Tour pelo acampamento, e plano de resgate.

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O garoto emo se chama Nico di Ângelo, e ele é basicamente um herói para todos do acampamento, pelo menos três pessoas o pararam antes de sairmos da enfermaria.

O sol lá fora foi um alívio, Obrigado Guaraci, rezei silenciosamente, poderia jurar que senti os raios solares esquentarem um pouquinho depois disso.

- Ali naquela área estão os chalés.- Nico apontou para um monte de chalés diferentes em forma da letra grega ômega.- O seu é o chalé 3. Quer ir até lá?- Apenas balancei a cabeça, talvez assim eles pensem que estou cooperando.

Caminhamos lentamente até o chalé, por onde passávamos, campistas curiosos me observavam. Me analisando.

Olhando para a cabana, instantaneamente decidi que preferia as palafitas do ASB. Essa cabine tinha apenas duas beliches, uma fonte mais ao fundo, as paredes estavam incrustadas de conchas e pérolas. Lembrei do meu alojamento nas palafitas. Um lugar simples de madeira avermelhada, com várias redes coloridas dentro, vez ou outra uma cobra aparecia na sacada, podia não ser bonita, mas tinha boas histórias na hora de dormir, um Beto sonolento me acordando por conta de um pesadelo, e as risadas dos meus irmãos enquanto fofocavam sobre algum assunto. O alojamento podia não ser bonito, mas era meu lar.

- Legal.- Comentei, tentando afastar a dor do meu peito com as lembranças dos meus irmãos.

- E é toda sua.- Jason disse, como se fosse uma vitória, mas só ajudou a aumentar a bola de dor no meu peito.

Caminhamos mais um pouco, até chegarmos ao refeitório, um lugar de arquitetura grega com o teto aberto. Novamente, comparei ele com nosso refeitório, uma grade oca bem no meio do acampamento, vez ou outra o teto rasgava por conta das chuvas, e então somos forçados a arrumar, é divertido.

Depois de andarmos mais um pouco chegamos a uma parede de escalada que soltava lava.

- É um pouco difícil para iniciantes.- Jason comentou enquanto me olhava. Não pude evitar e soltei uma gargalhada.

- Ficaria surpreso se soubesse o tanto de cachoeiras que já tive que escalar.- Respondi, eles não quiseram contestar.

O tour em si foi chato, até chegarmos a uma grande casa de cor azul.

- Essa é a Casa Grande.- Nico apontou - Aqui é onde acontecem as reuniões.-

Apenas balancei a cabeça, como tenho feito des do começo do tour. A porta principal se abriu e um homem metade cavalo apareceu. Quase peguei minha lança, mas lembrei que não tinha uma.

- Este é Quiron, nosso professor. - Explicou Nico. Quiron se aproximou e estendeu a mão, um sorriso amigável no rosto.

- Prazer em conhecê-lo jovem Perseus.- O mais velho cumprimentou.- Estava ansioso para conhecê-lo.-

Apenas apertei sua mão de volta, ainda cauteloso, não tenho boas experiências com criaturas metade equinos.

A porta foi aberta de novo, uma garota de cabelos dourados e olhos cinzas tempestuosos me olhou negativamente.

- Você me chutou.- Ela declarou. Então lembrei das mãos invisíveis me prendendo, e de como dei um chute no estômago da pessoa.

- Não me arrependo.- Disse sinceramente, seus olhos cinzas se chocaram com meus olhos verdes água.

- Annabeth Chase, filha de Atena. Nossos pais são rivais.- Ela declarou. Um sorriso sarcástico se abriu em meu rosto.

- Pouco me importa, rasga- mortalha.- Não sei de onde o apelido surgiu, mas caiu bem. Annabeth continuou me encarando intensamente, eu encarando de volta, ficamos assim por um bom tempo até Quiron colocar a mão no ombro dela.

- Annabeth, vá ajudar seus irmãos.- Ele mandou. Com um último olhar, a loira foi fazer o que lhe foi designado

   { Pov JP}

O acampamento estava um caos, em menos de algumas horas foi anunciado que Percy Jackson foi sequestrado.

- Temos que resgata ló!- Um filho do Boto gritou na nessa de reuniões.

- Não diga Sherlock!- Anésia gritou exasperada, arrumando uma das suas faixas em seu braço.

- Acalmen-se .- Eu disse - Nós nem sabemos onde Percy está! Ele pode estar do outro lado do mundo!- Minha voz se engrossou - Primeiro de tudo, devemos saber onde ele está sendo mantido.- Olhei para Anésia- Algum dos seus pássaros consegue localiza-lo?- Olhei para a albina esperançosamente.

- Sem uma boa localização? Sem chance.- Ela disse, seus olhos violetas brilhando em decepção e preocupação.

Coloquei minha cabeça entre as mãos em derrota, um suspiro saindo dos meus lábios, podia ouvir os sussurros dos outros, formando um monte de planos sem pé nem cabeça.

Um puxão na minha camisa me acordou para o mundo, olhei para baixo, dando de cara com dois olhinhos cheios de lágrimas.

- O papai vai voltar?...- Beto perguntou, a voz tremendo, meus olhos se arregalaram, eu tinha esquecido dele...

- Eu... eu não...- Minha voz travou, como explicar para uma criança de cinco anos que não fazemos ideia de onde seu porto seguro está? Eu não sou bom em confortar pessoas, muito menos crianças.

- Ele vai voltar Beto, não se preocupe, vamos encontrá-lo.- Félix disse a criança, colocando a mão no ombro do pequeno. Mandei um olhar agradecido ao ruivo.

Estava prestes a voltar para meu estado deprimente quando uma luz dourada envolveu o refeitório. Fechei meus olhos com força, abrindo-os assim que a luz diminuiu.

Parado no meio da sala estava um homem indígena musculoso, com um bronzeado perfeito e cabelos pretos lisos, um manto amarelo- dourado cobria seu corpo, pintura facial amarela e um cocar de penas brilhantes na cabeça.

- Senhor Guaraci.- Disse me levando e me ajoelhando em respeito, os outros campistas fizeram o mesmo.

- Levante-se, filho de Tupã, possuo respostas para sua perguntas.- A voz forte do deus ecoou pela sala.

- Sabe onde Percy está?- Anésia disse erguendo a cabeça, expectativa em seus olhos. Guaraci a olhou.

- Ele está nos Estados Unidos, em um lugar em Long Island.- Ele respondeu. Passei a localização na minha cabeça repetidamente.

- Anésia.- Chamei, assumindo minha postura de líder.- Mande uma de suas aves para lá.- A albina acenou a cabeça em concordância, correndo para fora do refeitório. Olhei para o deus na nossa frente.

- Muito obrigado meu senhor.- Respondi com sinceridade, imensamente agradecido. O deus me olhou pelos seus olhos dourados.

- Perseus também é respeitado pelos deuses, ele fez muito por cada um de nós. Ajudar a encontrá-lo é um jeito de o agradecer.- Ele respondeu, e então se virou para Félix.- Filho, tenho assuntos para resolver com você.- Félix acenou afirmativamente, acompanhando o pai até a saída. Me virei para o resto dos meus companheiros:

- Muito bem, esse é o plano...-

Percy Jackson, the brazilian demigod Onde histórias criam vida. Descubra agora