Quatorze

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Naruto

Dormir e acordar com o corpo macio da Hina nos meus braços já virou rotina pra mim, é algo que eu não consigo mais abrir mão e sinceramente, acredito que seja algo que eu também não consigo mais ficar sem. Eu preciso me preparar pra dizer isso pra ela, pois como ela também tem assuntos para tratar comigo, está mais do que claro que estamos próximos de ter aquela conversa, sim, aquela conversa sobre decisão e compromisso. E na moral, eu tô muito afim de ter a Hina oficialmente pra mim.
Tanto que eu até acordo sorrindo e fico ali observando a mulher linda do meu lado, caralho, ela é uma princesa muito linda, e eu tenho muita sorte de ter ela aqui comigo, eu...
Meu telefone começa a vibrar sem parar e eu pego e observo a tela e mano, até desanimo ao ver a foto da Shion na tela, mas pela a nossa amizade eu irei atender.
— Alô!
— Naruto! Naruto! Onde você está? Não me diga que está na casa da assassina. - ela fica dizendo coisas estranhas e eu saio do quarto e vou pra sala para não acordar a Hina, hoje é sábado e ela gosta de dormir até mais tarde.
— Shion! Calma! Do que você está falando?
— Só liga qualquer tv próxima a você, já está em todos os canais, a Professora Hinata é uma psicopata assassina e você está correndo perigo Naruto.
— Shion! Garota você bebeu? - pergunto sorrindo, ela só pode estar brincando com a minha cara.
— Naruto a professora Hinata é louca, ela seduz e mata os alunos e você tem que ficar longe dela e...
— Shion pode parar com isso agora entendeu, eu não vou deixar que você fale assim da Hina... da nossa professora, ela é uma excelente profissional e...
— Desliga esse telefone Naruto. - ouço a voz da Hina atrás de mim e quando eu me viro me deparo com a mesma apenas de baby-doll e apontando uma arma para mim. Desligo na hora o celular e fico ali encarando a Hina.
— Hina? O... que... é isso? - perguntei gaguejando.
— Desculpa Naruto, eu fui descoberta aqui também. Senta na droga dessa cadeira ou eu juro que atiro. - ela disse e eu me sentei ainda tentando entender o que tava rolando. A Hina pegou a mochila que fica guardada embaixo da pia e começou a colocar alguns itens como escova de dentes e outros materiais pessoais, roupas e outros objetos que ela já tinha colocado em pontos estratégicos, e só agora eu consigo entender que ela já tinha uma fulga rápida elaborada.
Então é isso mesmo? A Hina é mesmo uma psicopata assassina e está prestes a me matar? Será esse o meu fim?
— Levanta Naruto! - fui ordenado ainda com a arma apontada para o meu rosto e imaginei que era o meu fim.
— Olha Naruto eu... - Hina começou a falar, porém foi interrompida pelas inúmeras sirenes de polícia que começaram a cercar a casa, e isso realmente a aterrorizou.
— Ele já chegou! - ela afirmou com os lábios tremendo.
— Ele quem? - perguntei ainda preocupado com ela, e nada aliviado devido à chegada da polícia.
— Alguém que vai me levar daqui pra sempre. - ela respondeu com pesar.
— Alguém que vai tirar você de mim pra sempre?

(....)

Shion

Eu não pensei duas vezes em denunciar a professora e como aqui é uma cidade pequena, logo a bomba explodiu, lógico que eu também fiz a minha parte, liguei para a imprensa e mobilizei o pessoal do colégio. Agora tem uma multidão enorme em frente a casa da professora Hinata e uns policiais federais bem gatos ocupando todo o percurso na frente da residência, por isso a população está afastada. É um saco, mesmo assim vou conseguir ver em primeira mão a professora se ferrando, e de quebra eu irei consolar o Naruto, com certeza ele vai me agradecer por ter denunciado a professora e ter salvo a vida dele, tô contando os minutos para isso acontecer.
E de repente a porta da casa se abre, e os policiais ficam todos a postos e as pessoas ligadas para ver o que irá acontecer. Porém, a professora não se entregou, pelo o contrário.
Ah meu Deus!
Ela está fazendo o Naruto de refém!
A professora Hinata está passando pelos policiais com uma mochila nas costas e uma arma apontada para a cabeça do Naruto. Geral da escola e outros curiosos estão de boca aberta por essa situação toda que está acontecendo.
— Hana é melhor você se entregar. - um policial ruivo e bem gato tenta negociar com a professora.
— Você não vai conseguir Sasori. - ela diz olhando bem nos olhos do tira. — Ninguém se aproxima ou eu estouro a cabeça do garoto.
— Por favor não faz isso com o meu filho. - a dona Kushina grita desesperada e o policial ruivo aparentemente frustado faz sinal para os outros deixar a professora passar, e é isso o que essa bandida faz, ela passa por todos e entra com o Naruto no carro do mesmo e arranca com tudo em alta velocidade. Logo os policiais se preparam para ir atrás dela, porém, a multidão está atrasando um pouco eles, mesmo assim após alguns instantes os mesmos saem em disparada atrás do carro do Naruto, a dona Kushina está desesperada chorando nos braços do senhor Minato e por enquanto em vez de consolar o Naruto eu vou prestar minhas considerações para a minha futura sogra, enquanto torço para a polícia pegar logo a professora e que nada de ruim aconteça ao Naruto durante esse processo.

(....)

Hinata

O carro segue em alta velocidade, eu nem olho para trás, acho que devido à essa cidade ser pequena e pacata tenha acarretado uma multidão tão grande em frente a minha casa, mal sabem eles que realmente suas presenças ali realmente foram de grande ajuda para mim, pois caso o contrário o Sasori não teria dado importância nenhuma para a vida do Naruto, ele teria avançado para cima de mim, pois o que ele quer é me pegar a qualquer custo, porém, ele não cometerá nenhum atitude que possa vir a arranhar a carreia  perfeita dele na polícia, não na frente de tantas testemunhas.
Também foi de grande ajuda o tamanho da multidão quando eu saí de lá, atrasou eles, mas isso não fez com que eu me livrasse deles de uma vez por todas, eles estão no meu encalço, por isso eu coloco metade do meu corpo pra fora da janela e começo a disparar, eu sou muito boa de mira e atinjo em cheio os pneus dianteiro dos três carros que me seguiam, agora respirando aliviada posso seguir em frente.
Uma trilha foi pega ao sair da rodovia, agora seguimos dentro do mato literalmente, uma mata densa que apenas quem tem um grande conhecimento do local consegue ter acesso. E o melhor de tudo é que não houve rastros e pelo menos por mais alguns momentos eu posso suspirar aliviada.
Bom por horas eu posso dizer, pois esse lugar é realmente no fim do mundo e no meio do nada, e já está quase escurecendo quando chegamos ao nosso destino, que é uma cabana no meio do nada, literalmente nada. Esse lugar é realmente perfeito para uma fugitiva da polícia se esconder. Eu penso sorrindo enquanto desço do carro e olho em volta, logo após ele também sai do carro, todo lindo descendo do banco do motorista, pois ele veio dirigindo durante todo o caminho, caso o contrário eu não teria conseguido dar os tiros nos carros da polícia.
Então o Naruto também olha em volta e depois sorri para mim.
— E aí? Gostou do lugar?
— Sim, tem certeza de que apenas você sabe da existência daqui? Seu pai...
— Meu pai não sabe desse lugar Hina, ou Hana, como eu devo te chamar agora?
— Eu deixei de ser a Hana há muito tempo atrás, em breve deixarei de ser a Hina também e irei procurar outro nome.
— Você vai continuar sendo a Hinata, pois eu não deixarei você fugir de mim. - ele diz olhando sério nos meus olhos, o que faz o meu coração bater mais forte.
— Naruto muito obrigada, se não fosse por você dessa vez o Sasori teria conseguido me pegar, pois ele chegou bem perto.
— Eu jamais deixaria ninguém pegar você Hina. Jamais.
— Você não tem medo? - pergunto pois ainda não tive tempo de contar a minha parte da história.
— Hina ainda não está claro? Eu não me importo se você é uma assassina, ou uma psicopata, eu não vou deixar a polícia prender você. - ele diz e é impossível não me emocionar com as palavras dele. — Eu não me importo nem se você quiser me matar, se quiser faz isso, pois eu sou todo seu.
— Naruto eu....
— Eu amo você Hinata.
E essa é a última frase que eu deixo ele falar antes de pular no colo dele e começar a beija-lo loucamente.

A professora - Naruhina - Coleção Doce Mel IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora