Você em minhas lembranças

Cap 11 - Em sono profundo

Esther acariciou o rosto do marido.

- Você precisa descansar, August está sendo cuidado.

Ele desviou seu olhar dela procurando o rosto de Trice.

- Você já o viu?

Ela assentiu que não.

- Por que ainda não? - murmurou.

- Ele precisava descansar.

- Ele está muito machucado? - pergunta olhando para Esther.

- Um pouco, prometo que assim que o médico for vê-lo eu lhe digo como ele está, mas por agora os dois precisam focar em sair logo daqui. - lhe beijou.

Theodoro desvia o olhar em um longo suspiro.

O celular de Beatrice começa a vibrar, pegando ver o nome pai da tela.

- Preciso atender. - sai do quarto.

- Oie! - atende com uma voz rouca.

- Te acordei filha?

- Não, já estou de pé.

- Vi a foto que me enviou do quadro está ficando perfeito.

- Que bom que gostou. - respondeu sem entusiasmo.

- Está tudo bem? Sua voz está estranha.

- A noite foi agitada. - suspirou.

- Hey mana, gostei dos quadros, que pena que não estaremos aí no dia da exposição. - exclama o irmão do outro lado.

- É uma pena.

O silêncio cruza a ligação.

- Trice querida o que aconteceu. - o tom do pai era de preocupação.

- Aconteceu um acidente... - silenciou.

- Com você meu bem? - tomado por uma preocupação encarou o filho que também ouvia a chamada.

- Mana, você se machucou?

- Comigo está tudo bem, foi com o August.

- Seu namorado? - questiona o irmão.

- O que aconteceu? - pergunta o pai.

- Ele estava em um chamado noite passada. - a voz dela fica embargada - Ele se machucou.

- Caramba, que merda. - reage o irmão.

- Filha, você precisa de mim? Posso voltar mais cedo.

- Não se preocupe, estou na companhia de Esther, lembra que falei dela não é?

- Sim, claro. Mas eu posso antecipar a volta agora mesmo.

- Não vai ser preciso, ele precisou passar por cirurgia, no momento não há muito o que se fazer, voltar agora só vai atrapalhar o plano de viagem que programou por meses.

- Trice, você sozinha nessa situação nos deixa preocupado. - responde o irmão.

- Mati, está tudo bem comigo, apenas absorvendo toda informação. Prometo que irei deixar vocês a par de tudo. Agora preciso desligar, estou no hospital, vou ver se consigo alguma informação.

- Claro querida, nós ligue assim que possível.

- Amo vocês!

- Nós também, se cuida mana.

Despedindo-se, desligou a chamada.

- Tudo bem? - Esther se aproxima.

- Sim, era meu pai e o Mati. - a enfermeira senta ao seu lado.