29 | não beija melhor do que eu

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Wong se sentou na sua cama e respirou fundo. Tocou seus lábios com suas mãos e pensou nas palavras do Jung antes do primeiro beijo que alguma vez deram na vida.

Ele disse beijar mal, mas Wong não achava nada disso, por mais que mal tenha sentido por se afastar sempre quando ele começa um beijo mesmo.

Porém, neste momento não foi por raiva ou algo do tipo. Durante os três meses, ela pensou bem sobre o assunto e decidiu arriscar, por mais que fosse considerada trouxa. Ela ainda gostava do Jung, e não conseguiria superá-lo fácil, ainda mais vivendo com ele.

Era difícil, e ela não estava para passar por isso pois também sabia que a deixaria ainda pior. Por mais que ainda não acreditasse, esse tempo todo lhe deu tempo para pensar, e talvez seja a hora de mostrar para ele o que ele sempre quis.

Ele errou e ela também. Ela lhe provocou ciúmes, e ele consequentemente podemos dizer que também fez o mesmo devido a tê-la visto com Yeosang. Ambos erraram e pagaram pelas consequências, porém faltava resolver entre eles.

Wong se levantou e caminhou novamente ao quarto do Jung. Não tinha feito nem cinco minutos que tinha saído de lá, tanto que o Jung até ficou surpreendido quando ela subiu na sua cama e o puxou pela sua blusa, puxando até seu colar.

Foi um beijo bem dado, mas isso não resolveria os problemas. Faltava o pedido de desculpa de ambas as partes, pois ambos erraram.

— Desculpa. — Ela pediu primeiro, após finalizar o beijo. — Eu consegui uma chance com você e apenas passei dos limites.

— Eu também fui idiota. — Ele admitiu, sendo solto por ela, vendo-a se sentar perto dele, com as pernas dobradas, enquanto o encarava.

— Mas também, nós não tínhamos nada demais. Você apenas me deu uma chance. Você era livre de ficar com quem quisesse. Tanto que eu errei mais uma vez e beijei o Yeosang na sua frente. Ainda somos novos, vamos errar ainda mais, com toda a certeza.

— Ainda assim, eu não devia ter feito aquilo, mas fiz.

— Desculpa não ter te dado... Mas... — Ele interrompeu.

— Você é livre de dizer não, eu apenas fui idiota e não aceitei uma negação. Na verdade eu já tive que aceitar muitas, mas foi um caso diferente.

— Espero que saiba mesmo aceitar um não desta vez.

— Eu sei.

— Não, você não aceitou o facto de eu querer que saísse do meu quarto.

— Mas você gostou quando me abracei a você, você até se enroscou mais. — A garota revirou os olhos. — Nem tente arranjar uma mentira, você estava bem mais perto de mim quando eu acordei.

— Você é um chato.

— Me beija de novo? — Essa pergunta pegou Wong se surpresa, tanto que ela nem soube o que responder nos primeiros segundos.

— Nós devíamos recomeçar tudo.

— Tudo bem. Mas posso te beijar de novo?

— Já agora... Você beija bem. Bem até mais. Sinto que beijo mal perto de você.

— Você não beija mal. — Ela se aproximou e Wooyoung inclinou um pouco sua cabeça, porém ouviram a mãe da garota no andar debaixo então ela rapidamente se afastou dele.

— Se ela nos apanha mais alguma vez seja no que for, não sei o que faço. Já bastou naquele dia com você chupando meu pescoço.

— Dá um rápido, por favor. — Ele pediu, manhoso. — Eu estou carente. — Ela respirou fundo e então se aproximou dele, dando um pequeno beijo.

— Agora podemos recomeçar? Pedimos desculpas um ao outro, vamos recomeçar.

— Você me aceita mesmo de volta?

— Você falando assim parece que terminamos. Agora deixa eu sair daqui, não quero que ela desconfie de algo. Já basta ela querer você agora genro dela.

— Ela quer que eu seja genro dela? — Wooyoung perguntou, se levantando animado. — Futura sogrinha venha cá. — Wong rapidamente o parou.

— Você disse que eu não podia passar dos limites, agora quem está prestes a passar neste assunto é você.

— Ah, para com isso. Você já passou mais do que dos limites comigo!

— Não chame a minha mãe de sua sogra então.

— E eu recebo o que em troca de não pular de alegria chamando ela de futura sogrinha?

— Não quero ser má, mas vou te dar razões. Primeiro: não namoramos. Segundo: precisamos recomeçar e ver se dá certo, já que pedimos desculpas um ao outro, porém pode nem dar certo. Terceiro: você está carente, amanhã com certeza está rezingão.

— Eu não sou rezingão!

— E eu sou o papa!

— Seria estranho você ser o papa, porque eu acabei de te beijar.

[...]

— Obrigada por não me dizer que ia para Jeju, mas agora eu posso me gabar porque também vou! Não me levou, mas tem quem vai me levar! — Wong se gabava para Seon, enquanto fazia videochamada com ele em seu computador, tirando a sua língua para fora vendo o Choi revirar os olhos, enquanto fechava uma das suas malas de viagem, pois iria levar duas e uma era só roupa, sendo que nem ia ficar tanto tempo em Jeju, mas ele conseguia ser pior que a sino-portuguesa, que quando viajava, só faltava trazer a casa às costas.

— Eu nem tive tempo para respirar e pow, vou viajar HOJE! Eu nem tenho cueca lavada! — A mais nova passou a fazer uma careta.

— Pelo amor de Deus, Seon!

— Eu juro para você! Primeiro que o San anda usando as minhas pretas. Segundo, eu estou a um ponto de expor ele no Twitter sobre suas cuecas de super homem já que ele se faz de machão no grupo sendo que nenhuma cueca dele é preta, apenas as minhas. Terceiro, ELE ME DEVOLVE FURADA! EU SÓ TENHO CUECA FURADA E AS QUE ESTÃO BOAS OU ESTÃO QUASE FICANDO EM PÉ OU SIMPLESMENTE ENFIEI AQUI. — O Choi praticamente surtou, fazendo até a melhor amiga abaixar o som do seu computador.

— Você é rico, compra mais.

—Teu cu, para ele me roubar mais?

— Então usa as dele.

— Nem pense! Mas agora mudando de assunto. — Ele fala assim que se aproxima do seu computador, o levando até à sua cama, onde se ajeitou. — Quem vai te levar para Jeju?

— Adivinha.

— Vocês já se falam? — A mais nova comprimiu os lábios.

— Eu sei que pode parecer bem rápido para alguns, mas passaram três meses além que nós nem namoramos.

— Andaram se comendo, por assim dizer.

— Cala a boca porque você também esteve envolvido.

— Pelo menos o moço já parece gostar de mim.

— Está carente, já já volta a ser o rezingão que costuma ser. Conheço bem a peça. Mesmo que ele esteja de férias, rezingão até dizer chega. Mas quer saber novidades que nem lembro se contei naquele dia que aconteceu aquilo tudo.

— Que vocês se beijaram? Isso eu sei.

— Ele me beijou de novo. Ai eu afastei... Porém...

— Porém? — O Choi questiona, curioso. — Anda lá, conta a fofoca direito!

— Não deu nem cinco minutos para eu voltar no quarto dele depois que eu afastei. Ele beija bem, Seon! Tipo, muito bem!

— Não beija melhor do que eu.

Limits | jung wooyoungOnde histórias criam vida. Descubra agora