Dezesseis

92 7 4
                                    

Naruto
Eu estava caminhando na estrada há algumas horas quando os policiais me acharam, assim que eles pararam eu vejo meus pais descendo de uma das viaturas e virem correndo em minha direção, a minha mãe me abraça tão forte que sinto minhas costelas doerem, ela começa a chorar copiosamente, o meu pai chega por trás dela também me abraçando e percebo as lágrimas de alívio também em seus olhos.
— Ah graças a Deus você está bem! Eu já estava começando a pensar o pior. - minha mãe diz enquanto me enche de beijos. — Só eu sei o que senti quando vi aquela psicopata com a arma apontada para a sua cabeça.
— Mãe na verdade... - eu começo a falar, mas lembro das palavras da Hina, eu preciso disfarçar, fingir que não sei onde ela se encontra.
— Este é o rapaz? - um policial ruivo chega perto da gente, ele é grande e bombado, faz o completo perfil desses caras fardados que as meninas da escola sempre gavam, o cara chega do meu lado e aperta a minha mão.
— Eu sou o policial Sasori, responsável pelo caso da professora psicopata, já tem um tempo que estou na cola dela, você teve sorte rapaz, já não posso dizer o mesmo dos outros alunos que a Hana matou. - o sujeito diz e ali mesmo eu sinto o meu sangue ferver, eu nunca senti tanta vontade de matar alguém na minha vida como eu estou sentindo agora.
— Ah meu Deus!!! Obrigada! Muito obrigada! - minha mãe diz aos prantos e eu a abraço.
— Sasori deixe eles em paz, não vê que a senhora está nervosa. - o delegado daqui da cidade se aproxima e diz olhando sério para o Sasori, que o encara com a mesma intensidade e eu fico ali disfarçando e observando tudo.
— Delegado Itachi, muito obrigado pela a sua ajuda, mas esse caso é meu. - ele diz com raiva e mostrando o distintivo.
— Mas você não está agindo conforme o protocolo, marque um horário para o rapaz prestar depoimento. - ele diz e os dois ficam se encarando por alguns segundos, até que por fim o Sasori sorri. — Até por que ele já disse tudo o que sabia, a mulher deixou ele na estrada e seguiu viagem.
— Olha ela me largou lá e seguiu em frente, na rota que eu já repassei para os policiais assim que me encontraram. - eu digo e o cara olha pra mim como se estivesse estudando o meu semblante e por fim se dá por vencido.
— É claro! Vou dar um momento para a família, e depois conversamos, é claro também que haverá um policial de vigília na sua casa, pois você ainda corre perigo. - ele diz olhando para mim e se retira.
— Vamos para casa. - meu pai diz e minha mãe e eu seguimos ele, vamos para casa sem dizer uma palavra, pela primeira vez no dia eu estou vendo a dona Kushina calada, espero que ela esteja mais calma, eu não quero assustar ainda mais a minha mãe.
(...)
Assim que chegamos eu entro em casa e vou direto para o meu quarto, tomo um banho bastante demorado, coloco apenas um short e deito na minha cama. Eu gostaria muito de descansar, porém, ouço umas batidas na minha porta e com um suspiro eu peço pra eles entrarem, os meus pais querem respostas, e eu terei que dá-las para eles, porém, em partes.
— Eu trouxe um lamem pra você. - minha mãe diz e me entrega a tigela, eu começo a comer e nossa, tá uma delícia, eu sabia que estava com tanta fome assim.
— Filho o que você estava fazendo aquela hora da manhã na casa da professora? - meu pai pergunta.
— Na casa da psicopata você quer dizer né Minato. - minha mãe diz, ela está com muito ódio da Hina, e infelizmente no momento eu não posso dizer a verdade pra eles, pela mulher que eu amo eu terei que mentir para os meus pais.
— Fui entregar um manuscrito de um livro que eu escrevi. Como sabem a professora Hinata era a minha mentora. - tentei explicar.
— Naruto todo mundo está comentando que você tinha um caso com a professora, a sua amiga Shion disse que já viu vocês dois juntos, foi ela também quem denunciou a senhorita Hyuga. - meu pai diz calmamente e é interrompido pela a minha mãe.
— SENHORITA HYUGA NADA! NEM SABEMOS COMO É MESMO O NOME DESSA MULHER, ELA SEDUZIU O MEU FILHO E TENTOU MATÁ-LO.
— Mãe não foi bem assim, eu... - eu tento explicar pra eles, porém, vejo uma viatura parada em frente a nossa casa e me lembro do que prometi para a Hina, por enquanto eu não posso falar ou fazer nada diferente do que nós combinamos. — Mãe eu gostaria de terminar de comer o meu lamem.
— Tudo bem meu amor, descansa tá, seu pai e eu também vamos tentar fazer a mesma coisa. - ela diz e me dá um beijo, depois se retiram e novamente eu fico sozinho, pensando em como a Hina está nesse momento, por enquanto nós não podemos ter nenhum tipo de contato, mas pelo menos sei que ela está bem, pelo menos com essa certeza eu consigo dormir tranquilo.
(....)
No outro dia eu tive que ir prestar um depoimento oficial, meus pais me acompanharam para me dar apoio, eu poderia ter escolhido entrar sozinho na sala, porém, a minha mãe anda tão nervosa que eu não quis contraria-la. E é melhor eles ficarem por aqui mesmo, por que assim eu também me controlo, pois só de ter que olhar pra cara desse Sasori já fico doido de ódio.
— Então você e a Hana tinha um caso? - o filho da mãe me pergunta.
— Não! A senhorita Hyuga era minha professora e estava me ajudando com alguns manuscritos que eu estava escrevendo. - falei olhando seriamente para ele.
— Filho conta a verdade, conta que aquela mulherzinha seduziu você.
— Olha mãe a professora não me seduziu, ela só tentou me matar ok. - eu digo tentando me controlar.
— E você ainda diz só. - minha mãe diz e começa a chorar.
— Calma mãe, é só que eu não vou dizer que tive algo com a professora sendo que não é verdade, ela me tratava como qualquer outro aluno, não imaginava que ela poderia colocar uma arma na minha cabeça. - falei tentando parecer o mais convincente possível e o Sasori estreita os olhos.
— Sabia que você faz o tipo da Hana? Loiro, olhos azuis, corpo musculoso. Quantos anos você tem mesmo? Apenas dezoito?
— Sim, dezoito. - eu disse e ele pigarreou com desdém.
— Geralmente ela pega uns mais velhos que você.
— Só que ela não me pegou. - eu disse entredentes.
— Não foi isso o que a sua amiga Shion disse no depoimento.
— A Shion deve ter entendido errado.
— Que viu vocês dois transando no banheiro? - ele praticamente cuspiu as palavras na minha cara me olhando com ódio, e eu não tive como não sorrir, porém, continuei calado.
— Quando a Hana te deixou na rodovia ela falou alguma coisa? - o delegado Itachi me pergunta, o que faz o Sasori revirar os olhos.
— Ela disse que ia me deixar lá por que não era nenhuma assassina, que só estava querendo fugir do Sasori. - falei e o cara começou a ficar com o rosto vermelho igual um pimentão.
— Ah é? Ela disse que estava fugindo dele e não da polícia? - novamente o Itachi perguntou.
— Isso! E também falou algo tipo como se o policial Sasori fosse um assassino, o que eu não entendi pois ela é que a fugitiva né. - falei me fazendo de desentendido e o cara explodiu.
— ISSO É UM DISPARATE! EU SOU A PORRA DA POLÍCIA AQUI! EUU!
— Eu só tô respondendo o que o delegado Itachi perguntou, e estou repetindo as palavras que a professora disse. - falei e o cara respirou fundo.
— É claro! Mas não temos o por que acreditarmos nas palavras de uma psicopata não é?
— É claro. - eu disse olhando nos olhos dele.
— Olha eu estou preocupada com o meu filho. - a minha mãe disse.
— Não se preocupe, seu filho será monitorado dia e noite, ele não dará nenhum passo sem que a polícia saiba, pois se por acaso a psicopata procurá-lo, nós a pegaremos. - Sasori disse diretamente pra mim e eu o encarei da mesma maneira.

"Você não vai pegar a minha mulher Sasori, eu não vou deixar."

Guardei essas palavras nos meus pensamentos, porém, acho que ele as sentiu com o meu olhar, definitivamente esse cara me odeia tanto quanto eu odeio ele.

— Bom é só isso, você está liberado rapaz, não se preocupe aquela mulher nunca mais encostará em você, pois eu irei até mesmo no inferno para encontrá-la.
— Muito obrigada. - a minha mãe diz e eu levanto e saio dessa sala sem olhar pra trás.

A professora - Naruhina - Coleção Doce Mel IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora