Que coincidência

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Oi lindoss, vim aqui com o capítulo de hoje pra vocês, bem feliz ainda pela estreia do Yuri pela seleção ontem, vocês viram?🥹

Mas eu não vou enrolar muito por aqui, ignorem qualquer erro e vamos pra história!!

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Mal amanheceu sexta-feira e eu já estava de pé, tinha que voltar para São Paulo hoje por conta do jogo no final de semana, meu vôo iria sair às 9, e Mauri tinha treino às 10:30, então, ele sugeriu me dar uma carona pro aeroporto, e eu sem sombra de dúvidas aceitei.

- Me da um último beijinho antes de você ir? - ele perguntou me olhando, fazendo um biquinho engraçado antes que eu descesse do carro.
- Dou, com certeza. - sorri e segurei em seu rosto com cuidado, deixando três selinhos mais demorados em seus lábios.
- Promete que volta logo?
- Prometo, esse tempo que a gente passou longe já foi demais pra mim.
- Eu te amo, Yurizin. - ele disse olhando nos meus olhos com um sorriso bobo no rosto, deixando um beijo em minha testa.
- Eu te amo, Maumau, muito. - senti meu coração acelerar e meus olhos por algum motivo lacrimejarem um pouco, mas eu com certeza não iria chorar ali, não na frente dele, me despedi de vez, peguei minhas coisas e desci do carro.

Ainda faltavam alguns minutos para meu embarque, então eu comecei a andar pelo aeroporto, meio que sem rumo, eu tinha muitas lembranças nesse lugar da época que eu morava aqui, esses pensamentos de memórias boas me deixavam com a cabeça na lua, até que de repente senti um braço passar sobre meu ombro.
- Ué, Mauri? Achei que você já tinha ido embora.
- É quase um crime você trocar meu nome por o desse daí. - escutei bem perto de meu ouvido aquela voz bem calma e serena, era Roger quem estava do meu lado.
- O que você tá fazendo aqui? - perguntei o olhando, retirando seu braço de mim e me afastando um pouco.
- Ué, voltando pra São Paulo?
- Vai me dizer que me trombou aqui por acaso? A, conta outra, Roger.
- Calma, Yuri, não estressa não que a gente tá em público, você não quer seu nome saindo em site de fofoca, ou quer?
- Não sei, Roger, não sei de mais nada. - falei num tom irritado e acelerei o passo, saindo na sua frente.

Pela minha sorte, ele não veio atrás de mim, e quando olhei pra trás nem no meu campo de visão ele estava mais, soltei um suspiro pesado e segui meu caminho para logo fazer meu check-in, despachar minha bala e embarcar direto, eu só precisava me distrair com alguma coisa, odiava essa maneira como ele mexia comigo.

Quando entrei no avião e fui para minha poltrona, era a da janela, na 7° fileira, quando me sentei, me ajeitei da maneira mais confortável possível e coloquei meus fones de ouvido, colocando pra tocar a minha playlist favorita do momento.

Foram poucos minutos até que no intervalo de uma música para outra, escutei aquele mesmo tom de voz passando pelo corredor.
- 7° fileira também? Que coincidência, Albertinho. - ele falou sorrindo de maneira sarcástica, e eu nem fiz questão de responder, apenas o olhei e voltei o foco para meu celular. - O que tem de tão interessante aí pra você me deixar falando sozinho?
- Tô falando com o Mauricio. - pronto, eu me decidi a igualar o jogo, nem era isso que eu estava fazendo naquele momento, mas era a resposta que melhor cabia para situação. - Mantenho a mesma opinião de que não me deixar falando sozinho é bem melhor do que isso. - meu sangue ferveu com aquela resposta, mas era um ódio misturado com uma dor no peito, eu não iria me alterar ali dentro daquele avião, então não dei mais palco pra aquilo, para aquele joguinho.

Ele também não insistiu mais e se ajeitou para enfim descansar, e assim que o avião decolou e o sono apertou, ele fez questão de deitar sua cabeça em meu ombro, eu não consegui reagir a aquilo, pois veio uma lembrança muito forte de todas as nossas viagens com o elenco, de quando ainda estávamos juntos, mesmo que eu não quisesse, meu coração ainda acelerava com a presença dele.

Poderia que eu nem estivesse o olhando, mas no momento em que cedi e encostei minha cabeça na sua, pude sentir que ele gostou e com certeza sorriu com aquilo, e eu pensava comigo mesmo, será que vale a pena continuar insistindo nessa briga? Vale a pena os dois continuarem se magoando assim? Mas meu foco não era esse, por agora, eu só queria dormir para essa viagem acabar logo, e foi dito e feito, foram nem questão de 10 minutos até eu cair no sono.

Graças a Deus foi tudo como eu queria, aquela 1:40h de viagem passaram comigo apagado, pelo menos eu evitei brigar com Roger outra vez, falando nele, quando acordei, já estava arrumando suas coisas para o desembarque, e para minha surpresa, ele já tinha guardado tudo que era meu.
- Pensei que você estivesse bravo comigo. - disse me espreguiçando, ainda com a voz pesada pelo sono.
- Só estou fazendo como nas antigas, Yuri, e se tem alguém bravo aqui é você.
- Não, senhor, você veio cheio de ironia pro meu lado, nem começa.
- Ei! Não vamos mais falar sobre isso aqui, depois a gente conversa. - ele falou de maneira mais calma e já se levantou para descer do avião.

Eu fiz o mesmo logo depois, jurei que pelo fato dele descer primeiro, só o encontraria novamente no treino, mas me enganei muito, ele estava parado no portão de saída, me esperando.
- Será que a gente pode ir lá pra casa?
- Ué, o que eu deveria ir fazer na sua casa, Roger?
- Facilita um pouco, Yuri! Eu só tô querendo ter uma conversa de verdade com você.
- Conversa pra que? Pra gente voltar nesse buraco outra vez?
- Por favor, só mais essa vez.
- Minha mãe tá me esperando lá em casa, não vai dar, desculpa. - disse enquanto passava do seu lado, saindo na direção do estacionamento.
- Eu tô pedindo por favor. - ele disse segurando meu braço, eu soltei um suspiro pesado e o olhei.
- Só uma conversa e acabou. - ele sorriu com a resposta, nossa, como eu tinha raiva do fato dele conseguir me convencer todas as vezes.

No caminho até onde nossos carros estavam, trocamos poucas palavras, apenas o disse que iria para sua casa sozinho no meu carro, e dessa vez ele nem tentou argumentar, apenas assentiu, e assim eu fiz.

Mesmo que eu conhecesse o caminho, deixei que ele fosse na frente, e assim que chegamos ele já foi me guiando para que eu entrasse e fosse direto para seu quarto, eu até pensei em questionar, mas eu já estava lá mesmo, que diferença faria o cômodo?

- Porque disso, Yuri? - ele perguntou enquanto se sentava a beira da cama, me olhando com a expressão mais decaída.
- Se você me especificar do que está querendo saber fica mais fácil. - eu disse encostado na parede ao lado da porta.
- Por que toda vez que a gente briga você vai atrás dele?

•| Continua... |•

Vixi, vixi, algum palpite de que rumo vai ter essa conversa?

Espero muito que tenham gostado do capítulo de hoje e aguardem por mais, eu amo vocês!!!🫶🏻

Minha Antiga PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora