Cap 23 - Quadro ~ O Chamado ~

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Chegando pouco depois das 14h, August e os amigos entram na galeria.

— Onde estão os quadros dela? — pergunta Theo.

— Acho que vamos achar resposta ali. — aponta para uma mesa de informação.

Afastando-se de August o casal foi procurar ajuda. Buscando encontrá-la, ele começa a caminhar pelo hall. Observando que a escada estava com acesso liberado, subiu atrás de Trice. Chegando ao andar superior, avistou outras três salas abertas. Caminhando pela primeira parou diante de uma imensa tela na parede, as imagens eram uma mistura do cotidiano com a vida fora das áreas urbanas, o conceito era um pouco confuso para ele, está ali era fora de qualquer possibilidade que ele pensou em viver.

— Essa obra ganhou o prêmio de arte realidade realista. — comentou uma senhora a seu filho.

Ouvindo aquilo discretamente sorriu.

— Realidade realista? Que tipo de prêmio é esse? — sussurrou se questionando.

— Falou algo senhor? — a senhora o encara.

August assentiu que não e se afastou, seguindo na mesma sala, avistou uma porta que o levava até outro ambiente. Outros inúmeros quadros estavam espalhados, dessa vez algumas peças de argila também estavam expostas. Parado diante de uma escultura ficou encarando a mesma por alguns segundos, sua forma era estranha, não conseguia entender bem se era um corpo de uma pessoa ou algum tipo de boneco, a cabeça era diferente, não se parecia com algo da terra, olhando para o nome está escrito.

"A beleza do interior feminino"

— Isso não é possível. — arregalou os olhos — Onde isso representa o interior feminino? Será que as mulheres são ETs?

Não conseguiu desviar o olhar, dessa vez seu questionamento foi dito em voz alta, fazendo com que um homem se aproximasse.

— A arte é complexa, não acha?

— Isso é o nome que dão a estranho?

O homem não se conteve e sorriu.

— Vejo que não é um apreciador.

August assentiu que não.

— Bom, me diga, o que gosta desse mundo?

Pensativo, buscou ao seu redor algo que fosse agradável, mas nada ali estava nesse patamar.

— Algo normal, que eu possa olhar e entender com perfeição. Sem precisar de alguém para traduzir.

— Bom, essa exposição é para você então.

Ele encarou o homem com um perfeito semblante de confusão, com uma sobrancelha arqueada.

— Não viu o nome da exposição? — apontou para um painel na parede — Art & Life, aqui também vai achar obras da vida normal como você falou. Deixa eu te mostrar.

Caminhando para a terceira sala, passou pela porta que dava acesso entre elas, chegando à sala mais iluminada do prédio.

— Aqui estão algumas obras feitas por pintores amadores, e recém descoberto talvez chegue no normal que você quer ver.

Caminhando diante das telas sobre os cavaletes, ele pôde enfim apreciar os quadros.

— Isso é normal. — apontou para um quadro de uma praça.

— Viu, falei que aqui você ia gostar. Deixa eu te mostrar a minha peça favorita desse setor.

Indo até o outro lado da sala, eles param diante de um quadro.

Você em minhas lembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora