Capítulo Diez - Me dio esperanza

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Barcelona, Espanha- Tá melhor hoje? - Anya perguntou ao abrir a porta e ver Gavi parado ali, era a terça seguinte, a próxima consulta deles

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Barcelona, Espanha
- Tá melhor hoje? - Anya perguntou ao abrir a porta e ver Gavi parado ali, era a terça seguinte, a próxima consulta deles

- Tô sim, obrigada - ele caminhou praticamente ótimo pra dentro da sala

- Uau, vou assumir que o fim de semana foi bom - ela riu enquanto o observava caminhar até a maca

- Foi - Pablo sorriu bobinho - Eu fiquei com… com a minha família e eu senti que melhorou muito, eu brinquei com meus… afilhados e o tornozelo não doeu tanto, eles me levaram ao limite, mas foi ótimo e não doeu

- Isso é bom, eu fico feliz por você - Santiago sorriu ao perceber que ele parece leve, bem diferente do Gavi que estava em sua sala cinco dias antes - Só temos que ter certeza se forçar não piorou seu quadro.

- Mas eu não tô sentindo doer. Isso não deveria ser bom?

- Eu não tô querendo te desmotivar, só tô preocupada - Anya se apressou em deixar claro - Só repete o processo de sempre

Gavi suspirou e se sentou na maca, tirando os tênis, já tinha uma semana que não usava a botinha, não estava precisando e Anya tinha concordado. A fisioterapeuta se aproximou, observando como o movimento parecia mais simples agora, de forma que logo ele estava descalço.

- Não dói? - ela levou as mãos exatamente ao ponto que ele reclamava de dor antes

- Só incomoda - Pablo respondeu

- Não tá mais inchado. Como tá sendo pra andar?

- Eu ainda tô colocando menos peso na perna, mas tá melhor

- Vamos pra academia hoje, vou te colocar na esteira, vai descalço mesmo eu vou vendo como você tá andando, mas leve os tênis pra correr lá - ela o chamou e sorriu fraco, gostava de ver uma melhora significativa em seus pacientes, mesmo que aquilo significasse que os veria menos

Enquanto os dois caminhavam até a academia, Gavi continuava contando empolgado sobre o fim de semana enquanto Anya o observava andar. Ele sabia que não devia e nem precisava contar tudo aquilo para a fisioterapeuta, mas ela tinha se tornado uma constante em sua vida e não tinha conseguido contar aquilo pra ninguém.

Santiago fez anotações rápidas enquanto andavam, ela ouvia o jogador com atenção, sabia que ele precisava ser ouvido e não tinha porque não ouvir, ela gostava de ver Gavi feliz e enquanto contava sobre os supostos afilhados, ele estava claramente feliz.

Assim que chegaram na academia, o jogador voltou a calçar os tênis e subiu na esteira, esperando por Anya.

- Se eu conseguir correr… você vai me liberar? Pra jogar, eu digo - ele começou, parecendo nervoso

- Se você já consegue correr, não tem porque continuar sem jogar - ela falou ligando a esteira - Cabe só a você

- Então me deixa correr - ele começou a caminhar, mas logo interrompeu Anya e aumentou a velocidade ele mesmo, rapidamente mudando para uma marcha e eventualmente para a corrida

The Face of Anger - Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora