Capítulo 5

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MELANNIE MILLER.

Landon, sai do quarto como um furacão. Não olha pra mim e graças a isso, não vê como fiquei. Estou com um misto de alívio por ver que tenha atingido o meu objetivo de fazer com que ele me deixe em paz e ao mesmo tempo triste por talvez querer um pouco mais. Eu estava tão errada ao pensar que não sentia mais nada por ele. Não diria que é amor, mas diria que talvez seja uma paixão. Quem nunca se apaixonou e não teve a oportunidade de viver aquela paixão ardente ? E eu acho que é isso ! Acho que o meu caso é sobre não ter vivido esse amor adolescente, então assim, penso que seja por isso que estou cedendo a todas as suas investidas.
Assim que ele sai do quarto, Catarina e Lola entram. Elas me olham desconfiadas mas não me preocupo com Catarina, pois ela sempre soube tudo o que aconteceu entre mim e o Landon. Só não sabe o que aconteceu atualmente. Mas Lola, essa sim me preocupa. Não sei qual seria sua reação com essa aproximação com o irmão dela. Não sei o que pensaria, se aceitaria e se guardaria esse segredo. Não que eu não confie nela, só nao sei qual será o ímpeto dela na hora que eu contar tudo.
Olho para elas tentando não parecer estar triste.

— E aí, como foi com os meninos ? Por que voltaram agora ? — Sorrio de leve, tentando passar a paz que eu não tenho.

—  Foi bom ! Catarina, quis vir embora e eu não ia ficar lá sozinha com aquelas coisinhas maravilhosas. Eu sou bem liberal mas sexo a 4 não foi liberado na minha mente ainda ! — Ela diz rindo e eu arregalo os olhos. Lola me parece bem louquinha as vezes ou eu que sou careta demais.

— O Diego é bem legal mas eu estou de olho em outro gatinho. Então, resolvi ficar só nos beijos hoje. — Olho para ela com os olhos cerrados, pensando quem seria esse cara  que ela está falando.
Não tivemos tempo sozinhas para colocar o papo em dia. Ela está se dando muito bem com a Lola, mas não sei se está pronta para se abrir perto dela. Acho que é só questão de tempo.
Ela olha pra mim, sorri e dá uma piscadinha me indicando que depois me conta tudo.
Lola dá de ombros, e olha para mim.

— Agora, quero saber, o que meu irmão estava fazendo aqui no seu quarto com você só de roupão ? — Ela diz sorrindo com cara de desconfiada. Descido que não contarei nada hoje mas que na próxima oportunidade, vou contar tudo, desde o início. Ela está um pouco bêbada, então o melhor é contar depois.

— Ele só veio ver se eu não estava vomitando. Eu cheguei com o estômago ruim. Acho que por que misturamos muito as bebidas. —  As duas riem, e percebo que talvez ela tenha acreditado nessa desculpa.

— Nossa, eu também estou com o estômago revirando. Vou tomar banho e dormir. Não quero nem pensar na ressaca de amanhã. — Catarina fala, já indo para a porta.

— Eu também vou, e se vocês tiverem morrendo, não me chamem ! Talvez eu esteja também. — Ela ri alto e vai logo atrás de Catarina.
Eu gosto tanto dela. Lola é como uma irmã que não tive. Não quero magoa-la. Não gosto nenhum pouco de mentir pra ela. Mas preciso de um tempo agora.
Vou para o banheiro tomar banho e quando volto, penso que o melhor a fazer, é amanhã mesmo sair para procurar um apartamento para alugar. Ficar aqui só vai complicar mais as coisas e confundir minha cabeça.
Segunda, já começa a correria do trabalho e é nisso que quero focar. Por agora, só quero dormir e esquecer tudo isso. E é isso que faço.

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No outro dia, resolvo ir  procurar os apartamentos. Quando descido uma coisa, não gosto de deixar para depois. Espero a hora do almoço para conversar com tio Fernando e tia Isabel.
Converso com  eles, agradecendo a hospedagem mas eles  não concordam muito. Dizem que a casa é grande e que não tem precisão de alugar outro lugar para morar. Porém eu digo que quero um lugar mais perto da empresa, já que a mansão fica a 25 quilômetros de lá. Então, eles me oferecem uma cobertura, em um prédio que eles tem, no centro da cidade.

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