Day six - Perdão

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23h43. Quarta-feira.

Avançando dois dias do acontecido de segunda-feira, minha relação com Jongho estava muito melhor. O permiti sair da bolha de "segurança e protegido" para "talvez amigos".

Meus dias cuidando dele estavam chegando ao fim, já que na sexta-feira eu poderia ser liberado. Confesso que estava ansioso para ter minha rotina normal de volta, mas ainda um tanto triste por não conviver com a mini cópia.

Jongho estava me irritando menos e cooperando mais, estávamos criando uma certa confiança um no outro. Confiança esta que chegava a furar programações da família Choi apenas para que o moreno se divirta mais. Ontem, por exemplo, pulamos toda a programação para um dia todo de filmes e besteiras por ele ter acordado desanimado. Foi um dos melhores dias que tivemos juntos.

Estava feliz com a conquista, muito feliz. Notei que mini cópia me irritava por buscar a atenção que não teve dos pais, ele gostava de ter uma companhia para conversar e rir. Isso não me incomodava, eu o dava liberdade para quase tudo, e com isso ele confiava mais em mim.

Afinal, se estamos morando juntos por uma semana, não tem motivos para tornar uma rotina infernal, certo?

Errado.

Em compensação, o dia maravilho de ontem se tornou um pesadelo hoje. Jongho acordou com o diabo no corpo e eu estava me odiando por isso.

Há uma hora atrás, mini cópia encarnou o bom anjo para conseguir ir a uma festa da sua equipe de basquete. Aquelas festas que você mal sabe quando volta para casa. E eu permiti após muito choro na minha cabeça.

Mas por que você deixou?
Porque eu estava confiando nele.

- Hyung - Jongho apareceu na cozinha, onde eu estava, todo manhoso e com um olhar de cachorro abandonado. Sabia que ele ia pedir algo - Posso sair hoje?

- 'Pra onde?

- Uma festa da minha equipe, não queria ficar de fora.

- Jongho, você sabe que não pode sair sem mim e eu tenho certeza absoluta que não posso pisar na calçada dessa festa.

- Por favor, Hyung. Prometo que volto cedo. Você me deixou sair sozinho quando foi ao mercado e eu voltei, certo?

- Foi diferente.

- Pode confiar em mim agora, voltarei antes das onze horas - ele segurou minha destra, entrelaçando seu mindinho no meu como se fizesse uma promessa.

Eu suspirei. Ele me encarava com aqueles olhos enormes e brilhantes, parecia o truque do gato de botas. Ali, eu tinha plena noção que ele poderia foder minha vida.

- Esteja aqui às onze em ponto, Jongho. Por favor, não fode meu trabalho.

- Onze em ponto, Hyung!

Burro, Yeosang. Você é completamente BURRO.

Eu não sabia onde era essa festa, se é que era na cidade. Fui trouxa em deixá-lo ir com um grupo de amigos que estavam dentro da lista permitida pela família Choi, quando ouvi com todas as letras "NÃO O DEIXE SAIR". Minha cabeça letajava a ponto de explodir, estava amaldiçoando até minha vigésima geração por ter caído no papo de merda daquele filho da puta.

Agora estava aqui, parecendo um pai conservador, ligando trezentas vezes para ele e os amigos. Resultado? Celulares desligados. Já havia mandado vinte mensagens xingando cada fio de cabelo para que ele voltasse, implorei aos céus e depois que eu não perdesse o emprego por causa do deslize manipulável.

Joguei meu celular no chão com toda força após mais uma ligação recusada, pouco me importei se iria quebrar ou não, minha vontade era quebrar a cara do Jongho no momento. Maldito, mil vezes maldito.

Security • JongsangOnde histórias criam vida. Descubra agora