Capítulo 1

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Melannie Miller .

Dias atuais.

Ahhh, o Brasil ! Como gostei de passar esses quatro anos aqui.
Depois daquele fatídico dia, eu pensei que ia me afogar em tristeza ! Pensei que não ia superar ver o meu grande amor se casando com outra logo após dar o meu primeiro beijo com ele. Mas cá estou eu, estou no Brasil há quatro anos e foi como lavar a alma. Aqui, eu estudei, acabo de terminar minha faculdade de administração. Minha madrinha achou melhor para que eu a ajudasse com a empresa de jóias preciosas, e pra falar a verdade, foi a melhor coisa que fiz. No início achei que não ia dar conta por que quando cheguei aqui, só sabia choramingar pelos cantos, achando que minha vida tinha acabado. Porém, como disse, estudei, trabalhei, curti a minha vida, fiz amizades, já que só tinha minha melhor amiga em New York, a Catarina. Ela foi minha âncora junto com mamãe e claro minha dinda. Se não fosse por Deus e elas eu nem sei. Já que só via Landon na minha frente em tudo o que ia fazer.
Falando nele, não quis saber de notícias ! Já estava na pior e falar dele não iria me levar a lugar algum a não ser o fundo do poço. No início mamãe tentou falar mas eu cortava e ficava por isso mesmo. Até que ela entendeu e não entrou mais no assunto. Me afastei de redes sociais, a única coisa que mexo de vez enquanto é no twitter. Não queria correr o risco de achar uma foto do bendito e sofrer ainda mais.
Agora, daqui a um mês voltarei para New York. A madrinha abriu uma filial lá e ela também decidiu ficar por lá, pelo menos até que esteja tudo em ordem e a partir daí eu possa tomar conta da empresa. Nesses quatro anos, eu aprendi fazer tudo o que ela faz e aí surgiu a proposta para que eu fosse a futura presidente da Diamont's Black de New York.
Quando voltar para lá, ficarei por enquanto morando na mansão da família Conway, até me organizar e achar um apartamento para alugar. Só de lembrar que daqui um mês talvez possa reencontrar Landon Conway, sinto um frio na barriga e  tenho medo do que vou sentir quando olhar para ele.
Obviamente conheci alguns caras e até tive um relacionamento de um ano e  meio com o Caio, um amigo da empresa. Foi muito bom, tive experiências maravilhosas com ele, porém, nunca chegamos a fazer amor, por que não me sentia pronta. Na verdade, não o amava. Então, sigo intacta, uma virgem aos 23 anos. Vê se pode? Mas isso não é problema para mim, estou focada nos planos sobre a empresa, e sou bem resolvida com a minha vida sexual. Tenho meus amiguinhos, se é que me entendem, que me levam aos céus quando os uso e conheço bem o meu corpo. Sei bem como me dar prazer, então nunca senti aquela vontade de me entregar pra nenhum cara, nem mesmo para Caio, que até tentou porém, o máximo que rolou foram umas mãos bobas. Mas hoje tenho 99% de certeza que o amor que sentia por Landon não existe mais, e esse 1% eu prefiro nem pensar, pois o que menos preciso agora é de problemas. Não quero que a esposa dele fique achando que voltei por ele, pois lembro bem as insinuações que ela fez quando eu voltei  para a mansão no dia do casamento. E só vou ficar na mansão pois sei que o Landon deve ter sua própria casa, por que afinal, quem casa quer casa não é mesmo?!!!  Então estou tranquila quanto a isso.
Estou aqui organizando algumas coisas que quero levar comigo quando for embora, e logo escuto baterem na porta.

—Pode entrar — Olho para trás e vejo o rosto sorridente da minha madrinha na porta.

—Oi, dona Cristiane, a senhorita está com essa cara por que hein madrinha ? — Já sei que lá vem algumas de suas gracinhas.

—Mel, estou rindo por que estou vendo que você está muito ansiosa para voltar para New York, não está muito cedo para arrumar suas coisas? Pela minha experiência de 47 anos, você está louca para ver um certo alguém.— meu coração acelera só de pensar nessa possibilidade, mas eu prefiro ignorar isso.

— Dinda, eu não estou ansiosa, só quero ter certeza de que não esqueci nada. E também está tudo aqui em cima da bancada, não estou guardando, só estou reunindo tudo que vou levar. E não quero ver ninguém. Na verdade, nem sei de quem está falando. — A olho e ela está lá, com uma cara de quem não acredita em nada do que estou falando.

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