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Chego em casa por voltar das 20:15h, saiu da garagem e vou direto pra cozinha. Abro a geladeira e pego a jarra de vidro, pego um copo e me sirvo com um pouco de água, guardo a jarra na geladeira lavo o copo e entro na sala. Dessa vez notando que Zoe dormia no sofá, fico pensando se deveria acorda-la no entanto decido leva-la pro quarto dela. Vou em direção ao sofá parando na sua frente e a pegando no colo com cuidado. Subo as escadas com ela ainda dormindo e agradeço por a porta do seu quarto estar aberta, coloco a mesma em sua cama, saio do quarto e vou pro meu que fica dois quartos depois do dela. Entro pro banheiro tiro a roupa e começo o banho, depois de um tempo saiu com a toalha enrolada na cintura e vou até o closet, pego uma cueca preta e a coloco. Pego um secador e começo a secar o cabelo, passo os dedos pelos fios de cabelo pra garantir que todos fiquem secos. Desligo o secador e escolho um terno cinza, um relógio que ganhei de presente de  meu pai. Coloco o terno em seguida o relógio as meias e o sapato. Pego uma gravata preta, passo meu perfume e desço tentando colocar a gravata sem dar um nó torto. Gravatas nunca foi meu forte sempre que vou trabalhar eu nem uso, mas por ser um evento importante eu coloco ou pelo menos tento, lembro que no ano passado foi zoe que  me ajudou a colocar e a fazer o nó, mas dessa vez ela tá dormindo.
Zoe: quer ajudar? - perguntou atrás de mim.
Dylan: não precisa, eu já estou conseguindo - falei puxando a parte de baixo que acabou desenrolando a parte de cima fazendo com que solta - se.
Zoe: não é assim que se faz - falou ficando na minha frente na ponta do pé - tem como você abaixa um pouco?
Dylan: ah, claro - me abaixei um pouco o que fez o nosso rosto ficar próximo até demais, o que tava me deixando desconfortável - ela começou a passar o seu braço em volta do meu pescoço ajustando a parte de trás e depois ajeitando na frente. Até finalmente dar o nó.
Zoe: pronto, acabei - disse dando um sorriso orgulhoso depois de ver o nó bem dado.
Dylan: Obrigado, aonde você aprendeu a fazer um nó bem feito assim?
Zoe: Eu sempre fazia no meu pai, e pelo visto ainda me lembro bem como fazer.
Dylan: Entendi. Bem Obrigado novamente, porém eu preciso ir. Porque senão v-
Zoe: vai se atrasar, eu sei.
Dylan: É.. Obrigado mais uma vez.
Zoe: nada! Boa sorte - falou subindo as escadas novamente.

Zoe

Estava na sala vendo TV, mas nenhum programa me interessava, fiquei com sono de tanto ficar mudando os canais. Acabei dando uma dormida bem breve, abrir meus olhos vendo que estava no meu quarto.
Zoe: que estranho, me lembro de estar na sala e não no quarto. Ou eu imaginei estar na sala quando na verdade estava no quarto? Aff para de se paranóica - levantei da cama e desci as escadas. Dylan estava de costa tentando arrumar a sua gravata preta. Eu sempre me pergunto como uma pessoa que vive usando roupa social não sabe por uma gravata? Até eu que não uso sei por uma.
Zoe: quer ajuda? - perguntei atrás dele. Coloquei a gravata nele, conversamos um pouco o que raramente acontecia entre nós, e depois subir de novo. Como já ia dar 22 horas liguei a TV do quarto e coloquei no canal aonde acontecia a premiação. Vejo a apresentadora começar a falar e a ouço com admiração, eu sempre quis ir nessa premiação, subir nesse palco enquanto ando no tapete vermelho. Desde pequena eu tia esse desejo. No entanto eu teria que ser muito mais rica ou ao menos dona de alguma empresa. Depois de horas de bla bla, chegou a hora da premiação.
Apresentadora: o prêmio de melhor empresa do ano vai para Tec.Vegas! Vejo Dylan se levantar e acenar pra todos do seu lugar. Depois começa a caminhar até no palco aonde pegar um troféu de vidro que aposto que deve pesar um pouco.  Dylan começa o seu discurso e no final agradecer a todos, vejo a premiação por mais alguns minutos e depois vou pra sala. Não estava conseguindo dormi então entrei na adega e peguei uma garrafa de vinho. Era bem forte, mas com um gosto doce no final, bebi a primeira taça, depois a segunda, terceira e quando fui ver já estava do lado de fora da casa.
Sentada no balanço do jardim com a garrafa de vinho nas mãos. Fico olhando pro chafariz e a única coisa que vem em meus pensamentos, é como que de repente me tornei uma pessoa tão infeliz. Talvez tenha sido quando os meus pais morreram, ou quando aconteceu o incêndio e pedir meu único amigo o único que me ajudou a superar a morte de meus pais. Sinto meu celular vibrar no bolso do meu short de pijama e o pego, suspiro quando vejo que se tratar da minha tia.
Zoe: o que foi?
Tia: veja a forma que você fala, você realmente pretende conquista um homem com esse seu jeito de comportamento?
Zoe: quer saber já deu - disse desligando na cara da mesma, ela conseguia acaba com toda a minha paz. Recebo outro telefonema só que dessa vez de um número desconhecido.
Zoe:alô?
Moça: é a senhorita Zoe Félix?
Zoe: sim, quem fala?
Moça: Me desculpa te ligar a essa hora, eu sou a investigadora kelly, é sobre o caso da morte de seus pais.
Zoe: Desculpa mas acho que há um engano. O caso foi encerrado a 10 anos atrás, quando descobriram que o motorista do caminhão estava embriagado.
Kelly: Se me permite da um palpite, eu diria que não teve acidente nenhum.
Zoe: o que? Você tá me dizendo que mandaram matar os meus pais? - disse sentindo os meus olhos lacrimejar e a garrafa cair de minhas mãos.
Kelly: peço que mantenha a calma, eu tenho investigado esse caso as escondidas. Eu só te liguei por que descobri que o acidente foi armação e que o investigador principal foi comprado.
Zoe: quem foi que fez isso? - perguntei com as mãos trêmulas e a voz falhando.
Kelly: ainda não tenho essa informação.  E preciso de mais tempo pra juntar as provas, então peço que não comente com ninguém sobre isso e que confie em mim. Você pode fazer isso?
Zoe:posso, no entanto tenho que se a primeira pessoa a sabe depois de você.
Kelly: eu prometo que será - disse e a chamada foi encerrada.

Minha querida ex esposa! Onde histórias criam vida. Descubra agora