Cap 8 - Após a paixão

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A dois dias para completar três meses de namoro, August levou Beatrice a um parque no fim da tarde.

— Espero que goste de esporte, pois tenho uma surpresa.

Entrando em uma quadra foi até uma caixa.

— Qual esporte será? — pergunta curiosa.

Tirando uma bola de basquete arremessa a mesma em direção da cesta.

— Basquete! Afinal você agora mora na casa dos melhores.

— Bom, sobre isso... — ela o fitou.

A expressão séria tomou seu rosto, encarando nem esperou ela falar.

— Não pode ser, você não...

— Detroit... — ele interrompe.

— Não fale esse nome, aqui é Chicago.

Beatrice começa a rir de sua reação.

— Mas eu sempre morei em Detroit, seria estranho não torcer para o time de basquete da minha cidade.

— Mas o melhor está aqui, Bulls. Os touros!

— Não os acho tão bons assim. — caminhou até a bola, pegando-a arremessou na cesta fazendo-a entrar.

— Eu sabia que havia algum defeito, só não precisava ser esse. — o lábio inferior virou como de uma criança que chora por qualquer coisa.

— Não fica assim, posso mudar de ideia se conseguir ganhar dos meus lances livres. — pousou os braços ao redor do ombro dele.

— Fala sério?

— Se for bom de verdade, Chicago Bulls pode ganhar uma nova torcedora. — suspirou — Que meu pai nunca saiba disso.

August sorri, puxando a beijou.

— Você vai ficar linda com a camisa do meu time.

Empurrando ele, Beatrice correu em direção a bola.

— Certo bombeiro, vamos ver se é bom mesmo nisso.

Batendo a bola, desvia dele buscando lançar na cesta, conseguindo acertar novamente, marcando seus pontos.

O dia agradável de outono fez o casal passar a tarde toda na quadra, as primeiras semanas da estação deixava Chicago com uma das mais belas paisagens.

Após comemorar a data de namoro, Trice se preparava para a exposição. Chegando até a sala dela, a gerente bate na porta:

— Beatrice? Posso falar com você?

— Claro! — puxou uma cadeira ao seu lado.

— Bem, como sabe a exposição está focada em apresentar artes contemporâneas voltada a momentos que represente o dia a dia urbano. Por isso, seu quadro foi um dos escolhidos. A maneira como você colocou a alma de Detroit na tela é sem explicação.

— Nossa, muito obrigada!

— Sendo assim, o diretor pediu outra tela sua. Ele a quer para a exposição.

— Outro quadro? Mas o que ele deseja?

— Como representaremos o cotidiano, agora ele pede que seja feito uma arte que esteja entre nós, no nosso dia, pode ser um lugar, uma profissão, precisa ser algo vivo, vibrante que ative todas as nossas emoções simplesmente ao olhá-la.

— Uau, isso é bem específico. — desviou o olhar pensativa.

— Eu sei. Por isso quero que você faça essa tela, seu traço é espetacular, podemos explorar bem seu talento. Pense em algo e me mostre um rascunho na próxima semana, confio que fará um excelente trabalho.

Você em minhas lembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora