Dejavu

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Oi amores meuss, já vou chegar me desculpando por não ter postado ontem, essa semana foi bem cansativa no colégio e tirei o dia para descansar e aproveitar o aniversário do meu pai, espero que me perdoem KKKKK🫶🏻

Mas não vamos ficar se enrolação por aqui, dêem uma ignorada nos erros ortográficos e bora pro capítulo de hoje!!🥳

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Assim que acordei, vi que minha esposa já havia levantado, e eu estava na exata mesma posição do dia anterior, imagino que seja porque minha mente e meu corpo estavam exaustos e só apaguei.

Como hoje tínhamos jogo, o dia já começou com uma energia diferente, não sei explicar se é alegria ou ansiedade, apenas sei dizer que é uma sensação muito boa.

Me sentei a beira da cama e fui dar uma olhadinha rápida em meu celular, e pra minha surpresa, havia uma mensagem de Fábio no grupo do elenco.

💌: Resenha aqui em casa hoje depois do jogo, quem anima?

Alguns do grupo já haviam se manifestado apoiando a proposta, Yuri era um deles, o que me incentivou a aceitar também, afinal, aquela seria uma boa oportunidade para eu tentar me resolver com ele.

Acabou que as horas daquela tarde passaram voando, parecia que eu mal havia levantado e já estava na hora de sair de casa, talvez isso de deve ao fato de que em todo o tempo livre que eu tive, estava pensando em como chegar em Yuri no jogo ou na tal resenha sem levar um corte.

Quando cheguei na Arena, como de costume, subi direto para o vestiário, vendo de cara Renato e Du conversando em um canto, confesso que eu estranhei um pouco de primeira, pois aquela não era uma cena muito comum de se ver, mas eles pareciam tão entretidos no assunto que eu preferi nem incomodar.

Me sentei no meu canto e comecei a colocar minhas chuteiras até que vi alguém passando na minha frente e bagunçando um pouco meu cabelo.
- Eai, Guedinho, ansioso pra hoje? - ele perguntou sorrindo e se sentou ao meu lado.
- Tô sim, fé que sai mais um golzin meu hoje, foco na artilharia.
- Prometi um pro Mauri, vou ver se consigo cumprir também. - aquela resposta não foi bem a que eu queria, mas eu não podia mostrar desconforto nenhum por causa daquilo.
- Alguma hora vai ter que sair o seu, né? Confio no potencial do meu 9.
- Valeu pelo apoio, irmão, faz toda a diferença.

Eu me sentia péssimo por esse jeito que ele falava comigo, ainda mais sabendo que eu tenho uma parcela de culpa, sinto muita falta de quando ele vivia me chamando de "meu loirinho" e não só desde jeito convencional da gente chamar todo mundo de "irmão", eu tranquilamente voltaria pra aproveitar mais o ano passado, o que eu vivi parece que não foi o suficiente.

Nenhum dos dois puxou mais assunto depois disso, então apenas comecei a me trocar pro jogo, sempre observando de canto Renato e Du, que até aquele momento seguiam conversando.

Pouco tempo depois, todos já estavam em fila no campo, o jogo estava prestes a começar, e sinceramente, não sei distinguir qual é meu sentimento naquela hora, se era ansiedade , felicidade, mágoa, raiva ou culpa, eu realmente não sei.

Logo que o juiz apitou início de jogo, eu nem precisei nem de 10 minutos para balançar as redes, com uma bola que sobrou dos pés de Yuri ainda, eu percebi que aquele lance ele havia ajeitado para que ele mesmo chutasse, mas eu não ia perder a chance, talvez fosse errado meu jeito de pensar, mas não era hoje que ele deixaria ele fazer o tal gol prometido.

De incio, achei que ele ficaria bravo comigo ou algo do tipo, mas sua reação me surpreendeu muito, ele me abraçou apertado e beijou minha bochecha, me parabenizando.
- Parabéns irmão, você é foda! - ele disse perto de meu ouvido sempre com aquele sorriso no rosto, não sei se ele estava falando sério ou apenas sendo um bom profissional.

Não demorou muito para que aquela comemoração toda nossa e da torcida tivesse seu fim e voltássemos para o jogo, mais animados dessa vez.

Ambas as equipes tinham a posse de bola em determinados momentos, haviam chances para os dois lados, até que Yuri foi tentar dominar uma bola e acabou caindo de mal jeito, eu apenas me virei para trás e me deparei com ele se contorcendo de dor no chão, aquela cena dele chorando apertou meu coração de um jeito horrível, ainda mais sabendo que eu tenho certa culpa em sua falta de concentração durante a partida.

No momento que eu me aproximei, Renato já havia chamado a equipe médica, então me abaixei ao seu lado o olhando preocupado.
- Calma, tá bom? Já vai passar.
- Porra!! Que dor do caralho. - ele falava entre soluços, passando a mão na testa.
- Confia em mim, ja ja você vai voltar para brilhar em campo com a gente de novo. - um sorriso fraco e esforçado se formou nos seus lábios em resposta do que eu havia dito.

Quando a equipe médica chegou, tivemos que nos afastar e ele foi tirado temporariamente de campo para a partida poder seguir.

Para meu alívio, logo ele estava de volta, jogando normalmente, dali em diante eu prometi para mim mesmo que pararia com essas gracinhas bobas e tentaria resolver de verdade as coisas entre a gente.

Quando tudo enfim voltou ao normal na partida, novamente ambas as equipes tinham a bola em alguns lances de perigo ou em uns que nem tanto, até que a bola sobrou nos pés de Renato Augusto, e não deu outra, veio aí um golaço de fora da área, fazendo com que todo o time se abraçasse e a torcida fosse a loucura.

Como o gol foi nos acréscimos, não demorou para que o juiz apitasse os 15 minutos de intervalo, minutos esses que passaram voado, sem me deixar com uma brecha sequer para falar com Yuri.

O segundo tempo começou um pouco parado da nossa parte, mas seguimos criando uma chance aqui e ali, até que logo após Cássio defender um pênalti, no contra ataque eu fiz meu segundo gol em um passe de Giuliano, e quando eu fui comemorar o gol, meus amigos estavam me esperando do outro lado de campo com um sorriso de orgulho no rosto, e parece que depois de um bom tempo, eu havia visto os olhos de Yuri brilharem com aquela paixão pra mim novamente.

Não demorou muito para a partida acabar e eu fui o premiado como craque do jogo, dei minha entrevista , e na hora que fui descer para o vestiário novamente, por coincidência, encontrei com Yuri ainda pela escada.
- Vai na resenha do Fábio? - disse começando a caminhar ao seu lado.
- Vou sim, 'cê também vai?
- Com certeza, quer ir comigo não? Igual nas antigas.
- Vou pensar no seu caso, Guedinho. - ele sorriu e saiu na minha frente para tomar sua ducha.

Em seguida, eu e todo restante do time fez o mesmo e foram saindo em direção ao estacionamento, onde fui surpreendido com o braço de Yuri sendo passado sobre meu ombro.

- Só vou topar seu convite porque hoje você 'ta merecendo.
- Ótimo assim. - um sorriso sincero surgiu em meu rosto e fomos nos nos dirigindo até meu carro, chegando lá, abrindo a porta para Yuri.
- Assim eu fico mal acostumado, Guedinho. - ele disse fazendo uma graça assim que entrou no carro.
- Nem vem que não é de hoje, eu sempre fui assim com você. - soltei um riso baixo e logo entrei no carro também.

No caminho, ele fez questão de colocar a playlist das músicas que costumávamos ouvir juntos na época que começamos a ficar, o que me faz ter um dejavu enorme.

Era engraçado como a gente apenas se olhava sem dizer nada, acho que aquelas expressões que fazíamos de acordo com as letras das músicas falavam mais do que mil palavras.

Quando estacionei frente a casa de Fábio, vi Renato descendo de seu carro acompanhado por Du, olhei para Yuri e percebi que ele também havia reparado a mesma cena que eu.
- Reparou que eles estão andando juntos meio que direto?
- Começou no treino de sexta isso. - ele respondeu observando atentamente os dois.
- Vou tentar descobrir alguma coisa com o Du e você tenta com o Renato, fechou?
- Fechou. - ele deu um toque de mão comigo e descemos do carro, indo em direção a casa.

•| Continua... |•

Vixi, Renato e Du??🤨

Acho que essa resenha promete, em..

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje e sigam aguardando por mais, amo vocês!!!♥️

Minha Antiga PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora