O Encapuzado Vermelho

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Ao se aproximar da cena você desce de Corita a amarando em um galho distante o suficiente para não ser percebida, e percebe contra o que a figura está lutando, são pequenos seres verdes com roupas simples de couro de forma tribal com um tom de pele esverdeado com orelhas pontudas, três goblins sujos de lama estão infernizando o encapuzado pulando de um lado do outro tentando tacar lama em sua face para distrair e acertá-lo com suas facas.

A situação chega a ser cômica, mas algo em sua mente diz que deve ajudar esse desconhecido, o que te faz ir em direção ao combate enquanto saca sua espada da bainha de forma silenciosa para pegar os pequenos seres de surpresa já que estão distraídos de mais com encapuzado, a oportunidade perfeita aparece e sua espada é rápida e certeira cortando as costas de um dos goblins com facilidade, sem tempo de reação você atravessa o peito da criatura facilmente, terminando o que havia começado. Os outros dois Goblins param de rir, e o encapuzado caí com um joelho chão, parece ter sido atingido por vários golpes anteriormente, mas isso não o impede de sacar uma adaga de sua bota e cortar a garganta de um dos goblins a esquerda o que faz o outro se virar para ver o que aconteceu, e nesse momento de brecha você leva sua espada até a criatura e atravessa sua cabeça, as duas caem no chão em seguida ao golpe.

Após o clima da luta esfriar o encapuzado se afasta e senta em um banco dentro do estábulo e começa a checar seus ferimentos sem nem sequer olhar na sua direção, você limpa um pouco do sangue de sua espada nos trapos que o goblin usava como vestimenta, e começa a ir em direção ao estranho. De perto é provável dizer que estava nessa roda de goblins a algumas horas pela quantidade de lama em suas botas e sangue pingado em suas roupas, finalmente a figura parece olhar pra sua direção e recobra a postura se levantando com algo escondido em sua mão esquerda e dizendo:

- Quem é você...

- Ah... Nem um obrigado?

A figura te olha como se não entendesse a afirmação, então você aponta para os dois corpos no chão depois para sua espada na bainha, ela dá de ombros e responde:

- Podia ter dado conta deles sozinho.

- É, deu pra notar.

A figura dá alguns passos em sua direção, sua face antes coberta pela sombra do telhado são reveladas pelo sol olhos tão verdes como esmeraldas, orelhas felinas que atravessam seu capuz vermelho desgastado que se mescla a uma capa sobre uma roupa repleta de bolsos e cintos, suas mãos são cobertas por uma grossa luva de couro que deixa suas garras amostra, e o que mais lhe estranhou foi sua cauda. Nunca tal criatura passou por sua visão anteriormente, mas o brasão em um pequeno broche em seu peito é de um lugar familiar, antes de dizer qualquer coisa ele fica cara a cara e lhe diz com um tom meio agressivo:

- Se eu estivesse com a merda do meu cajado, poderia ter lidado com eles antes de VOCÊ SEQUER CHEGAR AQUI!

A ameaça foi ignorada por conta da criação de sua linha de pensamento, ele se afasta de vai fazer alguma coisa no estábulo enquanto você diz em voz alta:

- Espera um pouco... roupa vermelha... cajado... brasão... É ISSO!

A figura dá um pequeno salto e se vira na sua direção para ouvir o motivo de sua gritaria:

- Você é o mago do vilarejo não é?

- A palavra certa é Taumaturgo... ou alquimista, tanto faz... e você quem é?

- A desculpe... mas porque você é um gato?

- Quê?

- Quero dizer... as garras, a cauda, suas orelhas.

O alquimista te olha de cima pra baixo com um olhar de certa desaprovação:

- Deve ser um fazendeiro qualquer pra nunca ter me visto... ou visto qualquer amaldiçoado em sua vida.

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