07_o deliquente

29 8 2
                                    

- Morena- a garota pulou nas costas de Baji que mexia no celular o assustando.

- caramba garota vai assustar outro- Baji falou irritado com tiques nervosos surgindo pela testa.

- parece um gato ranzinza- deu risada lembrando de um gato arrepiado.

Ela sorriu mais ainda e discretamente ocultou sua mão no bolso do seu casaco.

Baji resmungou.

- que bereba parceiro- gargalhou.

- sinto que estou conversando com um delinquente com grandeza de mafioso, quando você fala assim- ele riu mostrando as pressinhas.

- qualé? Eu sou a líder- fingiu segurar um cigarro e assoprar a fumaça.

Baji riu com diversão, ela era realmente louca.

- sobe ai- ele apontou para garupa e quando Tati segurou em sua cintura ele disparou.

- Mee acho que vou para o céu mais cedo. - ela gritou sentindo o vento levantar seu cabelo.

- no céu você não entraa- Baji gritou de volta, sua voz quase abafada pelo vento.

- porquee??eu sou um anjoo

- com um par de chifres-

- não namoro pra ter chifre.

- interessante.

- interessado?

Baji só riu aumentando a velocidade.

Uma japonesa teria o acertado um tapa ficado vermelha e o chamado de pervertido.

___

- merda- Baji olhou o celular após chegarem na festa.

- algum problema- o olhei curiosa.

- minha mãe precisa de uma ajuda em uma coisa... Vou ter que voltar...

- pode ir- Eu sorri. - eu fico na festa. Já avisei que ia ficar mesmo.

- tudo bem por você mesmo?

- claro- Tati sorriu- espero que dê tudo certo para você gatinho. - levantou o polegar e se virou de costas para entrar na festa.

- certo. Até - Baji sorriu. Ele ficou decepcionado que não poderia curtir, mas, pelo menos Tatiane iria se divertir no lugar dele.

Tati on

Entrei no lugar que tinha várias luzes de diferentes cores iluminando.
Havia muita gente num lugar só.

"Eles não tão acostumado com festas né? " eu pensei querendo rir. Claro que todo país tem seu lado obscuro e adolecentes descontrolados, mas eu era capaz de ver de longe que a maioria dali não eram veteranos de festas. Apenas animais enjaulados que viram a liberdade pela primeira vez e estavam fora de si.

- achei que teria algo de interessante aqui- revirei os olhos prestes a sair, aquilo não era nada mais que um barulheira infernal.

Foi quando a música parou e o DJ falou.

- alguém veio até aqui e me deu uma idéia, que tal a brincadeira de apagar as luzes? - ele gritou e todos gritaram juntos empolgados.

Apagar as luzes? Aquilo era bom para tentar um sequestro, mas a intenção era se pegar com alguém no escuro sem ver o rosto da pessoa. Era uma brincadeira que na maioria das vezes terminava com vários adolecentes na cama um dos outro.

Eu não estava observando ninguém, então fui para o canto esperar desligarem e acenderem as luzes. Maior foi minha surpresa quando a luz apagou e meus lábios foram tomados por alguém que segurou minha cintura.

A GuardiãOnde histórias criam vida. Descubra agora