Capítulo XI

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Nota: “ Sim ele voltou aquele que é o mais temido.”um resumo sobre o cap de hoje, quem entendeu a referência entendeu kk.

Hoje a observação e agradecimentos estão no começo. Quero agradecer as interações com a história pois isso é muito motivante. E para felicidade e depois a tristeza de vocês esse capítulo será duplo então será longo. Bebam bastante água... Boa leitura.

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Havíamos encontrado Yara poucos minutos depois, ela estava escondida, se escondeu assim que ouviu que havia uma invasão no lugar. Ela disse que conseguiu ouvir Owen implorar por sua vida e para que matasse ele e não Mel, já que estava grávida. Um pedido que não foi ouvido, já que Mel contou sua versão da história.

— Ela entrou pela porta, nem ouvimos ela chegar. Então ela apontou a arma para Owen. Perguntando exclusivamente por você. — Disse Mel desviando o olhar para Abby, que desviou o olhar abaixando a cabeça.

— E depois? — Perguntei limpando o machucado de Mel, ficando algumas gases e realizando um enfaixamento em seu ombro. Ela gemeu de dor e deu continuidade.

— Depois ela atirou... Eu fui pra cima dela foi onde ela me acertou com a faca, meu maior erro. Mas a intenção não era essa. Eu caí no chão fingindo estar morta. Foi a razão para ela não ter me esfaqueado novamente. Pois... Se ela soubesse que estava viva, ela teria voltado para finalizar o trabalho.

Fiquei em silêncio absorvendo todas as informações enquanto finalizava o curativo de Mel, sorri para a garota assim que terminei me levantando do banco que estava e me virando para sair dali. Ela segurou minha mão, seus olhos estavam marejados, ela apertou os lábios.

— Se não for por ele. Por mim. Pela Alice. Pelo seu pai.

Sorri fraco assentindo com a cabeça e voltando minha atenção para sair dali assim que ela soltou minha mão. Caminhei até a sala principal me sentando no sofá levando as mãos a cabeça, estava sem direção quanto uma bússola quebrada. Respirei fundo, segurando a respiração e soltando lentamente. Era o que fazia quando estava prestes a surtar.

— Fazer as manobras que papai te ensinou para se acalmar não vão te ajudar... Não nesta situação — Abby se sentou ao meu lado.

Olhei para Abby não segurando mais as lágrimas que caiam sobre minha face, afundei minha cabeça em em seu colo sendo aconchegada em seus braços, ela acariciou minha cabeça repetindo diversas vezes que estava tudo bem. Mas não estava.

Voltei a minha postura limpando as lágrimas restantes na face, esfregando a gola da camisa no rosto para secar com mais facilidade. Olhei para Abby ainda fungando, havia tanta raiva em seus olhos quanto nos meus. Eu só havia visto aquele olhar uma vez, no dia em que nosso pai morreu.

Me levantei do sofá ajeitando a roupa e erguendo o queixo mostrando a superioridade em tratar desse assunto, levei as mãos aos bolsos da calça balançando a cabeça positivamente.

— Saímos ao amanhecer. — Falei deixando Abby sozinha na sala.

Precisava pensar em tudo isso. Subi até o andar superior me sentando no sofá que dava vista para fora. Eram tantas perguntas que estavam rondando minha mente. Da qual não sabia a resposta.

E se encontrarmos ela lá? Como simplesmente vou matar alguém da qual estava criando um laço que surgiu do nada. Sou tão inocente quanto ela, em relação a essa vingança sem fim. Havia deixado essa história de meu pai para trás. Havia perdoado ela e o homem que o matou, meu pai gostaria disso. Mas agora. É muito mais que pessoal. Ela não pode chegar e decidir que vive ou morre. Não com os meus amigos. Não com o que sobrou da minha família.

Not The Last Of Us ( Tlou II ) Ellie Williams x Fem Reader Onde histórias criam vida. Descubra agora