Capítulo 2

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Estava no meu quarto olhando para o teto esperando o sono vim. Emerie e Gwyn resolveram ir pra casa depois do ocorrido de hoje. 

Foi uma ideia horrível. Mas não me arrependo dela. 

Meu coração não parou de bater forte até agora, não por medo, mas por excitação. Toda vez que eu lembrava dele sentia minha pele queimar. 

Era como se meu sangue chamasse pelo mesmo. E eu não sabia que porra era aquela. 

Respiro fundo, tentando controlar a onda dos meus pensamentos. Eu nunca mais iria vê-lo e provavelmente ele esqueceria meu rosto. Esse pensamento me agrada? Não. 

Mas tem que ser assim. Precisa ser assim. 

Eu não posso nunca mais voltar a vê-lo. Ele era perigoso e eu não queria correr esse tipo de perigo. Ou melhor, até quero. Mas não posso.

Grunhi empurrando a coberta para fora do meu corpo. Porra, não vou conseguir dormir nem tão cedo hoje. Saio da posição deitada em que estava e me sento. 

- Noite difícil? - Grito quando uma voz masculina paira sobre o ambiente. - Olá,  Nes. 

- Cassian?! - Coloco minha mão no peito tentando conter os meus batimentos frenéticos. - O que diabos….?

O general estava encostado perto da minha janela. A janela que eu tinha deixado aberta. Porra!

- Quarto bonito. - Cruza os musculosos braços, enquanto observava o lugar.

- O que você está fazendo aqui? - Me levanto exasperada. 

- Eu queria ver você. - Se desencosta da parede, vindo em minha direção em passos lentos. - Não consegui te tirar da porra da minha cabeça. 

Dei passos para trás conforme ele avançava, infelizmente ou felizmente, fiquei sem saída quando bati na minha penteadeira fazendo algumas coisas caírem. Cassian apoiou as duas mãos na penteadeira me prendendo em seu corpo.

- Não me venha com esse papinho pra cima de mim! -  Rosno. - Eu já conheço essa conversa de "Eu não consigo te esquecer". Comigo não rola!

Thomas vivia me dizendo isso. Eu apelei para a feitiçaria para fazer o mesmo me esquecer.  

- Eu sei que está sentindo o mesmo que eu, Nestha. - Seu rosto desce em direção ao meu pescoço. - Não minta pra mim. 

Suspirei quando senti seus lábios beijarem levemente a área do meu pescoço. 

- Se quer sexo procure em outro lugar. - Grunhi, tentando recuperar a sanidade. Mas a única coisa que fiz foi tombar minha cabeça de lado, dando mais espaço para ele explorar. 

Papai sempre disse que eu era contraditória. Bem, ele é meu pai e sabe mais…

O desgraçado sorriu quando percebeu meu ato. Sua mão, que antes estava apoiada do lado do meu corpo, subiu pra minha cintura. Seu toque era firme e possessivo. 

Gemi quando o senti morder o vão entre meu pescoço e ombro. 

- Nestha! - Seus movimentos param no mesmo instante que meu corpo trava. - Nestha, chegamos.  - Minha irmã grita no andar de baixo. 

Empurro o corpo do general para trás. Que merda eu estava fazendo? Eu não sou tão fácil assim. 

- Quem são? - Sussurrou franzindo as sobrancelhas para a minha porta. 

- Meus amantes. - Rebato com ironia, recebendo um olhar irritado do mesmo. - Quem você acha? Minha família! - Começo a entrar em desespero quando escuto passos se aproximando da minha porta. - Você tem que ir. - Sussurro, empurrando o corpo musculoso em direção a janela.

Entre luzes e sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora