Capítulo 2- Grosseria.

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Ouvi pássaros cantarem na parte de fora do prédio, era uma enorme janela, que dava espaço para os raios solares entrarem, me fazendo despertar de um sono tão profundo.

Bocejei e encarei meu tornozelo, que estava inchado e roxo.

Nami- Puta merda...- Gemi de dor.

Me assustei quando a porta foi aberta, o homem alto de cabelos rosas e olhos azuis entrava, com um par de roupas e uma toalha.

Sanzu- Eai.- Disse rouco, colocando as roupas em cima da cama.

Nami- Bom dia, senhor Haruchiyo.- Sorri.- Cadê o Kaku?

Sanzu- Voltou tarde do serviço ontem, está dormindo no outro quarto.- Suspirou se sentando na poltrona.- Toma um banho e eu vou te levar pra tomar café.

Nami- Ah, claro mas... Poderia me ajudar?

Sanzu- Não vou te dar banho.- Desviou sua atenção pro celular.

Nami- Só me leve até o banheiro, de resto posso fazer sozinha.- Ele bufou e se levantou vindo até mim.

O mesmo me pegou pela cintura, apenas me dando apoio, ele abaixou a tampa do vaso e me sentou ali.

Sanzu- Vou pegar sua toalha.- Eu assenti.

Fui tirando aos poucos aquele curativos do meu pé, ofeguei tentando poupar um gemido de dor, aquilo estava doendo tanto.

Sanzu- Aqui, tem um short e um moletom, a calcinha é nova, acabei de comprar.- Eu corei.

Nami- V-Você comprou uma calcinha pra mim?- Arregalei os olhos.

Sanzu- Tu queria andar nua por ai, mulher? Apenas agradece e pronto!- Bateu a porta do banheiro.

Eu suspirei encarando a madeira fechada, aliás, Sanzu demonstrou desde dos primeiros minutos que o vi, que ele não era um homem normal.

"Talvez ele já tenha visto ou passado por muita coisa."

Tirei minhas roupas e notei que no meio das peças novas, havia uma escova de dentes lacrada e um desodorante novo.

"Ele pelo menos tem noção de higiene..."

Com dificuldade me segurei no box de vidro do banheiro, liguei o chuveiro e suspirei, sentindo a água quentinha acalmar os meus nervos.

Acho que fiquei muito tempo ali, tinha até me esquecido que não estava em casa e que deveria ter um senso de que a conta de água poderia vir caríssima.

"Se bem que eles são ricos mesmo..."

Me ensaboiei com o sabão em líquido, tudo ali era feminino e eu tenho certeza que não foi Sanzu que comprou aquelas coisas.

Lavei o cabelo e saí do box, me sentei no vaso fechado e comecei a me enxugar, peguei a calcinha e a vesti, coloquei a toalha no cabelo e terminei de colocar minhas vestes.

Me segurei na pia do banheiro, enquanto escovava os dentes, passei o desodorante e abri a porta, me segurando na maçaneta.

Nami- Sanzu?- Ele roncava na poltrona e parecia exausto.

"Tadinho..."

Eu não tive coragem de acorda-ló, então fui me segurando em tudo que via na frente pra chegar na cama, até que inventei de me segurar na cômoda e minha mão escorregou, me fazendo cair no chão e fazer um barulho alto.

Nami- Aí, buceta...- Gemi de dor.

Sanzu- Hein?- Me encarou confuso.- Que merda, porque não me chamou, garota?! Você é idiota?!

Dark Red- Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora