Flashback 1: primeiro monstro.

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Percy passeava tranquilamente pela rua, a lua e os postes de luz iluminavam o seu caminho. Ele não deveria estar andando a essas horas da noite? Provavelmente, mas eí, um garoto de doze anos precisa de seu sorvete noturno! E era perto de casa de qualquer maneira, mais dois quarteirões e ele já estava em casa.

Além disso, Percy conhecia todos naquele bairro, des de senhoras amigáveis que lhe contavam fofocas, a pessoas mais... ligadas ao mundo do crime que respeitavam a mãe dele e não mexiam com ele.

Enfim, ele estava prestes a virar o quarteirão quando sentiu barulhos de passos abafados atrás dele. Ele ignorou de primeira, pensando que provavelmente era apenas alguém fazendo negócios, se é que vocês entenderam...

Os passos continuaram e ele começou a se preocupar, por mais que o pessoal do bairro o conheça, tem sempre gente nova no local que não exitaria em o rouba-lo.

Ele silenciosamente seguiu até um beco que ele sabia que pouca gente ia, por ser muito aberto e exposto.Mas ele estava lotado de caçambas de lixo que o ajudariam a se esconder.

Ele se agachou atrás de uma caçamba e espiou, tentando ter uma visão melhor de quem o estava perseguindo. Ele se arrependeu instantaneamente.

Uma mulher estava na entrada do beco, mas não era uma mulher normal, ela tinha aparência de cadáver, olhos negros fundos e um sorriso maligno, seu cabelo negro era oleoso e ralo, com alguns tufos faltando, pés gigantes e dentes pontiagudos.

Aquilo não era um humano nem nos confins do inferno! E Percy mora no Amazonas tempo suficiente pra saber que a mulher provavelmente era uma assombração. E estava procurando por ele.

Ele procurou por uma arma desesperadamente, mas tomando cuidado para não fazer barulho. Ocasionalmente, ele achou um pedaço de madeira que deveria ser útil.

A assombração entrou no beco, farejando o ar com aquele sorriso sinistro no rosto, procurando pela carne ( ou alma) de Percy. O garoto contou as lixeiras que ela passava até chegar na que ele estava agachado, em uma explosão de bravura, Percy pulou pra cima da assombração, acertando em cheio sua cabeça com o pedaço de madeira.

- MORRA INFELIZ!- Ele falou enquanto acertava o meio do crânio da criatura.

A criatura ficou desorientada por um tempo, dando a Percy tempo suficiente para correr e fugir, ele ouviu um grito da criatura que começava a persegui-lo.

Ele obviamente não ia trazer aquele treco para a casa dele, então ele fez um leve desvio de caminho. Os gritos da criatura estavam ficando mais perto.

Quanto mais ele corria, mais ele se aproximava de um matagal que tinha lá perto, seu coração batia forte no peito, quase quebrando sua caixa torácica. Em uma ação imprudente ele entrou no meio do matagal e esperou pela criatura.

Não demorou para ela o alcançar, rosnando e fazendo ruídos humanoides, Percy investiu para cima da criatura acertando seu crânio novamente com o oedaço de madeira, mas dessa vez ele não usou da desorientação dela para fugir, ele continuou a bater, ouvindo os gritos de dor da criatura, batendo e batendo no crânio dela repetidamente. Quando ele ouviu o último suspiro da criatura, seu corpo estava repleto de sangue negro e grudento.

Percy largou o pedaço de madeira, apenas para pega- ló demovo quando ouviu uma movimentação no matagal.

Um garoto alto mais ou menos da idade de Percy apareceu, com cabelos compridos presos em um rabi de cavalo, pinturas faciais pelo rosto e traços indígenas. O garoto tinha uma lança dourada na mão, e os olhos negros olhavam de Percy para a criatura em uma velocidade surpreendente.

O garoto finalmente falou :

- Por meu pai! O que aconteceu aqui?- Ele perguntou com a voz rouca. - Como, por Anhangá, você derrotou uma passadeira?-

Percy falou a coisa mais inteligente que ele pensou naquele momento:

- Com um pedaço de madeira... espera, uma OQUE?-

Percy Jackson, the brazilian demigod Onde histórias criam vida. Descubra agora