Coleção Jacinto | Razão para Viver: dias dourados (ABO) - OBIDEI 》curta《 HIATUS

'•'•✍︎☕︎Encontro desafortunado☕︎✍︎•'•'

Dessa forma, o horário de seu plantão chegou ao fim e finalmente teria como ver o seu pequeno depois de quase um dia e meio sem vê-lo. Dessa vez, o plantão foi muito estendido, às vezes isso ocorria bastante e chegou a passar quase dois dias sem sair por nada do hospital. Por muita sorte que havia uma babá que tinha contratado para cuidar do seu filho quando isso ocorria. Ela sempre iria buscar o garoto na creche no horário certo, o levava para a sua casa que era no apartamento ao lado e sempre cuidava devidamente dele, sempre muito dedicada e prestativa.

Sakura morava sozinha no apartamento dela, fazia faculdade em uma universidade próxima e firmou um contrato com Deidara para cuidar do seu filho quando haviam esses horários de plantão difíceis porque, primeiro, ela adorava a criança desde o primeiro momento em que a viu, segundo porque precisava de um trabalho pequeno que lhe ajudasse com um pouco de suas despesas mensais, e estava muito bem trabalhando como uma babá. Ela dizia que Fuyuki não dava trabalho algum quando precisava acordar e arrumá-lo para a creche, e quando lhe buscava e o colocava para dormir na própria cama com ela.

O garotinho também adorava a moça que era sua babá, os dois se davam muito bem e de vez em quando em suas folgas, Deidara a chamava para fazer piqueniques e comer junto de ambos quando dava para fazer um jantar ou almoço mais bem elaborado.

Sakura adorava os novos vizinhos e sempre estava lá quando era preciso, apesar de que fazia apenas uns quatro meses que eles tinham vindo morar por ali naquele condomínio.

A relação de vizinhos era muito boa e tinha uma ótima babá quando os seus plantões semanais de uns dois dias ocorriam, então estava tudo indo muito bem. No entanto, no dia de hoje não se fazia necessário Sakura ir buscar Fuyuki na creche, já tinha avisado à ela no decorrer do dia, ele sairia a tempo de pegá-lo depois do plantão e assim iriam para casa como um dia normal.

Estava no caminho para lá, iria a pé mesmo porque não era assim tão longe e ainda teria algum tempo antes da saída das crianças na creche. Ainda passou em alguma loja de conveniência para comprar algo para comer, pois ficar quase dois dias inteiros mal tendo tempo para se alimentar fora dos horários de refeição, que já eram bem rápidos, não era muito o suficiente para si, e ainda mais comida de hospital que já não achava muito boa... Sentia um pouco de fome e fraqueza, mas já era um pouco comum, então sempre comia algum sanduíche ou barra energética para que quando chegasse em casa pudesse preparar algo mais decente ao menos.

Mas se questionava se hoje teria tanta força de vontade ou disposição para ainda chegar em casa e preparar algo para ele e Fuyuki jantarem. O plantão desses dias foi um pouco pesado demais aparentemente, só que precisaria parecer estar bem para que Fuyuki não se preocupasse consigo. Ele de vez em quando percebia seu cansaço de trabalho e ficava bem preocupado.

Até estava lembrando de quando ele não saía de seu pé quando era menorzinho, principalmente quando os seus cios de ômega começaram de novo. Ao menos os supressores serviam e Deidara conseguia lidar com tudo normalmente, mas tinha vezes que simplesmente os sintomas de cio o deixavam um pouco de cama, e era nessas horas que Fuyuki ficava preocupado mesmo sem saber muito o que acontecia.

Fuyuki não gostava de ver o pai de cama e doente desse jeito, por isso sempre ficava pertinho e fazia o que podia para ajudar nesses momentos. O senso de preocupação dele era precioso e já se demonstrava bem maduro para a idade que tinha.

Deixando mais isso de lado agora, Deidara saiu da loja de conveniência comendo um sanduíche e logo estava indo para a creche do filho. Ao menos sentia as forças retornarem em seu próprio corpo aos poucos, e conseguiria ter mais ânimo para buscar o filho, apesar de sentir ainda o corpo meio cansado demais. Não conseguir dormir durante esses tempos de plantão era um pouco cansativo tanto para ele quanto para os demais colegas de hospital, porém ao menos assim conseguiria um dia de folga melhor daqui algum tempo. Não era tão ruim assim, já passou por plantões piores, principalmente na época da faculdade quando estava em estágio e treinamento capacitivo.