O6 - Duas faces de Simone Tebet.

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Assim como uma moeda, toda história tem dois lados, e essa não é diferente. Não se pode falar sobre a maneira como Simone Tebet caiu nas garras alheias, sem contar sua versão dos fatos. Minha função é mostrá-los, com toda a imparcialidade que me é imposta, como as duas vias dessa mão são igualmente culpadas.

E aquele dia cinco de setembro não começou diferente para a morena, que também acordou com o calor incomodando seu corpo exposto. Porém, os raios que esquentavam sua pele não eram os solares, e sim as madeixas aloiradas de uma moça, que conheceu na noite anterior, que se acomodou em seus braços. Não achava que fosse possível, mas os sinais de que estava excitada novamente foram claros.

— Tenho que trabalhar... — argumentou com dificuldade, visto que a outra distribuía beijos em seu pescoço.

— Vai me deixar aqui nesse estado? — sussurrou, segurando a mão da mais velha e levando até onde desejava.

Tebet estremeceu ao sentir o centro molhado. Apreciava as nuances da anatomia feminina; nada mais prazeroso do que tocar a carne sensível e poder acompanhar as pálpebras apertando, o gemido tímido escapar sem controle algum, o rebolado que iniciou quase imediatamente. Simone era uma amante das mulheres, nada lhe encantava mais que suas particularidades.

Em um movimento repentino, a advogada virou o corpo da mulher contra a cama, se posicionando entre suas pernas. A visão que teve da pele exposta lhe causou arrepios. Levou os lábios aos da mais baixa, colando-os em um beijo carregado de desejo. As mãos já exploravam lentamente cada curva, provocando suspiros arrastados e gemidos contidos.

— Simone... por favor... — a loira suplicou; não em timidez, porque não havia mais o que temer diante daquela mulher. Era um pedido submerso em excitação.

— Fale. — a menor soube exatamente que era uma ordem, curta e direta, mas ainda uma ordem — Me diga o que deseja...

A língua desceu trilhando um caminho lento; rodeou os mamilos sensíveis, desenhou perfeitamente a linha entre o colo, a marquinha imaginária entre os gominhos do abdômem levemente evidentes.

— Simone, faça... — pediu mais uma vez — O-oh! Droga... não me torture!

A respiração ofegante, os músculos rígidos e o corpo tenso. Os olhos escuros de Simone acompanhavam os sinais de que aquela mulher implorava para ser fodida, mas lhe divertia vê-la no limite. Um sorriso lascivo enfeitava o rosto, denunciando o que estava por vir.

— Quase lá, querida... — incentivou, soprando contra o sexo encharcado.

— Me fode, Simone! — murmurou quase em desespero, querendo acabar com aquele desconforto entre as pernas.

— Boa garota!

Seus sentidos nublaram quando a língua quente entrou em contato com a entrada apertada. Simone deslizou lentamente de baixo para cima, fazendo o corpo abaixo de si arquear em reflexo. A partir do gemido alto que ecoou pelo quarto, nada mais além do desejo expresso em palavras de baixo calão foi ouvido entre as quatro paredes.

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— Bom dia, Joana! — Simone desejou ao entrar na cozinha — Que cheiro bom!

— Bom dia, filha. — Joana sempre a tratou com todo carinho, arriscava dizer que a cuidava como uma filha, literalmente — Ei! — bateu com o pano contra a mão atrevida, que tentava beliscar as panquecas — Lave as mãos e sente.

— Jo, por favor... — usou sua melhor feição dramática e de nada adiantou — Estou atrasada e morrendo de fome!

— É? Ninguém mandou ficar agarrada com a loira até tarde. — natural como quem comentava sobre o clima, a cozinheira acusou.

Lust - [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora