play pretend | scorbus

capítulo oito

Naquele sábado, a monitora-chefe da sonserina, Queenie Sallow, ficara encarregada de anotar os nomes dos alunos que voltavam para o castelo na prancheta que a foi entregue pela diretora McGonagall sob ordens estritas de apenas deixar o seu posto quando todos os nomes estivessem riscados da lista.

"Vocês conhecem as regras, deveriam estar de volta ao castelo antes da hora do jantar. O jantar acabou e já está escuro." A garota batia com a ponta da pena na prancheta, aborrecida com o grupo por tê-la feito perder o jantar em pé no pátio de entrada enquanto esperava por eles.

"Vamos, Queenie... Não estávamos fazendo nada de errado!" Suplicou Angie.

"Na verdade, fizeram sim. Vocês têm sorte que só posso tirar pontos da sonserina, mas confie em mim, Satchwell vai ouvir sobre isso."

Os adolescentes estavam todos estrategicamente posicionados para que a monitora não pudesse ver Scorpius bem. Ele estava verde, havia vomitado mais uma vez em um arbusto no caminho até Hogwarts, e ainda estava apoiado pelo braço esquerdo em Albus.

Talvez eles tivessem sorte de estarem em muitos, ou de que não era Paul Satchwell quem estava a anotar os nomes no lugar de Sallow. Ele era um bisbilhoteiro, muito observador, o monitor-chefe da Grifinória. Teria advinhado que estavam bêbados - em maioria - a quilômetros de distância.

"Quantos grifinórios? Archer, Edgecombe, Finnigan, Longbottom, McLaggen... e Weasley?!" A sonserina conferia os nomes que sobravam na lista, e olhou muito supresa para Rose, ao ver seu nome lá.

A ruiva revirou os olhos, não muito feliz por estar junto a um grupo de infratores de regras acadêmicas.

"Granger-Weasley." Corrigiu.

"Entrem logo." Ela gesticulou para que os garotos passassem pela porta do salão de entrada. "Dez pontos de vocês dois." Apontou para os dois sonserinos e deu as costas, indo na direção do escritório da diretora. Não pareceu nem olhar duas vezes para Scorpius pendurado no pescoço de Albus.

Luke fez questão de ajudá-lo a carregar
o loiro até a entrada da sala comunal da Sonserina, mesmo que não pudesse passar da porta, ainda que Albus houvesse insistido o quanto pôde que conseguiria se virar sozinho.

Ele não admitiria nem para si mesmo, mas foi um grande alívio quando Archer passou o outro braço de Scorpius ao redor de seu pescoço e o peso do garoto foi dividido igualmente entre os ombros dos dois. Poderia não parecer, mas ele pesava muito quando não estava equilibrando-se por si só.

Os três caminharam a passos atrapalhados até as masmorras, e Albus agradeceu mentalmente por não ser um grifinório naquela hora; O dormitório da sonserina poderia não ser um dos melhores da escola, ele mesmo pensava que quem tomou a decisão de construir uma sala subaquática certamente não pensou que os alunos teriam que lidar com infiltrações e gotejamentos quase diários, mas não ter que carregar Scorpius até uma das torres mais altas do castelo parecia nada menos que um livramento divino.

"Se ele não se sentir melhor quando acordar, eu tenho um pouco de poção estimulante no dormitório. Você pode dizer isso a ele por mim?" Luke pediu, desvencilhando-se do garoto semi-consciente quando pararam em frente à parede da entrada.

"Certo." Albus agarrou a cintura de Scorpius mais forte agora que estava segurando-o sozinho. "Agravain." Murmurou a senha.

"E, Albus, se por acaso ele-"

"Obrigado, eu tomo conta dele a partir de agora. Boa noite, Archer."

Eles passaram pela porta, e por sorte, ninguém na sala comunal pareceu notar ou comentar algo sobre o estado do loiro. Albus procurou entre os sonserinos que ali estavam por alguém que pudesse ajudá-lo. Talvez aquele colega de quarto de Scorpius, eles pareciam ser próximos o suficiente. - Pensou - Qual era o seu nome mesmo? Fletcher? Fletchley?