14- Mikey

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Quando voltei para meu mundo arrumei minhas coisas e voltei para a minha casa. Não me importava se Gabriel e seu pai iriam me visitar.

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Tatiane estava no último ano do seu mundo escolar.

- amor- alguém a abraçou por trás e seu um beijo no topo de sua cabeça.

- Brian- Tatiane olhou para seu namorado sem expressão.

- credo, aconteceu algo? - ele sorriu se afastando.

- sim, por que começamos a namorar mesmo? - ela perguntou.

- Cruel garota- ele riu.

Brian tinha olhos verdes e cabelo preto que tinha detalhes em verde também. Sua pele era pálida e ele usava um blusão verde e uma calça preta rasgada nos joelhos.

Brian era um rapaz com seus 1,89.

Ele era alguém conservado e observador, mas com a garota de olhos violetas ele costumava abrir uma exceção. Ele a conhecia melhor do que muita gente.

- Ei rosinha- ele sorriu se sentando na carteira dela- fez algo de errado que me deixaria bravo?

- quem sabe?

- você sabe que não é necessário joguinhos entre nós - ele cruzou os braços- seja direta.

- sim..

- me mostre seu braço esquerdo- ele apontou para o braço que estava coberto por um moleton preto.

- você.. - ela arregalou os olhos de leve enquanto ele sorria.

Ambos revelaram seus respectivos braços com uma tatuagem.

- onde?

- não lembro o nome, mas é aonde tem o Tomo a raposa que protege um templo do deus da Terra. - ele deu de ombros- e você?

- Tokyo revengers- ela falou e ele abriu a boca.

- a.. Saquei- ele sorriu indo para sua carteira.

Tatiane apenas olhou para as costas dele sem expressão alguma.

__________________ Night

- Mikey? - A moto parou perto do asfalto e a garota se aproximou do loiro que olhava para o rio.

- Tatichan- ele a olhou, os olhos vazios encontraram outros igual ou talvez piores- você...

- impulso sombrio- Mikey arregalou os olhos quando ela falou naquilo- você tem isso não é? Uma vontade absurda de matar e destruir, você tem medo que isso acabe virando contra aqueles que você quer proteger. Mas é uma fome insaciável, e você sente que aos poucos pode acabar se rendendo a ela.

- como você sabe sobre isso? -

- eu tenho algo pior. - Tatiane sorriu mas seus olhos não seguiu aquela ação tão estranha para si refletir. - algo muito pior. Então deixe te dar um conselho Mikey, não se engane comigo.

O garoto loiro apenas a encarou indo embora. Ele entendeu, assim como ela o entendia.

E ela subiu na moto indo embora.

Enquanto acelerava ela se lembrava de quando entrou naquele mundo. Vendo a máscara do passado era notável que ela colocou outra máscara. Uma máscara que mesclava com a verdade, mas ainda não era a verdadeira. E ela não sabia se queria mostrar a verdadeira, afinal não seria só ela a sair destruída.

Mas ela sempre soube ocultar. Não aconteceria nada para ela perder o controle, não é?

- Tati demorou em? - Baji falou vendo ela estacionar a moto na garagem da casa.

Quando ela tirou o capacete escuro, ela sorriu.

- Aa Baji, você ainda está aqui? - ela riu.

- só estou tentando te avisar que Hanma não é alguém que você deveria ter contato- ele murmurou ainda com a memória viva dela desmaiando os membros da gangue.

- está bem... - ela sorriu- prometo ouvir esse conselho.

- que bom, me sinto mais aliviado depois disso- ele sorriu subindo na própria moto- até Tati..

A garota encarou as próprias mãos e sentiu o calor em sua cabeça.

Subiu para seu quarto aproveitando o silêncio que a casa estava a proporcionando. Helena e Arthur ficaram no hospital, e ela sabia que a mulher queria se manter afastada dela. Sábia decisão, Tatiane teve que admitir.

- Kai.... Se eu ir para um mundo tipo demon Slayer, e me tornar um oni o que aconteceria? - ela perguntou.

" seus atributos físicos aumentariam drasticamente e você ainda manteria consciência e não obedeceria Muzan. E mesmo depois de mudar de mundo você continuaria com os status aumentando a partir do momento de que era oni. "Ele explicou, dando respostas para todas as suas perguntas.

- resumindo. Um aumento significativo de poder.

" exato"

Tatiane olhou para o teto e riu. Mas, mais um vez seus olhos não a acompanharam.

Ela fechou os olhos, e quando abriu estava de volta ao seu quarto no mundo real.

- Oi mãe- ela falou com a mulher que arrumava a mesa.

- Oie... - Judy arregalou os olhos ao olhar para a garota- ei... Você pensou na minha proposta? - ela riu nervosa.

- ir num psicológico? - Tatiane mostrou uma expressão em deboche- nem amarrada. No fim eles nunca resolvem nada.

- oras, mas você nunca tentou.

- a mente humana é facilmente enganada. Se eles começarem a fazer você achar que está melhorando, pôr provas disso, você vai melhorar. Eles só enganam as pessoas. As fazendo achar.

Judy suspirou.

Nos dias anteriores a garota tinha colocado mais um máscara. A máscara de uma garota Alegre e boba. Mas quanto mais máscaras eram usadas, e mais tempo passava, mais a menina de olhos violetas mostrava sua verdadeira cara. O cansaço de fingir a estava castigando, e Judy tinha medo que ela em algum momento finalmente mostrasse a verdadeira.

Judy não a temia, a partir do dia que recebeu aquelas palavras do doutor ela assumiu o risco de amar aquela garotinha. De aceitá-la não importa o que acontecesse.

O que aquela mulher temia era que aquela garotinha se perdesse. Ela sabia que usar máscaras assumia muito de uma pessoa, mas ela sabia que a garota não era tão pacífica quanto mostrava.

- bem... Por que não vem me ajudar a cozinhar? - ela sorriu. Ela sentia que não era capaz de ajudar a menina, mas pelo menos daria boas memórias a ela. E talvez no futuro aquela mente confusa entrasse nos eixos e se encontrasse.

- certo- e desceu as escadas.

Aquela tarde pacífica seria a última que as duas teriam juntas.

O mundo tente a ser cruel, e a sorte uma amante infiel.

A GuardiãOnde histórias criam vida. Descubra agora