Minha Antiga Paixão

Não é justo

Boa noite amores meuss, dois capítulos em plena segunda?? Isso mesmo, fazendo isso para agradecer vocês pelos 2k de leituras, vocês não sabem o quanto eu fico feliz com isso e com todo apoio de vocês.🥹🫶🏻

Espero que gostem do capítulo e ignorem meus erros ortográficos, bora lá!!

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Finalmente havia chego o tão esperado esperado dia, hoje nos iríamos enfrentar o Palmeiras pelo Campeonato Paulista.

Em dias assim, eu já acordava um tanto quanto mais animado, além de ser um grande clássico, era meu ex time, e eu amava marcar contra eles, principalmente pela história de como eu saí de lá, e também porque a torcida sempre apostava nisso.

Hoje eu tinha a última consulta da gestação com minha esposa, o que, para minha sorte, faria minha tarde passar mais rápido.

E como previsto, foi exatamente assim, quando cheguei em casa já era quase hora de ir para Arena, apenas separei minhas coisas, peguei a chave do carro e sai.

Chegando lá, no vestiário já se encontrava grande parte do time, inclusive Yuri, mas não quis puxar assunto para não atrapalhar, pois ele estava conversando num canto com Carlos Miguel.

Todos já estavam se preparando para subir para campo, e eu não fiz diferente, vesti meu uniforme e já sai em direção ao túnel de entrada.

Eu estava bem concentrado e focado, até que senti uma mão tocar meu ombro, em um pequeno susto, olhei para trás para ver quem era.
- O que foi? Te assustei? - Raphael Veiga me olhou com um sorriso no rosto, passando seu braço por meu pescoço.
- Susto quem vai levar vai ser você quando eu fizer mais um gol nesse seu timinho ai.
- Aaa, coitado, duvido muito que consiga.
- Veremos então, Raphael. - respondi com a voz firme e logo cada um voltou para sua respectiva fila para entrarmos em campo.

Confesso que aquela conversa mexeu um pouco comigo, eu e ele nos conhecemos desde a época que eu ainda jogava no Palmeiras, eu não queria assumir isso, mas sabia que o que mexia comigo era o fato dele já ter sido algo a mais pra mim no passado.

Mas a partir do momento que eu entrei em campo, meu foco era o meu gol e ajudar a equipe, ainda mais com esse papo de "duvido", odeio que duvidem de mim e da minha capacidade em qualquer quesito.

Logo a bola rolou, a chuva era intensa, o que deixava o jogo ainda mais pegado, mas isso não foi problema pro nosso time, logo com uma bola que sobrou de Renato Augusto, eu balancei as redes.

Não sabia distinguir meu sentimento na comemoração daquele gol, só sei que era uma adrenalina surreal, e antes de bater o meio campo, fiz questão passar ao lado de Raphael.
- Lembre-se de nunca mais duvidar de mim. - falei perto de seu ouvido e sorri de canto, voltando para minha posição.

O jogo voltou e acabou que no finalzinho do primeiro tempo eles conseguiram o empate com um gol de Rony, e a assistência tinha que ser dele, Raphael Veiga.

O time todo estava estressado por conta daquele gol, queríamos a vantagem para segunda etapa, e pra ajudar ainda tinha toda aquela chuva contínua, o que estressava ainda mais.

Enquanto eu caminhava para o vestiário, escutei uma voz por trás de mim, eu já sabia o que me aguardava.
- Bla, bla bla, nem começa, gol vale muito mais que assistência. - falei já privando as brincadeirinhas do camisa 23.
- Que isso, estressadino? Nem falei nada demais. - ele me respondeu em tom de riso.
- Nem precisa, eu te conheço, Raphael, bem até demais.

Após a chamada do treinador, cada um foi para sua parte do vestiário para serem passadas as estratégias para o segundo tempo.

Estranhei o fato de nem no intervalo Yuri ter me procurado, o tempo todo ele estava acompanhado do goleiro reserva do time, isso me incomodava um pouco, mas não sei se chegava a ser ciúmes.

Quando os 15 minutos de intervalo chegaram ao fim, eu voltei para o campo, Veiga já estava por lá e assim que me viu fez um sinal para que eu me aproximasse.
- Agora é que vença o melhor. - ele disse estendendo sua mão na minha direção para um toque.
- Nós dois sabemos quem é o melhor aqui. - sorri de canto retribuindo o toqu, passando a mão por seu cabelo, bagunçando um pouco, o que fez o mesmo me olhar sorrindo e negando com a cabeça.

A bola rolou para o segundo tempo, ambos os times com muita sede de jogo, e isso fez com que o Palmeiras não demorasse muito para sair na frente, e novamente com uma assistência de Veiga, eu não aceitava perder esse jogo, ainda mais em uma situação assim.

A cada segundo o clima estava ficando mais tenso, mas Graças a Deus conseguimos o empate com um gol de Gil, o que deu um certo alívio para nós e fez a torcida ir a loucura.

Acabou que o placar foi esse mesmo, não foi o resultado que queríamos mas é aquela coisa né? Pelo menos não perdemos e jogamos bem.

Estranhei o fato de ninguém vir me zoar no caminho do vestiário, Raphael desceu conversando com Rony e Piquerez e nem fez questão de me falar nada, particularmente eu achava isso até bom, meu psicológico agradecia.

Me reuni com o time no vestiário e parabenizei pela grande partida e pela entrega de todos, para um clássico pesado desses, todos jogaram bem demais.

Eu tomei uma ducha rápida para me limpar de toda chuva que havia tomado, me vesti e me despedi de meus colegas para descer ao estacionamento.

Quando estava quase chegando no meu carro, avistei de longe alguém encostado no capô, de primeira estranhei, mas assim que me aproximei um pouco mais, pude ver quem era.
- Incrível como você nunca perde seus costumes, sempre o lado esquerdo do estacionamento, nem foi difícil achar seu carro. - Raphael dizia enquanto mudava seu olhar pra mim.
- Já entendi que você é um obcecado por mim, mas me conta agora, o que te traz aqui?
- Só estava com saudade de você, Roger. - ele me puxou pela camisa e me encarou. - minhas bochechas coraram na hora e eu não conseguia dizer uma palavra sequer, nem eu sei porque eu estava reagindo daquele jeito. - Vai me dizer que não sente mais nada? - ele perguntava praticamente com seus lábios colados aos meus.

Eu não conseguia nem raciocinar direito, ao mesmo tempo que minha mente dizia que não, minha boca pedia por aquilo, afinal, se Yuri ficava com outras pessoas, como Carlos Miguel, acho que eu não estaria tão errado assim.

Acabou que eu cedi, envolvendo seu quadril com as mãos e ele foi acabando com o pouco de distância que ainda havia entre nossos rostos, selando nossos lábios em um beijo calmo,

𝐘𝐮𝐫𝐢'𝐬 𝐩𝐨𝐯:

Quando eu fui até o estacionamento, vi a cena que eu menos queria na vida, Roger estava beijando outro homem, e pra piorar a situação, era um rival que a gente tinha acabado de jogar contra.

Eu me encontrei paralisado por um tempo, não sabia se voltava para trás e fingia que não tinha visto nada, ou se sentava no chão e começava a chorar, mas acabou que eu fiz o melhor para aquele momento.

Segui meu caminho até meu carro, e assim que destranquei, os dois se assustaram e separam o beijo, eu não dei muita bola, mesmo que havia percebido alguns gestos de Roger para mim, apenas entrei no meu carro e saí dali o mais rápido que pude.

Eu estava me controlando ao máximo para não chorar no meio do caminho e acabar fazendo alguma cagada com aquele carro, eu acelerava, mas de forma moderada, só queira chegar em casa logo.

Guardei o carro na garagem e subi correndo para o banheiro, acabei jogando fora tudo que havia comido antes do jogo, que sensação horrível, eu nunca tinha passado mal por motivos assim.

Naquele momento, eu me via sentado no chão, chorando e batendo a cabeça na parede, com minha mente entupida dos piores pensamentos.

"Eu não acredito que ele fez isso comigo, não é justo"
"Não estava tudo dando certo entre a gente?"
"Porra, Yuri, de novo nisso? Idiota, isso que você é!"

Eu apertava meu punho com força, falando pra mim mesmo entre soluços de choro, e tudo ainda conseguia piorar quando eu ouvia meu celular vibrando lá do quarto, eu já sabia o que era, com certeza ele ia querer se explicar pra mim.

•| Continua... |•

Vixi gente, que que foi isso? Espero de coração que não queiram me matar e nem odeiem o Roger KKKKK

Aguardem pelos próximos capítulos para saber qual vai ser a resolução dessa treta aqui, em.

Amo vocês, não esqueçam disso🫶🏻💗