Capítulo 32- Recuperado o tempo perdido

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Ouvir cada palavra que saia da boca da mulher que agora eu poderia chamar de mãe, doeu

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Ouvir cada palavra que saia da boca da mulher que agora eu poderia chamar de mãe, doeu.

Doeu saber a história de como os íncubus e súcubos, foram proibidos de terem filhos ou até mesmo se apaixonar pelos humanos, doeu saber a dor que meus pais passaram por eu simplesmente ter nascido e acabado com tudo que eles tinham.

E doeu mais ainda saber que eu realmente não fui desejado. Umas lágrimas desnecessárias caíram do meu rosto. Eu odiava chorar, mas com tudo que aconteceu nos últimos três meses, eu talvez tivesse ficado mais sensível.

Minha mãe vendo meu estado, veio me abraçar. Abracei ela de volta enquanto eu chorava e absorvia tudo. Seu abraço era quente, convidativo. Eu finalmente estava sentindo o abraço que eu tanto queria, pela minha vida toda.

— Quer dizer, que eu realmente nunca fui desejado? — Perguntei em meio as lágrimas.

— Oh meu amor. — Ela afetou nosso abraço e segurou meu rosto com as duas mãos. — Eu sempre quis um filho, mas as leis do nosso mundo não permitiam. —

Voltei a abraçar ela. Se eu podesse eu nunca mais queria soltar. Passei a porra da minha vida toda, sofrendo nas mãos de um pai que não me amava, que não me dava um mínino de carinho.

Talvez fosse tarde para recuperar o meu tempo perdido com ela. Sobre ela me levar no parquinho, me levar na escola todos os dias, colocar remédio no meu machucado, me aconselhar quando tive o meu primeiro coração partido.

Eu podia ter tudo isso, mas era tarde, só me restava aproveitar o agora com ela. Ouvir ela cantar, me dar concelhos sobre mim e o Noah, ouvir minhas reclamações. Eu agora poderia finalmente ter uma mãe.

— Atrapalho alguma coisa? — Ouvi a voz de Noah atrás de mim.

Eu e minha mãe nos soltamos do abraço e olhando para Noah. Ele estava encostado na frente da porta da casa dele. Ele parecia meio acanhado.

— Noah! Vem cá. — Falei indo em direção a ele, e puxando ele logo em seguida. — Quero te apresentar sua sogra. —

Noah parou estático. Parecia estar envergonhado, mas logo estendeu a mão para cumprimentar minha mãe.

— Noah não é? — Perguntou minha mãe enquanto apertava a mão dele.

— Sim senhora. — Noah confirmou com a cabeça. — Vossa majestade. —

Eu e minha mãe nos entreolhamos. Eu tentei segurar o riso, mas não aguentei.

— Não precisa dessa formalidade Noah. Sou apenas sua sogra. — Sorriu ao responder Noah.

— Liam me falou quem é a senhora, por isso não sabia como me portar na sua presença. — Falou meio envergonhado.

— Vem amor. Quero te contar tudo que minha mãe me contou. — Falei puxando Noah. — A senhora vem também não vem? — Falei olhando para ela.

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