Cap 17 - Turbulência

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Após o efeito do medicamento August acordou. Sonolento avistou Esther ao seu lado monitorando seus sinais.

— Se sente melhor? — pergunta, ajudando-o a sentar.

— Sim. — leva a mão a nuca — Não sei o que aconteceu.

— Como começou?

— Estava esperando você ou o médico aparecer, até ver um paciente chegando e toda aquela agitação me deixou em agonia, por um momento não sabia como respirar.

Se aproximando dele, Dr. Steven rápido explicou.

— O que você teve foi uma crise de pânico.

Pegando a prancheta anotou algumas observações.

— Você deveria estar em estado de tensão com a agitação da emergência, algo deve ter desbloqueado em você.

— Mas eu nunca tive isso.

— Bem, depois do trauma que sofreu é normal episódio como esse acontecer, por isso é importante o acompanhamento com a psicóloga.

— Você está gostando das consultas? — pergunta Esther.

Fitando a amiga, August suspirou.

— Eu ainda não comecei. — desviou o olhar.

— Como não? Você sabe que precisa.

O bombeiro recostou-se evitando contato com o olhar bravo dela.

— Creio que agora a psicóloga fará parte da rotina dele. Bom, enquanto tudo isso acontecia consegui preparar a sala de ressonância para você, preparado para ir?

— Ressonância? — Esther fitou o médico.

— É apenas para monitorar, e descartar qualquer situação mais complicada devido às dores de cabeça.

— Você vem tendo dores de cabeça? Por que não me falou nada quando fui a sua casa?

— Não era nada de mais.

— August você sofreu um grave acidente, está com a memória perdida dentro de você e agi como se não fosse nada?

Novamente ele desviou o olhar dela e suspirou.

Notando a agitação que Esther estava, o médico se aproximou.

— Por que você não dá um tempinho para gente?

Começando a se irritar, o bombeiro evitava manter contato visual com ela.

— É melhor, caso precise de algo, é só chamar.

Afastou-se, antes de sair do quarto ela olhou-o novamente.

— Você tá começando a ficar relaxado igual aquela garota, você não era assim.

Impaciente ele responde ríspido.

— As pessoas mudam. — revirou o olhar ignorando-a.

Esther os deixa sozinhos.

— Okay. Podemos iniciar o exame?

August assentiu que sim.

Após quarenta minutos, o bombeiro foi liberado.

— Certo, aguarde aqui, vou ver os resultados e volto para conversar.

Sentado na cama, ali ficou esperando o retorno do médico.

— Que bom que acabou. — fala Theo entrando no quarto.

— Tá fazendo o que aqui?

— Esther me contou que havia passado mal, consegui sair mais cedo do turno. Você está bem? — ele apoiou a mão sobre o ombro dele.

Você em minhas lembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora