Olhos Cinzentos

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Caitlyn 

Não encontramos Vander quando Vi me guia pela casa. Em qualquer outro momento eu adoraria encontrar com ele, mas agradeço a todos os deuses por ter o caminho livre agora. Ela fecha a porta do quarto e eu consigo ouvir o clique da chave girando na fechadura.

Vi me encara, as pupilas dilatadas cobrindo as íris cinzentas. Quando me dou conta estamos nos beijando de novo. Enrosco meus braços ao redor do pescoço de Violet, seus braços me dão impulso e eu subo no seu colo, abraçando a cintura dela com as pernas. Vi segura minhas coxas com as mãos espalmadas, sinto a pressão dos seus dedos na minha pele por baixo da calça jeans. Ela pressiona meu corpo na parede e o atrito da sua virilha na minha me faz querer gemer.

A forma como nossas bocas se tocam não é igual das vezes que nos beijamos no carro ou em qualquer outro lugar. Nas outras vezes, ainda que intenso, era hesitante. Agora, parece que estamos dando um passo a mais, como um tiro que dá largada para o início de uma corrida. Nossas línguas se entrelaçam entre suspiros, acho que nunca tive tanta vontade de alguém na vida. Seguro a nuca de Vi, inclinando a cabeça entre um momento e outro, saboreando o gosto de menta que a boca dela naturalmente tem. Um leve sabor de nicotina do cigarro recém fumado entra em contato com a minha língua, mas não me importo.

As mãos de Vi percorrem o meu corpo, deslizando das coxas até a lateral do meu tronco com seus dedos ágeis. Consigo sentir os calos de suas palmas acariciando minha cintura por baixo da regata, subindo pelas costelas até chegar ao meu sutiã. Minhas digitais tocam qualquer centímetro de pele dela que consigo alcançar, um gemido involuntário escapa dos meus lábios. 

Nossas bocas se separam por um momento, aproveito para puxar a barra da minha regata para cima e jogo a peça em um canto qualquer do quarto. Vi encara meu sutiã preto de renda, um dos mais bonitos que tenho e que foi escolhido propositadamente. Tenho escolhido muito bem minhas roupas de baixo desde que Vi e eu começamos a sair. Não que eu ache que seja necessário, sei que não preciso me provar, mas eu esperei isso por tempo demais para não me dar esse luxo. 

Os lábios macios de Vi encontram meu pescoço nu e sua mão direita sobe para um de meus seios, erguendo uma das taças do sutiã. Outro gemido sai da minha garganta e eu tombo a cabeça para trás. Mordo meu lábio inferior, tentando me controlar, mas Vi me impede. 

— Não se segura. — ela fala perto do meu ouvido, meu corpo todo se arrepia.

— Mas o Vander…

— As paredes têm isolamento acústico. — me interrompe. — Eu sou guitarrista, lembra?

Dou uma risada, que logo se transforma num suspiro. A boca de Vi desce vagarosamente pela minha jugular, alcançando os ossos protuberantes da clavícula e indo até a parte de cima dos meus peitos. Ela puxa a taça do meu sutiã para baixo, revelando um dos meus mamilos já duros. Vi o puxa delicadamente com os dentes, fazendo ficar ainda mais saltado, e então o chupa. 

— Ah… — arfo, sentindo a boca quente de Vi. — Você queria mesmo isso.

— Você não facilitou muito as coisas pra mim. — sugou meu mamilo entre os lábios, voltando a me olhar. 

— Não era a intenção facilitar. — mordo o lábio, tentando me concentrar enquanto o indicador e o polegar de Vi brincam com meu mamilo. — Eu adorava o jeito que você olhava pra mim, guardei minhas roupas decotadas especialmente pra isso.

— Você é o diabo, Caitlyn.

— E você gosta disso, Violet.

Então eu deslizo as alças do sutiã pelos meus braços, levo a mão de Vi até o fecho e ela o abre, jogando a peça por cima do ombro. Ela massageia meus seios nus e me beija, puxando meu lábio inferior com os dentes. Violet explora meu torso nu com tudo que pode, mãos, boca, língua e dentes, me fazendo ficar tão molhada a ponto de sentir a umidade escorrer.

Club 57 | CaitViOnde histórias criam vida. Descubra agora