Meu nome é Samantha Marshall, minha irmã adotiva, Hayley Marshall é uma lobisomen, e eu, sou uma bruxa sifão. Estavamos atrás dos nossos pais biológicos desde que nossa mãe adotiva nos expulsou de casa, depois de ver a Hayley se transformando pela p...
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- Samantha
Eu não fazia ideia de como estava me sentindo diante de tudo. Afinal, em questão de poucos segundos pude experienciar multiplos sentimentos.
Alegria, confusão, ansiedade e raiva. Que, acabou se sobressaindo mais do que todos os outros sentimentos, infelizmente... Ou não.
— O quê vocês estão fazendo aqui? — As palavras saem da minha boca em um tom mais alto, demonstrando minha insatisfação com a presença de ambos.
E então, o que antes parecia uma feira por conta da falação, se torna um lugar tão silencioso que poderia-se ouvir uma agulha caindo no chão.
— Querida, se acalme. Vocês podem conversar em outro lugar e eles vão te explicar tudo... — Minha tia Celina desfaz o silêncio, já que meus supostos pais não tinham coragem de me responder.
— Me explicar o que, exatamente? Depois de tudo que passamos, depois de tudo que nos aconteceu... A senhora deveria ter me contado. — Estaria ficando a cada segundo mais revoltada.
Parte minha, desejou isso a vida toda, mas a realidade é que, no final, as respostas para as perguntas que eu quis fazer a vida toda, agora, não faziam mais sentido algum pra mim, era inútil.
— Se eu tivesse te contado, você teria vindo? — Minha tia novamente pergunta.
Não precisei nem pensar para responder.
— Mas é óbvio que não! — Afinal, eles deixaram não só eu, mas meus irmãos serem sequestrados e nem sequer se preocuparam de vir verificar se os próprios filhos estariam vivos.
— S... Eu sei que tá chateada, minha reação foi muito parecida com a sua. Mas, você tá grávida, não pode ficar se estressando, tenta pensar nos bebês. Se você quiser ir embora, a gente vai, procura outro lugar. Tenho certeza que tia Celine não vai se importar e vai entender. Mas, se assim como eu, você se der a oportunidade de ouvir, parte dessa ira vai ir embora, eu prometo a você. — Sabrina teria pego em minhas mãos, fazendo com que minha atenção fosse até ela.
Suas palavras teriam surtido efeito em mim, obviamente. Ela mais do que ninguém ali conseguia compreender minha revolta, na verdade, ela tinha o direito de sentir até mais raiva do que eu.
— Não confio neles. — Digo depois de certo tempo pensativa, ainda olhando nos olhos de minha irmã.
— Não estou pedindo que confie neles, mas sim, em mim. — Quando ela diz isso, a olho com uma expressão de quem perdeu a discussão ali mesmo.
