Anika Kayoko

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"Então você ganhou essa cicatriz pelo cara de máscara?"

Assinto enquanto dou um gole na bebida da garrafa, observando os olhos de Ryan se arregalaram quando terminei de contar a história de quase ter sido assassinada na minha cidade onde passei metade da minha vida. Eu evitava falar sobre o que aconteceu ano passado, de quando fui traída pela minha melhor amiga e ex namorada da minha irmã mais nova.

Algumas pessoas ficavam assustada com a cicatriz no meu rosto, e eu não os julgava, se eu visse alguém com um corte da sobrancelha até o queixo iria me assustar de imediato e achar que fosse um serial killer. Mas depois de ouvir, eu acharia maneiro. O que bem, não é tão maneiro no momento em que ganhou ela.

"Isso é maneiro!" eu disse, as pessoas ficam assustadas, depois ficam impressionada. Outras vezes, elas ainda continuavam a ficar com um pouco de medo por achar que era inversão, embora se pesquisasse em todos os site sobre o ocorrido, saberiam. "Eu não consigo acreditar que sobreviveu. Você é a garota mais fodona que conheci nessa noite. Quer dizer, em toda minha vida!"

Eu rio, balançando a cabeça. "Fico feliz em saber disso."

"Pare de aumentar o ego dela." Eu jogo a cabeça para trás quando Anika aparece atrás de mim, uma mão indo até meu ombro enquanto olha para Ryan a minha frente. "Ela vai se gabar disso pelo resto da vida."

Era uma mentira e ela sabia disso. Eu nunca iria me gabar de ter saído viva enquanto um dos meus melhores amigos havia morrido. Odiava acordar pela manhã e me olhar no espelho e ver aquela cicatriz, era uma marca que me fazia lembrar daquela maldita noite. Gostava de saber que algumas pessoas admiravam que eu tenha saído viva e ainda ter eliminado um dos assassinos. Eu não me orgulhava, eu não me orgulhava de ter matado minha melhor amiga. Eu não queria matá-la. Mas era ela, ou minha família.

E ninguém deveria escolher outra pessoa que te machucou ao invés de sua família.

Minha mãe morreu em um acidente de carro. Ela era irmã de Joel Carpenter, que passou a cuidar e me criar quando ela se foi. Sam era filha de Billy Loomis, Tara também. Ele era casado com Christina Carpente, mãe de Sam. Quando descobriu que Sam e Tara não era filho dele, ele me pegou e foi embora, sem olhar para trás. Era só eu e ele, não tinha mais ninguém em nossa vida, um ano mais tarde ele morreu de parada cardíaca. Eu não tinha ninguém, era só ele, mas por alguma sorte ou azar, na época ele estava entrando no processo de divórcio com a mãe de Tara e Sam. A sra. Christina teve que ficar com minha guarda ou perdia metade da herança do meu pai, o que, para ela não foi algo muito bem-vindo.

Nossa "mãe" renegou Tara, eu e Sam quando descobriu que Sam contou para Tara a verdade e quando falou o real motivo de eu ter ficado com ela. Na verdade, ela renegou Sam, mas Tara ficou tão puta por ela esconder aquilo que ela resolveu ficar do lado de Sam. Eu não sabia o que fazer na real, quando vi Sam entrar no quarto do hospital e perguntar com quem eu queria ficar, eu apenas acenei e disse que era ela. Eu nunca fiquei tão brava e decepcionada em toda minha vida. Meu pai foi incrível com ela, e ela o traiu.

Quando cheguei na cidade, me sentir fora do lugar. Sam achou que poderia ser aonde pudéssemos recomeçar, Tara, ficou um pouco animada por finalmente estar em Nova York, pois sempre sonhou em conhecer Nova York. Tudo isso pelo filme de terror que aconteceu em Nova York. Mas, eu não, eu me sentir estranha, o corte no meu rosto ainda estava cicatrizando na época, então eu usava um pano ao redor do corte. Ele não foi profundo, não o suficiente pra fazer eu perder os olhos. Mas, foi horrível quando eu tirei o pano e vi aquele enorme cicatriz. A lembraça de Amber me atacando com a faca, me quebrou, eu chorei o dia todo e passei dois meses longe de todos, me isolei no quarto e só saía se fosse para ir ao médico.

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