
— Bem, como o esperado, houve sim uma perda auditiva considerável graças a complicação da virose. — comunicou o médico, quando reuniram-se em sua mesa instantes depois. Os papais apenas assentiram, mentalmente preparados agora. — Chamamos isso de SSD, Single Side Deafness, que nada mais é que a surdez unilateral. Vejam bem, a capacidade auditiva de um indivíduo é medida em tons e intensidade, e existe uma intensidade média de 15 Decibéis necessária para se ouvir e distinguir os sons à nossa volta normalmente. Gyuri sofreu uma perda auditiva moderada, o que significa que 15dB não é... alto o suficiente para ela, os sons não passam de um chiado incompreensível e muito baixinho.
 
O casal assentiu, atentos e absorvendo toda a informação.
 
— Como eu posso dizer isso...? — o Dr. Ahn procurou bem as palavras que ia dizer à seguir. — Geralmente alguns pais se ofendem ou se horrorizam com esta sugestão, mas... existe uma remediação para o caso da sua filha, claro. Tudo que ela precisaria é de um aparelho auditivo. E eu garanto que há bastante modelos bem discretos no mercado, pequenos e quase imperceptíveis!
 
Jimin acompanhou rapidamente seu raciocínio e entendeu o que o médico quis dizer: alguns pais não deviam gostar de ver seus filhos com aparelhos auditivos, era uma forma de gritante de dizer que a criança era deficiente, e o tratamento em sociedade seria sempre diferente, desigual. E o diferente, para a sua cultura, era sempre deliberadamente vexado e mal tratado. Um casal homoafetivo sabia disso melhor que ninguém, e mesmo assim ainda estavam juntos e felizes.
 
E não era agora, com a saúde da filha em pauta, que iriam repensar suas prioridades.
 
— Isso não é um problema para nós. — garantiu de pronto o Jeon, encolhendo os ombros.
 
— Com certeza não. — concordou Jimin. — Então, doutor, onde conseguimos um?
 
O Dr. Ahn hesitou por exatos dois segundos antes de sorrir pequeno, abrir uma gaveta ali ao lado e retirar o que parecia ser um punhado de panfletos para oferecê-los.
 
— Estes são os catálogos dos fornecedores da nossa clínica. Não devem demorar mais que três dias úteis para a entrega à partir da confirmação do pagamento.
 
...
 
Atualmente.
 
BigHit Entertainment.
Yangjin Plaza. Hakdong-ro, Gangnam-gu, Seoul.

 
"Feliz aniversário, meu bem. Nós te amamos tanto, e estamos tão ansiosos para vê-lo outra vez!"
 
Jungkook sorriu terno, relendo o cartão na caligrafia elegante de sua mãe.
 
Como não poderia deixar de ser, o maknae recebeu uma abundância de presentes de fãs e amigos este ano também – alguns extrapolando ainda em questão de preço. Contudo, o que realmente o deixou feliz foi ser presenteado por seus pais. Não que estes tenham lhe dado algo desnecessariamente caro e ostentoso, na verdade o Jeon poderia ganhar um par de meias ímpares que já estaria contente, o que alegrou mesmo o seu coração foi o fato de seus pais terem felicitado-o em seu aniversário. Pois pela primeira vez em anos, desde o fatídico dia em que cortaram os laços, seus pais finalmente lhe desejaram um feliz aniversário, e não foi por mediação de Junghyun ou de maneira engessada, foi sincero. Acompanhado do mais honesto "eu te amo". Jungkook chegou à ficar uma hora inteirinha pendurado no telefone conversando com os mesmos, especialmente sua mãe, quando ligou para agradecer o presente que lhe enviaram.
 
E aquilo não tinha preço.
 
— Seus pais escolheram bem, Gguk. O cheiro está muito bom! — Hoseok comentou admirado, despertando-o de seus devaneios.
 
Jungkook voltou-se então para o hyung em questão, vendo-o inalar o gargalo do garrafão de bebida caseira que seus pais lhe mandaram de aniversário. Era Soju de Batata Doce, extremamente doce e saboroso.
 
— Foi a própria Dona Eunha quem fez, na verdade. — revelou o maknae, orgulhoso.
 
— Daebak! Posso provar?
 
— À vontade.
 
Jungkook arranjou mais um copo descartável do armário aéreo e serviu a bebida destilada para o Jung acompanhá-lo. Estavam possivelmente apenas eles dois acordados no momento, era madrugada e a produtora estava silenciosa, todos exaustos dormindo pelos cantos. A véspera do concerto de Seo Taiji havia finalmente chegado, dando fim aos dias miseráveis de ensaio sem fim.
 
— É... isso aqui tá muito bom. Cairia bem com alguns petiscos salgados. — Hoseok comentou apreciativo, sorvendo devagar sua bebida. — Tipo...
 
— Lula seca? — sugeriu o maknae e o mais velho fez um som exagerado em concordância, fazendo-o rir fraco. — Ah, esses dias foram tão longos, eu não suporto mais tomar banho na academia e comer comida instantânea! Eu quero comer um bife do tamanho da minha cara depois do show!
 
Dito isso o mais velho suspirou enfadado, concordando.
 
— É uma pena que estivemos sobrecarregados demais para sair e comemorar o seu aniversário, Jungkookie.— lamentou ele, lhe oferecendo um pequeno sorriso empático.
 
— Pra ser honesto, essa nem é a pior parte...
 
— Não? O que seria então?
 
Jungkook riu soprado, baixando a cabeça em súbito constrangimento.
 
— Espera aí, espera aí...! Acho que eu sei. — Hoseok semicerrou os olhos, comentando num tom de malícia depois de analisar a reação dele. — Você e o Jimin ficaram sem tempo para... — ilustrou sinais eróticos com as mãos. Jungkook corou, mas assentiu rindo. — E não é de hoje, pelo visto. Já faz um tempo que tudo que eu ouço no dormitório é a bagunça usual e os berros da Gyul. O que houve entre vocês, greve prolongada?
 
Para evitar responder, Jungkook encheu mais uma vez o copo do amigo e então o seu.
 
— Vamos lá! Não guarde para o si o que pode ser uma história muito interessante para mim. — insistiu mesmo assim Hoseok, tomando uma golada generosa em seguida. — Não é como se eu já não tivesse ouvido vocês trepando antes. O andar inteiro ouvia, sabe.
 
— É, mas... nunca falamos desse tipo de coisa antes.
 
— Jungkookie, você já é oficialmente um adulto. Já pode falar putaria com o seu hyung sem ressalvas, não vou te repreender.
 
O Jeon riu inevitavelmente.
 
— Quer dizer que você e os outros hyungs costumavam conversar sobre sacanagem pelas minhas costas então? — rebateu humorado e o então ruivo estalou a língua.
 
— "Conversar"? Garoto, o nosso PC andava cheio de vírus por um motivo. Eu e o Namjoon costumávamos assistir juntos aos vídeos que ele baixava. — Hoseok relevou banal, como se não houvesse acabado de abrir uma verdadeira "Caixa de Pandora". E só quando percebeu o olhar abismado do maknae, foi que ele completou ligeiro: — Mas nós não tínhamos nada, não pense besteira! E não diga uma vírgula ao Yoongi, ele é mais ciumento do que aparenta e pode ficar magoado se descobrir por você.
 
— Sei... — sibilou Jungkook, sem querer criando cenários em sua mente de como deveriam ser esses encontros de seus dois hyungs para assistir pornô juntos. Será que eles conseguiam manter as mãos longe da cueca até o fim do vídeo ou faziam ali mesmo, um na frente do outro? Balançou a cabeça negativamente, expulsando as imagens constrangedoras à força e então descendo mais uma golada de Soju garganta à baixo.
 
É, sua mãe caprichou no teor de álcool. Desceu queimando!
 
— Bom... ficamos sem muito tempo sozinhos, nada demais, acontece Gyuri se tornou nossa prioridade em tempo integral. E ela não gosta de dormir no berço então... ainda não conseguimos ter a cama de volta só pra nós dois. — resolveu responder para evitar um silêncio embaraçoso. Afinal Hoseok logo perceberia que estava imaginando coisas entre ele e Namjoon se ficasse tanto tempo calado.
 
— Uau... e pensar que vocês transavam até em camarins e backstages no passado. Você e o Jimin eram o casal mais fogoso que eu já conheci.
 
— Nem me lembre. — choramingou o maknae, tombando a cabeça na mesa com um baque surdo. — Agora eu não posso sequer beijá-lo sem entrar num embate com a minha própria filha.
 
— Isso é triste. — o ruivo conteve uma risada, servindo-se de mais Soju.
 
Jungkook então virou a cabeça para o lado e analisou o amigo, ele parecia leve e tranquilo demais.
 
— A estamina do Yoongi hyung sempre deixou à desejar né... me pergunto se ele comparece. — soltou sem nem perceber, perdendo as inibições graças à bebida. O Jung então lhe lançou um olhar presunçoso de canto. — Espera, vocês vão pra cama com frequência?
 
— Todos os dias. Estamos à caminho de bater nosso recorde de um mês inteiro, ininterrupto.
 
— Mentira...!
 
— Você ficaria surpreso.
 
"Yoongi era muito fogoso.
 
Não que Hoseok estivesse reclamando, mas o namorado apresentava uma surpreendente disposição para fazer sexo todos os dias, quase que religiosamente. O que ele não entendia é que o Min nunca foi tão sexualmente ativo antes, talvez porque não tinha tempo ou paciência para relacionamentos e agora tinha à si para dar prazer sempre que quisesse, mas a questão era que ninguém jamais o fez sentir como Hoseok fazia. Sua libido ligava como um interruptor só de olhar para aquele homem tão sensual que era o dançarino.
 
— Sabe qual é a minha coisa favorita sobre os concertos? — Yoongi perguntou retórico, parando em frente ao namorado e o ajudando com os fios da bateria de microfone. Hoseok ergueu uma sobrancelha em questionamento. — Os figurinos.
 
— Os figurinos? — repetiu ele, permitindo-se aproveitar a sensação das mãos largas subindo por dentro de sua camisa, espalmando seu abdômen. — Por quê?
 
O moreno lhe sorriu então carregado de malícia.
 
— São tão apertadinhos que não deixam espaço para a imaginação. — respondeu fechando uma mão em torno de seu pênis por cima da calça social.
 
O Jung semicerrou os olhos, lhe fitando de cima com o mais puro desejo. Yoongi estava certo, as calças eram tão apertadas que muitas vezes era preciso dispensar o uso de cuecas, deixando seu pênis livre sob a roupa. O mais novo não poderia dizer que não gostava da sensação, quando dançava energicamente e sentia o tecido grosso esfregar seu pau grosseiramente, sempre acabando por deixá-lo com uma semi ereção minando pelas coxas. E tinha plena consciência do quão notável era quando seu sexo balançava de um lado à outro sob o tecido, dado os movimentos mais bruscos, criando assim uma lombada perfeita na calça.
 
Yoongi registrou o exato momento em que o caralho do namorado latejou em seu aperto, crescendo e inchando com o mínimo estímulo.
 
— Três minutos, pessoal! — um produtor avisou de algum canto do escuro backstage.
 
Hoseok bufou contrariado, percebendo que não havia tempo suficiente. O moreno à sua frente parecia igualmente frustrado, mas não esperava ser atacado de repente. Yoongi engoliu um gemido ao sentir o namorado imitando o gesto consigo, fechando a mão direita sobre a frente de sua calça e massageando suas bolas.
 
— Eu não vou subir no palco de pau duro sozinho. — Hoseok rosnou suavemente contra o pescoço alvo do moreno.
 
Era assim que começavam as brincadeiras. Eles flertavam discretamente no palco, se roçavam nos bastidores quando ninguém estava vendo e trocavam palavras sujas sempre que tinham a chance, talvez para testar o limite um do outro ou prolongar o prazer. E se tivessem sorte, conseguiam achar um cantinho escuro no meio de um VCR ou de um solo dos demais para se aliviarem. Às pressas, é claro.
 
— Se sentindo corajoso hoje, Hobi? — sussurrou sacana o mais velho ao ser arrastado para trás de um biombo no final do vestiário, e então encoxado de cara contra parede fria de concreto.
 
— O quê? Desculpe, hyung, eu não consigo te ouvir com a gritaria do auditório lá fora. — retorquiu dissimulado o Jung, esfregando sua dureza contra a bundinha de seu hyung já arrebitada em sua direção. — Eu quero me enfiar tão fundo em você que quando eu gozar vai sentir o gosto da minha gala na sua boca, Yoongi-chi.
 
O menor grunhiu necessitado, sentindo sua própria ereção pulsar em interesse.
 
— E se eu quiser foder você ao invés disso? — pirraçou ele, buscando-o por cima do ombro para mordiscar seu pescoço. — Ah, eu esqueci, você não dá conta de tudo isso aqui. — concluiu, levando uma mão do castanho para a frente de sua calça, o fazendo sentir o volume duro de sua própria ereção.
 
Esse era outro detalhe interessante sobre a relação dos dois: a disputa para decidir quem iria se submeter, quem ia se deixar ser penetrado – não que abominassem o ato de se entregar um ao outro, apenas criaram gosto pela brincadeira sacana.
 
Hoseok riu afetado e afastou-se minimamente, só o suficiente para desfivelar o cinto e abrir a braguilha da própria calça, pondo seu pau já impossivelmente duro e todo melado para fora. Rodeou a cintura de Yoongi e abriu também a calça deste, abaixando-a até o meio das coxas, deixando livre sua pele alvinha e marcada com vergões da costura. Hoseok alcançou o escroto do moreno e massageou-o entre seus dedos, apertando a maciez à seu bel prazer e arrancando um suspiro pesado de seu hyung sempre tão contido antes de subir essa mão, acariciando agora as veias saltadas do pênis injustamente maior deste. O pré-gozo minando da cabeça grande e avermelhada se mostrou insuficiente, obrigando-o a recolher a mão e cuspir em sua palma antes de voltar à envolver o caralho de Yoongi, masturbando-o apertado.  
 
— Você diz que eu não dou conta, mas foi você que gozou na primeira estocada que enfiou em mim. Tremendo todinho. — fez questão de lembrá-lo, manuseando agora seu mastro com as duas mãos. Uma apertava firme a base do pênis de Yoongi e sua palma ainda coberta de saliva esfregava sua glande em movimentos rápidos e rudes.
 
Em resposta, Yoongi gemeu abrindo mais as pernas. Precisou usar o braço esquerdo para apoiar a cabeça na parede enquanto que a mão livre apertou firme o braço de Hoseok. Esteve excitado desde a faixa de abertura, iria gozar rapidinho assim!
 
— A culpa foi sua... por ser tão apertado... e gostoso. — o moreno argumentou entre lufadas de ar sôfregas, estremecendo e suando ainda mais.
 
Hoseok riu e beijou sua bochecha suada.
 
— Vamos gozar juntos, hyung.
 
Dito isso ele afastou sua mão direita do falo de Yoongi e concentrou-a em seu próprio, posicionando-o entre as nádegas branquinhas, com a glande roçando suas preguinhas, e então se masturbou com força. Ambos sufocaram gemidos necessitados, movendo-se um contra o outro. Hoseok não podia penetrá-lo e ambos sabiam disso, pois poderia atrapalhar seu desempenho no restante do concerto, mas isso não o impedia de esfregar seu cacete contra o buraquinho que piscava guloso para si. Yoongi separou mais suas pernas pálidas, dividido entre empinar-se para receber melhor as roçadas escorregadias ou foder o aperto da mão do namorado que ainda o masturbava, e Hoseok não poupou esforços, socando sua mão em punho para cima e para baixo freneticamente em ambos seu pau e de Yoongi, numa busca desesperada por seus orgasmos.
 
O orgasmo do maior veio arrebatador e, ele só percebeu tarde demais quando sua glande atravessou o anel apertado de músculos, despejando-se dentro do aperto gostoso do namorado em seguida. Yoongi gemeu rouco, sentindo o liquido viscoso e quentinho cobrir suas paredes internas, e acabou por gozar em seguida. Esporrando a parede.
 
Levou alguns instantes para se recuperarem, e então Yoongi lançou-lhe um olhar assassino por sobre o ombro.
 
— Você gozou dentro! — rugiu ameaçador."
 
 
— ...eu tive que ajudá-lo à se limpar com lencinhos demaquilantes depois, e ele jurou me castrar caso acabasse tendo uma reação alérgica por conta disso. — Hoseok concluiu letárgico, rindo fraco ao resgatar suas lembranças do fatídico dia. — Mas eu não pûde evitar, estava tão excitado e ele estava tão quentinho, eu só escorreguei pra dentro e... gozei.
 
O queixo do Jeon caiu acompanhando o relato. E ao final deste ele tombou novamente a cabeça na mesa, frustrado.
 
— Eu sinto falta disso! — choramingou ele embolado, alcoolizado o suficiente para não se importar mais com o que deixava sua boca. — Sinto falta de apertar meu Jiminie todinho, morder e tudo mais.
 
— Eu perderia um dente se mordesse o Yoongi, mas é... eu te entendo. — seu hyung lhe deu breves tapinhas nas costas, descendo mais um copo de soju em seguida.
 
O maknae levantou a cabeça e seu olhar se perdeu em qualquer ponto da pequena cafeteria da produtora, enquanto era assaltado por memórias e sensações que envolviam à ele, Jimin e pouca roupa. Seu cacete estremeceu em resposta e precisou ser acariciado por cima da calça.
 
— Eu gosto de estapear a bunda dele, e ver ela balançar, sabe? Costumava ser bem durinha, mas depois da gravidez ficou maior e mais macia, assim como as coxas... ele todo ficou macio, na verdade. — confidenciou sem nem perceber. — Jimin sempre foi gostoso, mas depois da gravidez... argh! Ele ficou tão sensual, eu nem sei explicar! Ele tem até cheirinho de leite agora, tão gostosinho.
 
Hoseok riu alto, igualmente embriagado.
 
— Falando assim até parece que você já mamou.
 
— Mas eu já mamei!
 
— Tá falando sério? O Jimin deixa você mamar nele? — inquiriu com surpresa o mais velho.
 
— Sim. O Jiminie deixa eu fazer o que quiser com ele, é o meu gatinho. — respondeu todo bobo o maknae, sorrindo à torto. — Ele se abre todo pra mim, hyung, como uma flor. Quando eu entro nele, eu estico tão bem aquele cuzinho apertado em volta do meu pau que as ruguinhas até desaparecem. É tão bonito de ver... — soluçou. — ... que eu poderia tirar uma foto!
 
— Ah! Eu tenho fotos do Yoongi. — realizou Hoseok, parecendo se flagrar daquilo somente ali naquele momento. — Eu filmei ele em Hong Kong, e ele gostou. Eu tenho um monte de fotos agora, menos do rosto...
 
— Daebak...!
 
O makne felicitou-o como um aperto de mãos como se aquela fosse a maior realização do mundo, e Hoseok ainda assentiu orgulhoso.
 
O garrafão já estava à poucos copos de ser completamente esvaziado quando foram surpreendidos por uma terceira pessoa se juntando à eles na salinha. Era Taehyung, com a cara inchada de sono e pálpebras que quase não se abriam direito sob a luz incandescente acesa.
 
— Minha nossa! O que vocês ainda estão fazendo acordado, já são quase cinco da manhã! — arquejou surpreso Taehyung ao encontrá-los ali, dividindo a mesinha de café e o conteúdo de um garrafão de cinco litros. — E isso é soju?
 
Ao se aproximar dos dois que riam à toa, pôde sentir também o hálito carregado e fez uma careta. Era com certeza álcool.
 
— Taehyung-ah, senta aí! — convidou Hoseok, embolado e errático.
 
— É, a gente tá conversando sacanagem! — completou empolgado Jungkook, quase perdendo o equilíbrio e caindo para o lado.
 
Os olhos de Taehyung dobraram de tamanho ao ouvir aquilo, e ele buscou de um à outro até perceber que falavam sério. Não levou muito tempo, mesmo em sua mente injetada de sono, para entender que aqueles dois estavam bêbados além de qualquer inibição. Precisava detê-los.

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