Crescimento

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 Alguns meses mais tarde.

Lar do BTS, Hannam Hill.

Hannam-dong, Yongsan-gu, Seoul.

– A companhia de mudança já trouxe tudo, as caixas com os pertences pessoais de vocês já estão em seus quartos! – Hobeom avisou casa à dentro.

Demorou mais que o esperado, graças à agenda atribulada do grupo, mas finalmente conseguiram mudar de dormitório. Hannam The Hill se tornou o mais novo endereço da família bangtan.

E ah, como eles estavam satisfeitos!

O condomínio exclusivo na região mais alta e privilegiada da cidade foi decisão unânime, todos concordavam que era hora de deixar a badalada Gangnam para trás e ir viver num lugar mais tranquilo – pois de frenético já bastava o seu trabalho. E optaram também pelo triplex ao invés dos apartamentos, assim poderiam dispor de ao menos alguns metros quadrados de jardim e quintal em benefício da pequena Gyuri, além de muito mais espaço interno também, é claro. Era aconchegante como um lar deveria ser.

Muitos questionaram a decisão do grupo em continuar morando juntos, afinal era esperado que cada um seguisse caminhos separados em sua vida pessoal agora que o BTS alcançara um sucesso sem igual, o que essas pessoas não entendiam era muito simples: eles não queriam se afastar, eram mais felizes juntos. Jimin chegava à ficar emotivo só de considerar a ideia de viverem separados uns dos outros, era terrivelmente apegado à cada um deles. E arrogantes eram aqueles que tomavam os rapazes por ingênuos, pois cada qual, é claro, investiu alguma porção de seu dinheiro em imóveis por toda cidade e além dela – muitos deles os quais a mídia sequer tinha ideia.

Jimin e Jungkook mesmo adquiriram um prédio residencial inteiro para a filha – uma decisão tomada já pensando na posteridade.

“ – O que uma criança vai fazer com um prédio inteiro?” – um produtor comentou certa vez com uma pontinha de inveja mascarada por ironia.

“ – Ela não vai ser criança para sempre, não é mesmo?” – responderam à altura.

Embora no fundo nenhum dos dois gostasse muito de pensar que a filha cresceria um dia.

Afinal Gyuri ainda era o epítome da fofura e graça infantil, correndo de só fraldinha e chupeta pela casa, explorando tudo enquanto ainda podia – isto é, antes de instalarem cercadinhos por tudo. Yoongi foi rápido entretanto em pegá-la no colo antes que ela tentasse subir a escada engatinhando. Ele só riu do estressezinho que ela deu ao ser capturada; Gyuri fez seu draminha típico num choro fingido e pediu socorro para a pessoa mais próxima, quem porventura veio à ser Namjoon.

– Eh? – o líder olhou exasperado para a infante tentando à todo custo escapar de Yoongi, lançando os braços abertos em sua direção.

– Ela quer você. – o Min fez a menção de entregá-la e Namjoon desesperou-se um pouco.

Ele possuía zero confiança de segurá-la nos braços sem o auxílio de Jin por perto, não tinha coordenação ou tato suficiente para lidar com uma criança – especialmente uma tão enérgica quanto a sua sobrinha. Tantas coisas podiam dar errado...! Yoongi entretanto não parecia que ia aguentar por muito mais tempo o chilique, seus braços magrelos não eram páreos para a fúria da menina.

– E-espera! Me dá ela assim... – guardou o celular e foi ajudar, Yoongi passou ela para o seu colo e Gyul agarrou-se em si feito um coala, olhando acusatório para o titio Yoon. – Está certo? Ela não vai escorregar assim?

– Tá certo sim, tenha mais confiança em si mesmo, Namjoonie. – riu e se afastou, deixando-o plantado onde estava com a bebê no colo.

Gyuri fungou uma última vez e cessou o choro falso, aquietando-se confortável no colo de Namjoon, passando um bracinho em volta de seu pescoço como fazia no colo qualquer adulto.

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