𝟰𝟵 - 𝗙𝗰 𝗕𝗮𝗿𝗰𝗲𝗹𝗼𝗻𝗮 𝗻ã𝗼 𝗲́ 𝘂𝗺 𝘁𝗶𝗺𝗲, 𝗲́ 𝘂𝗺𝗮 𝘀𝗲𝗹𝗲çã𝗼

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𝐂𝐞𝐜𝐢𝐥𝐢𝐚 𝐀𝐦𝐚𝐫𝐚𝐥

Acordei com um sol na cara de queimar. Tentei bater no braço do Gavi pra ele levantar e fechar a cortina mas ele não tava na cama. Será que ele voltou pra Curitiba e me deixou aqui?

- Ai que saco. - murmurei e quando levantei pra fechar as cortinas e a porta da varanda e quando eu vejo o Gavi estava dentro da piscina tomando uma cerveja e pra melhorar escutando pagode.

- Pablo Gavira? O que seria isso? - perguntei rindo e ele virou para me olhar.

- Bom dia flor do meu dia. - ele disse e deu um gole na cerveja - Acordei cedo e resolvi me refrescar, desci e fui numa loja e comprei um short pra mim e um biquini pra você. - fofo.

- Posso tirar uma foto sua? - perguntei indo pegar o meu celular. Ele tava mega engraçado todo abrasileirado e ainda por cima usando oculos escuros.

Vesti o biquini rosa que ele comprou pra mim que ficou bem bonito. Não sabia que ele sabia como comprar biquini já que meu tamanho na parte de baixo é maior do que na parte de cima fora o rosa que ele escolheu que é um tom lindo.

- A agua tá boa? - perguntei quando coloquei meu celular na mesa perto.

- Tá sim. - respondeu - Quer uma? - disse se referindo a cerveja mas eu apenas neguei com a cabeça.

- Que horas a gente vai embora? - perguntei e entrei na piscina que a agua tava uma delicia.

- O Pedri disse que o motorista vai chegar três e meia. Ainda são onze e como a gente não tem mala pra fazer a gente pode sair pra almoçar. - sugeriu e eu gostei da ideia.

- Então eu vou me arrumar. - dei de ombros, ainda bem que eu tenho agora uma desculpa pra ir embora daquela piscina.

- Mas você acabou de entrar. - reclamou mas eu já estava dentro do box pra tomar um longo e relaxante banho.

(...)

Já eram três e vinte e cinco e eu e Gavi estavamos quase prontos pra infelizmente ir embora do Rio. Nós fomos almoçar em um restaurante na praia mesmo de frutos do mar que tava uma delicia. Aproveitamos e fomos para o Cristo Redentor que o Gavi amou conhecer e compramos roupas para voltarmos pra Curitiba.

- Pedri avisou que o motorista chegou. - Gavi disse deitado enquanto eu terminava de me vestir.

- Tô pronta amor. Vamos? - peguei minha bolsa e ele levantou preguiçosamente da cama, nem ele quer voltar.

- A gente precisa voltar pra cá mais vezes sabe? Ficar um dia de vagabundagem na praia com você seria nada mal. - Pablo disse olhando pra praia que era de cara com a nossa varanda.

- Pois é. Mas eu fiquei feliz que o Pedri fez isso por nós, você tem um amigo muito bom Gavi. - o abracei e ele beijou o topo da minha cabeça.

Descemos e o motorista estava lá com o mesmo carro nos esperando. Deixamos as chaves com a recepção e voltamos até o mini aeroporto que deixaria a gente no outro mini aeroporto de Curitiba. A primeira vez andando de jatinho particular a gente nunca esquece.

E uma hora depois como um passe de mágica, estamos em Curitiba. O carro do Gavi estava parado no mesmo lugar e pedi ele para me deixar em casa já que meu pai deveria estar preocupado porque eu nem avisei ele que eu iria pro Rio de Janeiro...quer dizer, nem eu sabia que eu ia parar no Rio mas né, coisas da vida.

- Foi muito boa nossa noite no Rio. - sorri pro Gavi que estava olhando atentamente pra estrada e com a mão na minha coxa.

- Duas vezes em um dia é nosso recorde. Um dia desses a gente pode fazer três vezes em uma noite. O que você acha? - bati no braço dele

- Seu safado, essa sua puberdade de menino de 18 anos ninguem aguenta. - ri pelo nariz e quando cheguei em frente minha casa tinha uma van enorme estacionada na porta. - Que porra é essa? - perguntei pro Gavi como se ele fosse entender alguma coisa.

- E se for uma armadilha? Entra com cuidado. -

- Claro que não. Para com essa suas ideias desses filmes que você assiste. Vou pegar minha chave. - coloquei a mão dentro da bolsa e peguei a chave da minha casa.

Entramos e podíamos ouvir vários homens rindo vindo da minha sala. Eles estavam falando em espanhol?

- Parece a voz do Lewa. - Gavi sussurrou atras de mim.

- Shhhh! -

Chegamos na sala e deparamos com o time todo do Barcelona nos sofás da minha casa conversando com meu pai. O que?

- Gavira! Perdeu a resenha ontem. - Lewandowski levantou e foi falar com o amigo. - Oi Ceci! A gente tava falando de você agora. - nem encontrei palavras para responder ele do tão confusa que eu estava.

- O que tá acontecendo? - olhei pro meu pai

- Ontem esse menino aqui - apontou pro Pedri - Apareceu com os melhores jogadores do mundo falando que queriam que você fosse pra Barcelona de volta. Eles disseram que você é muito importante na vida deles e que eles estão dispostos a fazerem o que for pra você ficar por lá. Não sabia que você conhecia os jogadores do Barca filhota. -

- E o que que deu nessa conversa? - cruzei os braços.

- Ele deixou você voltar pra casa. - Ansu disse sorrindo. - Você vai voltar pra Barcelona com a gente, Ceci.

- Eu vou voltar pra Barcelona? - disse com os olhos marejados olhando para todos naquela sala e segurando forte a mão do Gavi que estava do meu lado.

- Vai Ceci. - Pedri disse com um sorriso de orelha a orelha.

Dei o sorriso mais largo possível e corri e me joguei em cima dos jogadores sentados no meu sofá e fizemos uma especie de abraço em grupo.

- Vocês são os melhores amigos que eu poderia ter. Amo vocês. - chorei.

- Eu disse Cecilia, o Pedri sempre arruma um jeito. - ele piscou e eu o abracei.

- Obrigada por não desistir de mim. - o abracei mais forte enquanto chorava no ombro dele.

- Nunca vou desistir de você. - opa calma aí.

A "resenha" com os jogadores na minha casa continuou até a hora que eles tiveram que ir embora incluindo Gavi e Pedri resultando eu e meu pai sozinhos. Agora que o bicho pega.

- Pai...porque você vai me deixar voltar pra Barcelona assim do nada? -

- Se você não quiser ir pode ficar. - respondeu

- Não, não foi isso. Eu quero ir mas eu tava perguntando porque você me deixou se você acabou de me tirar de lá. -

- Cecilia, eu vi o quão importante você é pra eles lá. O bem que eles falaram de você me deixou emocionado e eu não tenho duvidas do quanto amor e carinho você recebe quando tá lá e isso como pai me deixa feliz e orgulhoso de ver você se tornando cada vez mais independente. Eu reconheço que fui um monstro de ter te tirado de lá da primeira vez e nada mais justo e permitir você voltar lá. Eu só quero ver você feliz filha. -

- Muito obrigada pai. - abracei ele reprimindo o choro. -

- Sua mãe ficaria muito orgulhosa da mulher que você virou. Sabe? Você tem tanto dela. A coragem, a força, a determinação. Sua mãe sempre foi uma mulher decidida e você tem muito isso. Eu tenho muito orgulho de você. - agora eu chorei.

- Eu prometo vir te visitar pai. -

- Sempre quando a empresa permitir eu vou pra lá te ver. Vou sentir sua falta pequena. Mas agora vai arrumar suas malas porque eles vão voltar amanhã pra você voltar. - já?

- Tá bem. - me desfiz dos braços do meu pai e subi pro meu quarto.

Vem aí, mudança 2, parte 3.

Notas finais:

E ela vai voltarrrrrrrrrrrrrrr!!! Jurei que tudo ia dar certo né? Não esquecam de votar, amo vocês!

Três Meses- 𝐏𝐚𝐛𝐥𝐨 𝐆𝐚𝐯𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora