𝟰𝟲 - 𝗔𝗳𝘁𝗲𝗿

328 18 4
                                    

𝐂𝐞𝐜𝐢𝐥𝐢𝐚 𝐀𝐦𝐚𝐫𝐚𝐥

"Nossos corpos sempre na conexão
Nossos corpos sabem da nossa intenção
'Cê chegou bagunçando a mente toda
Eu não consigo mais pensar em outra
A gente se parece no jeito de agir
E o seu sorriso tímido me faz sorrir
Eu não aguento mais viver pensando
Em quando a gente vai se ver de novo."

Nossa respiração ainda estava um pouco desregulada só que dava pra falar sem ficar ofegante. Eu estava deitada no peito do Gavi enquanto uma mão dele fazia carinho no meu cabelo e a outra estava ao redor da minha cintura.

- Você tá diferente ou foi o tempo que eu não te vi? - perguntou me fazendo rir pelo nariz.

- Eu fiz luzes hoje mais cedo no cabelo, gostou? - Expliquei

- Amei. - respondeu rouco e deu um beijo na minha testa - Você é a mulher mais linda que o mundo já viu. - ok mr. romântico. Vamos com calma.

- Gavi - pausei para repensar no que eu ia dizer - Perdão. Tudo que eu falei naquele dia foi por impulso. Você sabe o quão impulsiva eu consigo ser e quando você disse que tinha ficado com aquela mulher eu fiquei muito triste e falei todas as coisas que eu nunca poderia falar. -

- É claro que eu te perdoo, assim que eu sai do seu quarto eu já tinha perdoado e se fosse eu, com certeza falaria coisas piores. O culpado sou eu e eu reconheço o que eu fiz. Você só reagiu perante a ação que eu fiz. 

- Eu entendo. - concordei.

- Mas você sabe o porque de eu ter vindo pra cá? - perguntou e eu me fiz de sonsa mas o Pedri já tinha me contado. - Então você vai esperar para descobrir.

- Te amo. - disse e olhei nos olhos dele

- Eu te amo. - e me deu um longo selinho antes de se levantar. E me deixar deitada naquela grande e confortável cama.

- Vai aonde? - perguntei me apoiando com os cotovelos na cama.

- Já volto. - ele vestiu uma calça e pegou um cartão que parecia o que entrava nos quartos. Deduzi que ele entraria no de Pedri.

E não é que eu acertei?

Pouco tempo depois um Gavi e um Pedri entraram sorridentes no quarto. Ainda bem que nesse meio tempo eu me vesti. Imagina o Pedri me vê sem roupa?

Opa, esqueci que eu já transei com ele. Mas isso é passado.

Enfim, os dois entraram sorrindo pra mim e eu estava devorando um hamburger que eu tinha comprado mais cedo como ordens do Pedri. Sabe fome depois da maconha? Eu tava com fome depois do sexo.

- Ceci, eu e o Pedri estávamos pensando em te levar pra Barcelona - ah - Eu e ele compramos uma casa pra você e estamos dispostos a pagar qualquer coisa que você precise, se você quiser a gente arruma um emprego que vá te pagar bem lá e sempre quando quiser pode ir nos visitar. A gente chegou nessa conclusão porque a gente te quer o mais perto possivel da gente. O que você acha? Quer voltar pra casa. - Gavi sorriu animado mas eu tenho certeza que o brilho todo que eu tinha foi embora.

Nunca que meu pai deixaria eu voltar com o Gavi pra Barcelona sendo que faz nem três meses que eu voltei. Meu pai viu o tanto que eu sofri por causa do Gavi e nunca que meu pai mega protetor deixaria eu voltar com ele. E aliás minha casa é aqui, em Curitiba, não em Barcelona que fica na puta que pariu.

- Gavi...meu pai. - respondi cabisbaixa.

- A gente tenta convencer ele ué. - Pedri disse dando de ombros e pegando uma batata frita. - Pepi sempre arruma um jeito. - e passou a mão no cabelo.

O Pedri é uma comedia.

- Pedri se o seu caminho no futebol não der certo, você se daria bem na area da comédia. - disse e Gavi caiu na gargalhada. - Sorte a sua que já deu.

- Haha, morri de rir. - ele disse sarcástico e me deu um pescotapa. - Agora você vai ir pra casa e vai ver com o seu pai. -

- Pedri você definitivamente não conhece o meu pai pra achar que eu vou chegar nele assim do nada e falar que dois jogadores milionários vão me bancar em um país que é totalmente diferente do meu. Aliás, eu e o Gavi nem namoramos e ele viu o quanto que você me fez sofrer. O sangue dele vai ferver se vocês chegarem nele e perguntarem isso. - disse a verdade pra dar um choque de realidade

- Sim, sim, isso pode mudar e não. Eu e o Gavi não vamos chegar nele, você acha que a gente é burro? - acho.

- Tá bom, Pedri. - revirei os olhos e voltei a comer o meu delicioso hamburger. - Vocês dois vão se resolver porque até então eu não quero voltar. - com certeza eles me entenderam errado, só de ver a cara deles de chocados com o que eu tinha falado.

- Você não quer voltar? - Gavi perguntou manso, finalmente ele falou.

- Não é isso, é só que...- pensei - Meu pai já ta envelhecendo e não sei até quando eu vou ter ele ainda e por mais que ele tenha me tirado do sonho que eu tava vivendo em Barcelona, aqui é minha vida, aqui é minha casa eu pertenço aqui, em Curitiba. Barcelona foi maravilhoso pra mim e vocês dois foram as melhores coisas que já aconteceram na minha vida. Eu não tenho palavras pra dizer o quão grata eu sou por ter vocês.

- Mas a gente quer que você volte, Ceci. - Gavi respondeu

- Eu sei meu amor. Eu sei que vocês me querem lá e eu quero ficar o tão perto de vocês possível só que minha realidade é completamente diferente da realidade de vocês. Até seis meses atrás eu era uma menina qualquer que mora em Curitiba, trabalhava em uma sorveteria e que faz faculdade de administração. Até que um dia em um bar em Barcelona, um homem me salvou de um possível estuprador ou sequestro e ele se tornou a alma que eu mais amo.

- Eu ainda tô aqui sabia? - Pedri quebrou todo o clima

- Você também, Pedri. Não existe pessoa mais preciosa na vida do que você. Os dois se complementam e juntos formam a dupla mais foda que eu conheco. Mas eu? Eu não me encaixo com vocês.

- Se você não encaixasse como que a gente ia te amar tanto? Como que a gente ia fazer de tudo pra te ter? Explica Cecilia. - Pedri cruzou os braços.

- Amor não tem limite, o amor não decide. O amor é cego. A ultima coisa que eu pensei quando me apaixonei por você era como seria o nosso futuro. - fui verdadeira.

- Mas eu vou fazer de tudo pra nós ficarmos juntos pra sempre. - ele disse e fez carinho no meu pescoço - Eu e você fomos feitos para sempre estarmos juntos.

Olhei para onde o Pedri estava mas ele não tava mais ali. Ele saiu sem falar nada? Isso não é coisa que um Pedri faria. Ignorei mas ele chegou sorrindo animado e desligando o celular.

- Cecilia, o Gavi quer te chamar pra sair. - ele disse me olhando

- Quero? - Gavi perguntou confuso mas recebeu uma cotovelada do amigo.

- Quer sim. Né Gavi? - arregalou os olhos pro menino que estava parecendo barata bebada.

- Ah, quero. Quero sim. Aceita sair comigo? - perguntou

- Aceito. - disse meio receosa porque nunca se sabe o que esses dois inventam. A vida do lado de Gavira e Gonzales realmente é uma experiencia.

- Ele vai te buscar na sua casa as 18:30, se arruma chique. - ui, amei.

Olhei para o relógio que marcava quatro e meia. Já que eu tinha que estar pronta 18:30, decidi ir embora.

- Então eu já vou indo. - dei o ultimo gole no milkshake que tomava e me levantei. - Beijo, Pepi. - abracei e o Gavi abriu a porta para mim.

- Até mais tarde linda. - me segurou pelo queixo e juntou nossos lábios em um selinho pouco demorado.

- Até. - disse e fechei a grande porta do quarto dele e indo em direção aos elevadores.

Notas finais
Oii gente, desculpa a demora pra postar mas é que hoje eu testei positivo pra Influenza B e tenho que descansar. Eu to bem molinha por isso que eu não tô escrevendo. Esse cap eu comecei ontem. Mas como eu não posso nem sair do meu quarto, amanhã eu vou tentar escrever uns três capitulos curtos dependendo do horário que eu acordar. Mas foi isso, beijos e fiquem até o proximo. Não esqueçam de votar!

Três Meses- 𝐏𝐚𝐛𝐥𝐨 𝐆𝐚𝐯𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora