Capítulo Nueve - La familia no es solo sangre

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Barcelona, Espanha- Pablo Martín Paéz Gavira!

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Barcelona, Espanha
- Pablo Martín Paéz Gavira!

- SE VOCÊ FALAR MEU NOME INTEIRO DE NOVO! - Gavi explodiu, olhando pra mãe e sentindo o corpo ferver - Eu tô pegando meu carro e eu tô saindo desse inferno dessa casa!

- Não ouse falar assim da nossa casa! Da minha casa!

- A casa que você nunca ficou muito tempo, e tem a audácia de dizer que é sua?!

- Você me respeite, Pablo! Ou eu não deixo você sair por essa porta! - María gritou, não sabia porque a discussão tinha começado, mas a irritava feito o inferno ver o filho daquele jeito, achando que mandava mais do que ela, talvez fosse a respeito da diarista que trabalhava ali, talvez fosse a respeito dele anular a autoridade dela todas as vezes - Eu ainda sou sua mãe e ainda sou a dona dessa casa!

- Não fale assim com a sua mãe, Pablo - Pique teve a audácia ainda maior de interferir na discussão.

- Não foi isso que você pensou quando me abandonou aqui e depois deixou que eu cuidasse das finanças. E você, cala a boca - ele apontou pro zagueiro - Eu não pedi pra você entrar nessa discussão e muito menos na minha vida.

- JÁ CHEGA! - ela berrou - Já chega dessa merda! Eu não te abandonei, Pablo, você ainda tem uma mãe, para de dizer isso! E pare de tratar o Gerard como se alguma coisa fosse culpa dele!

- Você nunca perguntou como eu me sentia! - ele exclamou, sentindo a raiva se desfazer em tristeza - Você saiu, assumiu que eu já era velho o suficiente pra tudo aquilo e aí não se importou! Se isso não é abandono, eu não sei o que é! Agora quando eu mostro pra você o quanto isso me afetou você me manda parar. Sinceramente, María, vai ficar com seu namorado.

Com aquelas palavras e batendo a porta mais forte do que queria, Pablo saiu do apartamento com o corpo fervendo e os olhos ardendo.

Gavi se recusou a processar tudo até que estivesse em seu carro, quando depois de ter fechado a porta e se sentir o mínimo possível seguro, ele finalmente deixou as lágrimas escaparem. Tinha chamado a mãe pelo nome, tinha gritado com ela, respondido e piorado toda a situação. Pique tinha ficado ali escutando o tempo, o vendo ser um péssimo filho, de quem a mulher iria com certeza reclamar e dizer que se arrependia.

A sensação fez o peito do mais novo doer, a dor física de um coração partido, enquanto ele continuava chorando. Mais uma vez, ele forçou a perna porque queria fazer doer, fechou a mão e socou a própria perna, porque queria se machucar, ele queria se torturar. Precisava que a raiva passasse e não queria descontar no carro, então descontaria em si mesmo, sempre acabava descontando em si mesmo.

Ele sentia o corpo tremer compulsivamente em calafrios violentos, a visão estava turva e as pernas dormentes, nada parecia sob controle.

As crises não vinham daquele jeito a muito tempo. Desde de o diagnóstico, ele vinha tentando controlar o máximo que podia, abandonar as discussões antes de estourar e deixar só que achassem que ele estava mal humorado constantemente, a fama de esquentadinho não demorou a vir. Mas eram pouquíssimos os que sabiam da verdade, do Transtorno Explosivo Intermitente que o fazia querer explodir todas as vezes em que era colocado em situações estressantes.

The Face of Anger - Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora