Capítulo 16- Um arrependimento amargo

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Eu e Christopher saimos da sala segurando a mão um do outro

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Eu e Christopher saimos da sala segurando a mão um do outro.

Os corredores estavam vazios. Devia ser por volta de meia-noite.

Mesmo que eu estivesse selado a Christopher, e que eu estivesse usando uma colera que impedia de usar meus poderes, eu ainda sentia que meu lado íncubus, estava me dominando.

Não consegui me alimentar como planejava, mas o que aconteceu comigo e Christopher foi incrivelmente bom.

Não poderia imaginar que o presidente do grêmio estudantil e filho do pastor mais renomado do estado do Norte, fosse um híbrido íncubus, assim como eu.

Isso explicaria várias coisas que eu não pude reparar. Como no primeiro dia que vim para a escola Olímpia, Christopher exalava desejo sexual como nenhuma outra pessoa que eu já teria visto.

Ou quando ele desafiou Liam para uma partida de basquete, onde ele foi acertado bem no rosto por uma bolada e seus óculos quebraram em seu rosto, mas não havia sangue.

Mas dentre todas essas coisas, as perguntas eram mais constantes. Por que Christopher não aparentava ter traços de íncubus assim como? Só depois que transamos foi que pude notar suas asas, chifres e até às grandes asas.

Por que Helder, seu pai, mantinha isso tão escondido?

A cena que Amanda presenciou entre Christopher e Lili, eles estavam tranzando, e se eles sempre fizeram isso, como Christopher não a matou?

Eram muitas perguntas que precisavam de respostas.

— Vamos meu pequeno demônio. — Christopher falou, me acordando de meus mais profundos pensamentos. — Vou te levar para casa. O carro está no estacionamento. —

Não sei o porquê, mas quando ouvi ele me chamar de "meu", eu sabia que não seria apenas carinho e sim, uma verdade.

— Não precisa. — Falei meio envergonhado. — Eu posso ir sozinho. Muito obrigado. — Falei tentando recusar seu cavalheirismo.

— Eu insisto. — Falou sorrindo.

Caminhamos ainda de mãos dadas até o estacionamento.

O caminho foi bem tranquilo, até demais para falar a verdade. As ruas e casas estavam muito bem enfeitadas.

Mesmo tarde da noite, alguns grupos de crianças ainda pediam doces em frente as casas. Algumas com grupos de amigos, outras acompanhadas dos pais.

Virei levemente minha cabeça e a encostei no banco do carro onde eu estava sentado. Finalmente pude perceber que Christopher não estava mais com a mesma aparência que a minha.

Mesmo assim, não perguntei nada. Ele levou sua mão de encontro a minha coxa e a apertou levemente. Olhou docemente para mim e sorriu.

Finalmente havíamos chegando em minha casa, guiei Christopher por todo o trajeto. Ele quis descer comigo, e me acompanhar até a porta.

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