Victini e Scorbunny se agarram firmemente com um abraço no torso do menino que se levantou de forma abrupta. Seu olhos antes fechados em sono profundo na terra das memórias agora mostravam algum pânico, seu olhar percorria todo o ambiente em que se encontrava.
Os dois Pokémon tentaram chamar atenção do menino para conseguir o acalmar o que surtiu efeito pois ambos notaram que o movimento agitado havia desacelerado, o coração ainda batia em altas velocidades e frequências mas dava sinais de redução.
O menino parecia notar que não estava mais na memória e sim em uma sala diferente da floresta onde estava antes de cair e desmaie devido a alta dor que seu corpo estava passando. Seu corpo até estremeceu só da memória da sensação.
Olhando melhor, ele percebeu que a sala era praticamente toda branca, as paredes, o chão que aparenta ser feito de cerâmica com borda perfeita, o teto com lâmpadas em forma de barras, as cortinas que cobriam as janelas e a luz fria refletida da lua, tudo era branco. Seu nariz se contraiu ao sentir um cheiro de álcool muito forte a ponto de o deixar muito nauseado e desconfortável.
Olhando para seu lado esquerdo notou com um copo de água e, como se fosse um sinal ou um lembrete, sentiu sua boca estar bastante seca como se estivesse sem água em um deserto por dias. Rapidamente ele esticou com dificuldade a mão por causa das bandagens o restringindo para agarrar o copo e virou toda a água garganta abaixo em altas velocidades. Ele até engasgou pela alta velocidade que havia bebido do copo.
O garoto colocou o copo na mesa novamente com um suspiro de alívio, sua boca e garganta não já mais secas igual anteriormente. Olhando para a direita ele notou um aparelho de soro com um cateter intravenoso inserido em seu braço direito.
Sentindo como se estivesse saído de um estado entorpecido ele sentiu algumas coisas anexadas ao seu corpo, incluindo dois pares de pequenos braços enrolados em seu peito. Olhando para seus braços notou que haviam faixas de bandagem enroladas por quase toda sua extensão.
Ele também pareceu notar que tinha algo em seu olho esquerdo pois mesmo aberto não via nada nele e tocou levemente com a ponta dos dedos para sentir outra faixa cobrindo seu olho.
A curiosidade de saber o porque seu olho estava enfaixado falou mais alto e assim o fez. Tirando lentamente as faixas ao redor de seu olho um vento gelado passou pela sala e seu corpo mas saiu bem mais gelado em seu olho do que o resto do corpo o que o fez se sentir estranho. Uma coisa que ele não sentiu também foi seu próprio olho esquerdo e isso o assustou muito quando um pensamento passou pela sua mente.
Ao tirar toda as faixas ele sentiu a brisa gelada passar pelo seu corpo e, ao passar pelo seu olho, foi bem mais frio e congelante do que o normal o que trouxe um arrepio em seu rosto que desceu pela espinha. Ele procurou por um espelho ou algo que tinha reflexo para poder ver sua situação visual.
Sua busca foi frutífera ao achar um espelho portátil na mesa do seu lado esquerdo. Estendendo seu braço ele agarrou o pequeno espelho e lentamente se aproximou de seu rosto.
Seu olho esquerdo não existia mais e no seu lugar havia uma cavidade totalmente negra com traços vermelhos por dentro nas bordas entre o espaço de dentro e o de fora.
Olhando para baixo onde sentiam os braços o agarrando ele notou que haviam mais bandagens cobrindo essa área que seus braços mas não foi para isso que ele estava olhando.
Ao descer o olhar para seu peito notou dois pequenos Pokémon o abraçando com seus olhos animados e contentes encontrando com os deles. Isso o fez suspirar de surpresa pois ele viu e até sentiu em ambos um carinho enorme por ele, animosidade pelo seu estado físico e mental, companheirismo dizendo que nunca o abandonaria. Tudo isso ele conseguiu ver e sentir só pelo seus olhos que o encaravam. O frio da noite parecia se dissipar com o calor que os dois Pokémon exalavam pelo abraço em seu peito o deixando confortável.
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O conto do pós vida se repete
FanficO pós vida é muito misterioso... Alguns acham que tem algo nele... Outros acham que existe céu e inferno... Outros nem reconhecem sua existência... Mas e se um garoto de 12 anos descobrisse muito cedo o que acontece no pós vida? Esse é o conto do pó...