«Say_20»

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(04/05)

Point of view Marília Mendonça

Eu disse e sentia meu coração bater na garganta esperando por sua resposta, ela me encarou por alguns segundos e logo sorriu de maneira doce e uma luz de esperança se acendeu em meu coração. Ela acariciou meu rosto com carinho e eu fechei os olhos sentindo a alegria da reciprocidade me invadir...

- Eu também gosto de você Mali. - Ela disse e senti meu coração entrar em festa. - Quando nos conhecemos achei que nossa relação seria apenas sexo... mas virei algo amais que isso eu virei sua chefe e acho que sua... Amiga. - E meu sorriso morreu. - Gosto da sua companhia, e você é especial para mim, apesar do nosso sexo tenho um certo carinho por você. - Ela me olhou com ternura. - Sempre que precisar eu estarei aqui para você.

Meu sorriso morreu, e parecia que meu coração havia levado uma facada, ou ela não entendeu o que eu quis dizer ou não era recíproco. De repente as palavras de Luiza invadiram minha mente, aquelas palavras que ela dizia com convicção que eu iria me machucar. Uma vontade de chorar me invadiu e eu senti meus olhos marejarem. Eu respirei fundo sentindo engolindo um nó que se formou em minha garganta.

Eu me levantei saindo da cama e começando a recolher minhas roupas, enquanto Maraisa me olhava sem entender nada.

- Aonde você vai? - Ela me perguntou.

- Pra casa. - Minha voz saiu mais fria do que deveria.

- Nessa chuva?

Olhei para a janela de seu quarto vendo-a molhada eu nem tinha reparado que estava chovendo. Dei de ombros e terminei de me vestir e passei as mãos em meus cabelos e sai do quarto. Maraisa colocou um robe e veio atrás de mim.

- Marília o que houve? - Ela perguntou quando eu parei na porta.

- Nada! Eu só quero ir para casa. - Eu disse sem encará-la segurando o choro.

- Eu falei algo errado? - Ela perguntou com o semblante preocupado e eu neguei. - Marília tá chovendo, e está tarde.

- Eu pego um táxi.

- Não Marília... - Ela passou as mãos nos cabelos nervosa.

Eu abri a porta pronta para sair mais ela me segurou pelo braço.

- Por favor Marília... Fique. - Ela suplicou e eu queria ficar... mais eu precisava de um tempo.

- Não. - Eu me soltei de seu braço e caminhei até o elevador.

Ela veio atrás quando eu entrei na caixa de metal, eu não queria encará-la e virei de costas olhando para o chão, mas quando as portas se fecharam eu pude ver ela me encarando pelo reflexo do espelho.

Quando o elevador chegou no térreo eu pude reparar como a chuva estava forte mais nesse momento eu não me importava, eu fui para fora sentindo a água gelada da chuva em contato com minha pele me molhando. Eu saí e ainda ouvi o porteiro chamando por mim mais eu não dei ouvidos e sai andando na chuva em direção a minha casa que ficava quase um hora dali.

Quando me afastei mais do prédio eu me permiti chorar, as lágrimas caiam se misturando com as gotas da chuva e eu fiquei impressionada como um dia que estava estrelado e feliz a algumas horas atrás agora está triste e chuvoso. Eu andava pelas ruas quase desertas iluminadas pelos postes de luz. Eu já sentia meu corpo todo molhado e meus cabelos e vestido pingavam, mas eu não ligava eu só queria chegar em casa....

Estava andando meio desnorteada quando vi um carro vermelho diminuir a velocidade e buzinar para mim.

- Marília! - Era Luísa. - Vem entra!

Sex Partners   «𝑴𝒂𝒍𝒊𝒍𝒂»    (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora