Meu nome é Samantha Marshall, minha irmã adotiva, Hayley Marshall é uma lobisomen, e eu, sou uma bruxa sifão. Estavamos atrás dos nossos pais biológicos desde que nossa mãe adotiva nos expulsou de casa, depois de ver a Hayley se transformando pela p...
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- Samantha
- Você está bem? - Escuto Leandro me perguntar.
Eu não sei, na verdade, mas vou fazer isso o mais rápido possível.
- Estou. - Digo curta e grossa, indo até a mesa, pegando a faca e cortando minha mão, fazendo o sangue cair em cima do mapa.
E então, começo alguns movimentos com as mãos, passando elas de um lado para o outro, em movimentos circulares, com as palmas para baixo, por cima do mapa.
Tento pensar nos meus pais, buscá-los, senti-los.
Consigo ver flashs, como memórias, um homem alto, negro e parecido comigo, com uma bebê no colo.
Depois, uma mulher, também negra, que é idêntica ao meu irmão Samuel... Sentada em uma poltrona, com outra bebê sentada sobre si.
Eu começo a me arrepiar e a ouvir as luzes do local piscando freneticamente, enquanto algumas lâmpadas até chegam a estourar.
Minha mente é repleta por memórias, lembranças, eu vivi tudo aquilo.
Eu era a bebê, meu pai me segurava...
Minha mãe segurava a Sab. E tudo o que eu estava sentindo de ruim a minutos atrás, se foi.
É como se eu finalmente estivesse em casa denovo, me sentindo segura, protegida, amada.
Então, tudo o que antes eram lapsos de memória, se tornaram um vazio sem fim.
Uma escuridão tão profunda, que não parece ter começo, nem final. Como se fosse durar para sempre.
E antes que eu pudesse me desesperar por isso, sinto todas as forças restantes do meu corpo indo embora, e minhas pernas começarem a falhar.
Até que escuto alguém me chamar, mas a voz estava tão distante, que nem parecia real, era como um sonho.
E finalmente, eu recordo a consciência, respirando profundamente, completamente assustada e confusa.
Ainda estava de pé, com o mapa na minha frente.
Já não caia mais sangue das minhas mãos, mas a ferida estava aberta, e toda preta em volta.
Leandro vem até mim, e me verifica por completo.
Ele parecia preocupado, ou estava só fingindo se importar.
De qualquer maneira, eu estava exausta demais para pensar em qualquer coisa.
